Guia da Women’ Super League 2023/24: tudo o que você precisa saber sobre a ‘Premier League feminina’

A Women's Super League, a “Premier League feminina”, está de volta! Depois de uma Copa do Mundo cheia de recordes e feitos históricos na Austrália e Nova Zelândia, a temporada 2023/24 da “Premier League feminina” promete grandes confrontos. O campeonato feminino mais disputado do mundo estreia neste domingo (1º de outubro) com dois jogos transmitidos no Brasil, pelo streaming Star Plus: Aston Villa x Manchester United, às 8h25 (horário de Brasília), e Chelsea x Tottenham, às 13h25.

A PL Brasil apresenta um guia completo sobre a elite do futebol feminino inglês, com informações sobre a estrutura do campeonato, onde assistir, times, técnicos – especialmente os comandantes do Big-4 -, craques dos times e análises exclusivas de especialistas convidados.

🏆A Women's Super League 2023/2024

Atual campeão: Chelsea
Número de equipes: 12
Rebaixado na última temporada: Reading FC
Promovido: Bristol City

⬆️⬇️ Divisão de vagas por classificação 

1º: fase de grupos da Champions League
2º e 3º: eliminatórias da Champions League
12º: rebaixamento para a Women's Championship

📺 Onde assistir o Campeonato Inglês feminino?

A Women's Super League é transmitida no Brasil pelos canais ESPN e pelo streaming Star Plus.

Quais as diferenças entre a Premier League e a Women's Super League?

A WSL nasceu em 2010, para substituir a FA Women's Premier League National Division. Indo para a sua 13ª edição, a “Premier League feminina” foi aos poucos ganhando destaque e se tornando a liga feminina mais competitiva do mundo. O maior campeão da WSL é o Chelsea, com seis títulos. Em seguida, vêm o Arsenal, com três taças, o Liverpool, com duas, e o Manchester City, com uma.

Além do número de times e a estrutura de classificação para a Champions League, uma diferença importante em relação à Premier League são os principais times. Se no futebol masculino temos o atual Big-7, no feminino há o Big-4, composto por Arsenal, Chelsea, Manchester City e, mais recentemente, Manchester United. No guia, você também irá reparar que os estádios onde os times femininos jogam nem sempre ficam nas mesmas cidades-sede dos clubes.

Jogadoras brasileiras na Women's Super League 

Neste início da temporada 2023/24, a WSL conta com duas brasileiras. Geyse Ferreira foi contratada pelo Manchester United por cerca de 300 mil euros (R$ 1,58 milhões), valor recorde na história do Barcelona (seu ex-clube). Atacante da seleção brasileira e campeã da Champions League com o time catalão, Geyse chega na liga mais disputada do futebol feminino para ter mais minutos e destaque dentro de campo.

Além de Geyse, Gio Queiroz compõe o elenco do Arsenal desde 2020. A atacante atuou nas últimas Olimpíadas e foi vencedora da Copa América Feminina em 2022 com a seleção brasileira. No entanto, ela ainda não se consolidou nas Gunners devido a lesões. Se a questão física permitir, a jovem de 20 anos pode ganhar mais minutos em campo nesta temporada.

📝 Quem são os especialistas convidados para o Guia da WSL 2023/24?

  • Alicia Soares, jornalista freelancer
  • André Donke, comentarista da ESPN
  • Amanda Viana, comentarista do Planeta Futebol Feminino
  • Henrique Mathias, criador de conteúdo em Jogo Direto
  • Mariana Spinelli, apresentadora da ESPN
  • Maria Tereza Santos, repórter da Premier League Brasil
  • Taís Viviane, comentarista do Planeta Futebol Feminino
Guia da Women' Super League 2023/24: tudo o que você precisa saber sobre a 'Premier League feminina'

Arsenal Women

Arsenal

Cidade e região: Norte de Londres
Estádio e capacidade: Meadow Park, em Borehamwood (4.067)
Apelido: Gunners

Histórico na WSL

Participações anteriores na WSL: 11
Melhor campanha: 1º lugar (2011, 2012 e 2018/19)
Posição na última WSL: 

Jonas Eidevall: conheça o técnico

Guia da Women' Super League 2023/24: tudo o que você precisa saber sobre a 'Premier League feminina'
O técnico Jonas Eidevall, no comando do Arsenal desde junho de 2021 (Foto: Icon sport)

