Manchester City: Impedido de ficar no Girona, Yan Couto pode jogar na Juventus

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Yan Couto não pode mais jogar pelo Girona. Isso porque o jogador pertence ao Manchester City, que tem mesmo dono da equipe espanhola.

A Uefa determinou na última sexta-feira (5) que clubes que pertencem ao mesmo dono não poderão negociar jogadores nem por venda nem por empréstimo, de julho de 2024 a setembro de 2025, com exceção a transferências fechadas anteriormente.

Como o Girona faz parte do Grupo City, Yan Couto está com o futuro aberto ao mercado, já que seu empréstimo com a equipe espanhola se encerra nesta intertemporada.

E de acordo com o jornal italiano Corriere dello Sport, a Juventus fez contato com o Manchester City para contratar Yan Couto por empréstimo. O atual campeão da Premier League pede 25 milhões de euros (R$ 153,5 milhões) pelo lateral-direito.

Yan Couto seria o segundo jogador a deixar a Premier League para atuar na Juventus. Antes, a Velha Senhora havia fechado com Douglas Luiz, estrela do Aston Villa.

Manchester City e Girona poderão disputar a Champions League juntos?

Quem é Sheikh Mansour, dono do Manchester City?
Sheik Mansour, o dono do Manchester City (Foto: Icon Sport)

A Uefa permitiu que Manchester City e Girona disputem a Champions League na próxima temporada. O mesmo vale para o Manchester United e o Nice, que também são do mesmo dono (Jim Ratcliffe), e que jogarão a Europa League em 2024/25.

Para que as equipes pudessem participar da competição, a Uefa havia dado duas alternativas para as empresas proprietárias se adequarem.

Uma delas era reduzir a participação dos donos em um dos clubes em no máximo 30%. O Grupo City é dono de 100% do Manchester City e de 47% do Girona. Já a Ineos, comandada por Ratcliffe, é sócia-majoritária no Nice e tem 27,7% do Manchester United.

Porém, foi escolhida a segunda alternativa: a transferência de ações para um fundo cego. Esse é um tipo de fundo de investimento no qual o beneficiário — nesses casos, a Ineos e o Grupo City — não tem conhecimento de como seus investimentos estão sendo utilizados.

Na prática, essa é uma estratégia usada no mundo financeiro para evitar conflitos de interesse, pois o beneficiário não pode influenciar as decisões de investimento.

Segundo a Uefa, as empresas “transferiram as ações no Girona e no Nice para administradores independentes por meio da estrutura de um fundo cego estabelecida sob a supervisão da Primeira Câmara do Corpo de Controle Financeiro da entidade”.

Jim Ratcliffe, dono do Manchester United (Foto: Icon Sport)

O fundo valerá somente para esta temporada, e as ações voltarão para o controle das empresas a partir do dia 1º de julho de 2025.

Além disso, como parte do acordo com a Uefa, o Grupo City e a Ineos se comprometeram a não negociar jogadores entre seus clubes que estarão nesta edição da Champions League.

Romulo Giacomin
Romulo Giacomin

Formado em Jornalismo na UFOP, passou por Mais Minas, Esporte News Mundo e Estado de Minas. Atualmente, escreve para a Premier League Brasil.