Contratado em junho de 2021, o sueco Jonas Eidevall saiu do Rosengard (SUE) com a missão de elevar o nível do Arsenal – e tem cumprido. Além de ter conquistado a Copa da Liga Inglesa Feminina na última temporada contra o imbatível Chelsea, o treinador levou as Gunners para a semifinal da Women's Champions League. Consagrado pelos seu conhecimento tático e a habilidade de colocar jogadoras para atuarem em diferentes posições, Eidevall terá como grande desafio na WSL 2023/24 montar um time competitivo com as jogadoras lesionadas de fora – algo que atrapalhou a reta final da equipe na temporada passada – e superar o balde de água fria que foi a eliminação precoce na Champions nas fases preliminares contra o Paris FC.

Kim Little: a craque do time 👑

O Arsenal pode estar recheado de grandes nomes há algumas temporadas, mas a craque da equipe continua sendo Kim Little. Com passagens pelas Gunners entre 2008 e 2014 e agora desde 2017, a camisa 10 alcançou o status de idolatria no clube e na seleção da Escócia. Até a última temporada, a capitã havia levantado nove taças nacionais com o Arsenal, além de ter ultrapassado a marca de 250 partidas com a equipe. Seu desempenho no meio-campo é crucial para o funcionamento do time. Quando a escocesa recebeu uma nova extensão de contrato para esta temporada, o treinador Jonas Eidevall declarou que Kim “é uma jogadora de classe mundial”.

Guia da Women' Super League 2023/24: tudo o que você precisa saber sobre a 'Premier League feminina'
Kim Little, meio-campista do Arsenal (Foto: Icon sport)

Opinião do especialista 💭

A temporada do Arsenal tem um motivo para gerar desconfiança e outro que dá grande expectativa.

O que preocupa? O desempenho. Se foi semifinalista na Champions passada, já caiu precocemente para o Paris FC nesta edição. Na WSL, as Gunners ficaram 11 pontos atrás do campeão Chelsea e só conseguiram a vaga à Champions por terem terminado com um saldo de gols melhor do que o Manchester City. Foram oito pontos a menos do que sua própria campanha anterior e apenas uma vitória contra os três principais rivais.

Porém, se os resultados recentes não inspiram confiança, o mesmo não pode se dizer do mercado e das notícias que virão do departamento médico, uma vez que o Arsenal sofreu muito com as lesões sérias de Leah Williamson, Vivianne Miedema e Beth Mead.

Além do retorno do trio ao longo desta temporada, o grupo foi fortalecido na defesa com Amanda Ilestedt e Laia Codina, no meio com Kyra Cooney-Cross e no ataque com Alessia Russo e Cloé Lacasse. É verdade que a saída de Rafaelle para o Orlando Pride representa um grande impacto, mas o elenco passou a ter mais profundidade, e ainda mais para uma temporada em que o calendário será mais tranquilo por conta da eliminação precoce na Champions.

André Donke, comentarista da ESPN
gb

Aston Villa Women

Aston Villa

Cidade: Birmingham
Estádio e capacidade: Bescot Stadium, em Walsall (11.300)
Apelido: Villans

Histórico na WSL

Participações anteriores na WSL: 3
Melhor campanha: 5º lugar (2022/23)
Posição na última WSL: 

A técnica: Carla Ward

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A técnica Carla Ward, no comando do Aston Villa desde maio de 2021 (Foto: Aston Villa/Divulgação)

Rachel Daly: a craque do time 👑

Artilheira e muito versátil. Essas são as melhores formas de definir Rachel Daly, camisa 9 do Aston Villa. Depois de passar 10 anos jogando nos Estados Unidos, Daly foi contratada pelas Villans em 2022 e logo em sua primeira temporada já recebeu a chuteira de ouro da WSL. Daly terminou 2022/23 com 22 gols e 5 assistências em 22 jogos, além de ter feito parte da campanha que levou o time à semifinal da Copa da Inglaterra. Porém, além de ser artilheira, ela atua como zagueira da seleção da Inglaterra, atual vice-campeã do mundo e campeã europeia.

Guia da Women' Super League 2023/24: tudo o que você precisa saber sobre a 'Premier League feminina'
Rachel Daly, atacante do Aston Villa (Foto: Icon sport)

Opinião do especialista 💭

A equipe se reforçou bem para a temporada, com a goleira holandesa Daphne Van Domselaar, destaque da última Copa do Mundo Feminina; as defensoras Anna Patten e Lucy Parker; e as atacantes Kirsty Hanson, Adriana Leon e Ebony Salmon. Por outro lado, também perdeu ótimas peças, como Chantelle Boye-Hiorkah, Hannah Hampton, Ruesha Littlejohn e Natasha Harding.

O Aston Villa tem potencial de disputar uma das vagas da Women’s Champions League, juntamente com Chelsea, Arsenal e Manchester United, ou sendo mais pessimista, alcançar o top 5 na tabela. A treinadora Carla Ward está no comando das Villans há duas temporadas, tendo alcançado a nona (2021-22) e a quinta (2022-23) posição no campeonato. A atacante inglesa Rachel Daly foi a artilheira da última edição, com 22 gols e seis assistências.

Alicia Soares, jornalista freelancer
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Brighton & Hove Albion Women

Brighton

Cidade: Brighton
Estádio e capacidade: Broadfield Stadium, em Crawley (5.800)
Apelido: Seagulls

Histórico na WSL

Participações anteriores na WSL: 6
Melhor campanha: 6º lugar (2020/21)
Posição na última WSL: 11º

A técnica: Melissa Phillips

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A técnica Melissa Philips, no comando do Brighton desde abril de 2023 (Foto: Brighton/Divulgação)

Katie Robinson: a craque do time 👑

Vítima da lesão no ligamento cruzado anterior em 2020, Katie Robinson voltou a campo pelo Brighton na última temporada como um dos respiros no conturbado momento vivido pelo time. A jovem ala de 21 anos tem como principal característica a velocidade e pode ser parte do futuro da seleção inglesa. Ela participou de sua primeira Copa do Mundo com a Inglaterra neste ano e foi escolhida como Jogadora da Temporada dos Seagulls.

Guia da Women' Super League 2023/24: tudo o que você precisa saber sobre a 'Premier League feminina'
Katie Robinson, meio-campista do Brighton (Foto: Kyle Hemsley/Brighton)

Opinião do especialista 💭

O que esperar do Brighton? É o que todo mundo gostaria de saber. Após uma temporada terrivelmente agitada, as Seagulls protagonizaram um dos melhores mercados da janela europeia e é impossível não criar uma expectativa alta em relação a isso.

Após uma boa temporada em 2021-22 (7ª colocação), a equipe viu seu 2022-23 degringolar completamente desde o princípio e por pouco não foi rebaixada, escapando apenas do finalzinho do campeonato. Terminou a temporada como vice-lanterna da liga, com a pior defesa da competição (63 gols tomados em 22 jogos) e passou pela mão de três treinadores e uma interina (Hope Powell, Amy Merricks, Jens Scheuer e Melissa Phillips) num período de sete meses.

Buscando virar a página, o Brighton fez um mercado fortíssimo. Com Melissa Philips comandando a revolução da equipe, 13 jogadoras saíram e 10 chegaram. O projeto deve ser promissor pois foi capaz de captar jogadoras do Wolfsburg (Pauline Bremer), Manchester United (Maria Thorisdóttir) e Levante (Tatiana Pinto) – essa última chegou a ser especulada no PSG e no Arsenal. Além das chegadas de Jorelyn Carabalí, que fez excelente Copa do Mundo; o trio de meio-campistas do Sydney FC (Rule, Hawkesby e Haley); a experiente Vicky Losada, que já defendeu o Manchester City e o Barcelona; e o empréstimo da goleira Nicky Evrard junto ao Chelsea.

Todos esses reforços podem fazer brilhar ainda mais a estrela da casa, a jovem Katie Robinson, de apenas 21 anos e que esteve com a Inglaterra na Copa do Mundo.

Assim, mesmo sabendo que uma temporada tranquila e sem risco de rebaixamento deve ser o objetivo do Brighton, não tem como não criar expectativas de ver essa equipe talvez incomodando o Big Four e quem sabe brigando com o Aston Villa por uma vaga no Top 5.

Taís Viviane, comentarista do Planeta Futebol Feminino
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Bristol City

Bristol City

Cidade: Bristol
Estádio e capacidade: Ashton Gate, em Bristol (27.000)
Apelido: Robins

Histórico na WSL

Participações anteriores na WSL: 10
Melhor campanha: 2º lugar (2013)
Posição na última WSL: 11º

A técnica: Lauren Smith

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A técnica Lauren Smith, no comando do Bristol City desde junho de 2021 (Foto: Bristol City/Divulgação)

Brooke Aspin: a craque do time 👑

Brooke Aspin fez sua estreia no Bristol com apenas 16 anos, quando o time ainda disputava a segunda divisão nacional. Dois anos depois, a zagueira se tornou a capitã da seleção sub-19 da Inglaterra. Seu bom desempenho nas duas temporadas em que o Bristol esteva na Women's Championship encantou a vitoriosa Emma Hayes e a levou a assinar um contrato com o Chelsea nesta temporada. Apesar de agora ser atleta dos Blues, ela ainda irá atuar pelas Robins por empréstimo. “Ela tem uma vasta experiência para a sua idade e é uma jovem defensora-central em quem temos grandes esperanças no futuro”, disse Emma sobre a zagueira.

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Brooke Aspin, zagueira do Bristol City (Foto: Twitter/Bristol City WFC)

Opinião do especialista 💭

O Bristol City está de volta à Women's Super League após duas temporadas na Championship. O clube de Bristol já participou de 10 vezes dessa competição e chegou à Liga dos Campeões duas vezes, graças ao vice-campeonato da Copa da Inglaterra em 2011 e à boa performance na WSL na temporada de 2013, quando terminou na segunda colocação. Depois do rebaixamento na temporada 2020/21, o clube contratou Lauren Smith como nova treinadora. Lauren já tinha experiência como assistente da seleção de Gales e do Tottenham.

Em sua primeira temporada, por muito pouco não conseguiu o acesso, terminando em 3º lugar na segunda divisão. Com o progresso do trabalho, o acesso foi garantido na temporada passada, conquistando o título da Championship. Na temporada passada, o Bristol se mostrou uma equipe muito agressiva quando não tinha a posse de bola, e pretende manter essa intensidade no retorno à elite.

Na janela de transferências, o clube não perdeu peças importantes e trouxe jogadoras experientes no mais alto nível, como Carrie Jones, Amalie Thestrup e Megan Connolly. Destaque também para a goleira Fran Bentley e as atacantes Abi Harrison e Shania Hayles, referências na temporada passada.

O objetivo do Bristol City para esta temporada é claro: manter-se na elite. Não será uma temporada fácil, já que Brighton e Tottenham reforçaram muito seus times. No entanto, acredito que a equipe tenha qualidade e coletividade suficientes para competir ponto a ponto com o Leicester pela permanência na elite.

Henrique Mathias, criador de conteúdo na página Jogo Direto
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Chelsea Women

Chelsea

Cidade e região: centro de Londres
Estádio e capacidade: Kingsmeadow, na Grande Londres (4.618)
Apelido: Blues

Histórico na WSL

Participações na WSL: 11
Melhor campanha: 1º lugar (2015, 2017/18, 2019/20, 2020/21, 2021/22 e 2022/23)
Posição na última WSL:

Emma Hayes: conheça a técnica

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A técnica Emma Hayes, no comando do Chelsea desde 2012 (Foto: Icon sport)

Se Sarina Wiegman é a grande unanimidade no futebol feminino de seleções, este é o posto de Emma Hayes entre clubes. No Chelsea há mais de uma década, dá para dizer que Emma não é apenas a técnica do time, mas uma grande gestora – habilidade que sempre é destacada por atletas que trabalharam com ela. Em dez anos, a treinadora levantou seis taças da WSL, cinco da Copa da Inglaterra e duas da Liga Inglesa. Parte do Hall da Fama da WSL de 2021, ela foi escolhida como técnica da temporada seis vezes e recebeu o Fifa The Best de Melhor Técnica no Futebol Feminino em 2021. Com 70% de aproveitamento em 328 partidas, Emma é a comandante do time a ser batido independente do campeonato disputado.

Lauren James: a craque do time 👑

Em um time cheio de craques, é difícil definir um único destaque. Ainda assim, 2023/24 tem tudo para ser a temporada da jovem Lauren James. A veloz atacante de 21 anos brilhou na Copa do Mundo feminina de 2023, dando uma sobrevida à seleção da Inglaterra quando a proposta inicial da equipe mostrou um desempenho aquém do esperado. No torneio, ela marcou três gols em cinco jogos. Na última temporada da WSL pelo Chelsea, foram cinco tentos e duas assistências em 18 partidas.

lauren james chelsea
Lauren James é uma das principais jogadoras do Chelsea (Foto: Icon Sport)

Opinião do especialista 💭

O Chelsea é um dos francos favoritos a vencer a Liga, visto que é o campeão das últimas quatro temporadas e perdeu apenas dois jogos na edição 2022-23. Apesar das saídas inevitáveis da defensora sueca Magda Eriksson e da atacante dinamarquesa Pernille Harder para o Bayern de Munique, a equipe contratou ótimas substituições.

A canadense Ashley Lawrence é a principal chegada, para ocupar a lateral ou a ala esquerda; a alemã Sjoeke Nüsken é opção para um meio-campo mais conservador, enquanto a japonesa Maika Hamano pode atuar como uma meia-atacante. As norte-americanas Catarina Macario e Mia Fishel chegaram para complementar o ataque blue, já a goleira inglesa Hannah Hampton completa o trio de goleiras com Ann-Katrin Berger e Zécira Musović.

A treinadora Emma Hayes está no Chelsea desde 2012 e já possui estruturas tática e técnica consolidadas, além de bastante entrosamento com as suas jogadoras. Os principais destaques de sua equipe são a australiana Sam Kerr, a norueguesa Guro Reiten, a escocesa Erin Cuthbert e a inglesa Lauren James.

Alicia Soares, jornalista freelancer
Guia da Women' Super League 2023/24: tudo o que você precisa saber sobre a 'Premier League feminina'

Everton Women

Everton

Cidade: Liverpool
Estádio e capacidade: Walton Hall Park, em Liverpool (2.134)
Apelido: Toffees e Blues

Histórico na WSL

Participações anteriores na WSL: 10
Melhor campanha: 3º lugar (2011 e 2012)
Posição na última WSL: 

O técnico: Brian Sorensen

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O técnico Brian Sorensen, no comando do Everton desde abril de 2022 (Foto: Everton/Divulgação)

Nicoline Sorensen: a craque do time 👑

Após se recuperar de uma lesão no ligamento cruzado anterior no fim de 2022, a atacante Nicoline Sorensen voltou com tudo, dando três assistências nas cinco primeiras partidas. Seu desempenho foi recompensado com a convocação para a seleção da Noruega para a Copa do Mundo feminina de 2023 e uma extensão de um ano de contrato no Everton. Em plena forma física, ela será importante para uma campanha ainda melhor das Toffees. As coisas já parecem ter começado bem: a norueguesa marcou dois gols contra o Manchester City na pré-temporada.

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Nicoline Sorensen, atacante do Everton (Foto: Everton/Divulgação)

Opinião do especialista 💭

O Everton é um dos times mais antigos e respeitados da Inglaterra, e isso também se aplica ao futebol de mulheres. Elas foram campeãs nacionais em 1998 e vice-campeãs em outras cinco ocasiões (na era pré-WSL). Além disso, o clube já participou de três temporadas da Liga dos Campeões e tem mantido um desempenho sólido na elite desde o retorno da Championship em 2017. Mesmo contando com um elenco bom, o Everton não atingia os resultados esperados. Com isso, na última temporada oficializaram Brian Sorensen como novo treinador. Ele é um treinador com muitos títulos na Dinamarca e conseguiu desenvolver um trabalho consistente, terminando em sexto lugar na Women's Super League.

Apesar das importantes perdas de Rikke Sevecke e Gabby George, o time recebeu reforços interessantes como Heather Payne, Karoline Olesen e Martina Piemonte e o objetivo do clube para esta temporada é ir ainda mais longe. Nathalie Bjorn é fundamental na defesa, enquanto Aurora Galli e Hanna Bennison são responsáveis por organizar e orientar o jogo da equipe, criando oportunidades para a artilheira Katja Snoeijs brilhar.

Em uma liga tão competitiva e em constante crescimento, pensar em alcançar o top 3 e garantir uma vaga na Liga dos Campeões pode parecer um sonho no momento. No entanto, o Everton tem potencial para competir de forma mais eficaz contra as principais potências do futebol feminino na Inglaterra. Seria excelente encerrar a temporada como a melhor equipe fora do grupo formado por Chelsea, Arsenal, Manchester United e Manchester City.

Henrique Mathias, criador de conteúdo na página Jogo Direto
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Leicester

Leicester

Cidade: Leicester
Estádio e capacidade: King Power Stadium (32.212)
Apelido: Foxes

Histórico na WSL

Participações na WSL: 2
Melhor campanha: 10º lugar (2022/23)
Posição na última WSL: 10º

O técnico: Willie Kirk

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O técnico Willie Kirk, no comando do Leicester desde novembro de 2022 (Foto: Leicester/Divulgação)

Janina Leitzig: a craque do time 👑

A goleira Janina Leitzig chegou do Bayern de Munique ao Leicester por empréstimo no início de 2023. Apesar de não ter jogado desde o início da temporada, sua importância na campanha das Foxes em 13 partidas foi tamanha que a torcida a escolheu como jogadora da temporada 2022/23. Agora, ela retorna à Inglaterra com um contrato em definitivo e será essencial para que o Leicester permaneça na primeira divisão.

Guia da Women' Super League 2023/24: tudo o que você precisa saber sobre a 'Premier League feminina'
Janina Leitzig, goleira do Leicester (Foto: Twitter/LCFC Women)

Opinião do especialista 💭

A temporada 22/23 do Leicester parecia fadada ao rebaixamento. A equipe chegou em 2023 sem nenhum ponto conquistado no campeonato, mas a boa janela de transferências em janeiro e também o treinador Willie Kirk, que assumiu o time nos últimos meses de 2022, foram fatores chave para o milagre da permanência na primeira divisão.

As Foxes conseguiram a permanência de forma definitiva de Courtney Nevin, defensora australiana, e de Janina Leitzig, goleira alemã, dois nomes fundamentais (especialmente a última) que chegaram por empréstimo em janeiro. Além delas, algumas contratações de peças experientes, como a versátil Janice Cayman (ex-Lyon) e a atacante Lena Petermann (ex-Montpellier). Como possível melhor contratação feita, destaco Deanne Rose, atacante canadense ex-Reading. Em relação às saídas, o time conseguiu manter sua base. A saída que talvez seja mais sentida é a da defensora Ashleigh Plumptre, que fez ótima Copa do Mundo pela Nigéria.

A expectativa é de meio de tabela para baixo. Creio que o Leicester reforçou bem sua base para atual temporada e tende a ser mais competitivo do que no início do campeonato passado. Mesmo assim, acredito que a briga da equipe seja na metade de baixo da tabela, que costuma ser bastante equilibrada na WSL. A profundidade de elenco pode ser um problema no decorrer do torneio.

Amanda Viana, comentarista do Planeta Futebol Feminino
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Liverpool Women

Liverpool

Cidade: Liverpool
Estádio e capacidade: Prenton Park, em Birkenhead (16.500)
Apelido: Reds

Histórico na WSL

Participações anteriores na WSL: 11
Melhor campanha: 1º lugar (2013 e 1014)
Posição na última WSL: 

O técnico: Matt Beard

Guia da Women' Super League 2023/24: tudo o que você precisa saber sobre a 'Premier League feminina'
O técnico Matt Beard, no comando do Liverpool desde maio de 2021 (Foto: Liverpool/Divulgação)

Missy Bo Kearns: a craque do time 👑

Formada nas categorias de base do Liverpool, Missy Bo Kearns já se assumiu como torcedora dos Reds e desempenha uma importante função no time de Matt Beard. A meia-atacante foi escolhida como a Jogadora da Temporada do time e divide o atual prêmio de Melhor Jogadora do Ano do Women's Football Awards com Lauren James, do Chelsea. Ela é uma das capitãs da seleção sub-23 da Inglaterra e não deve demorar para se unir ao time principal.

Guia da Women' Super League 2023/24: tudo o que você precisa saber sobre a 'Premier League feminina'
Missy Bo Kearns, meio-campista do Liverpool (Foto: Liverpool/Divulgação)

Opinião do especialista 💭

É impossível pensar em futebol inglês e não pensar no Liverpool, mas quando falamos de futebol feminino é preciso ter cuidado para não transferir as expectativas ligadas às equipes masculinas para as femininas. Esse é o caso aqui.

O auge das Reds foi no período entre 2013 e 2014 quando conquistaram um bicampeonato inglês. Desde então foram anos complicados que terminaram em um rebaixamento na temporada 2019-20. A equipe de Merseyside só voltou à primeira divisão na temporada passada e não foi a época mais tranquila.

Treinado por Matt Beard desde 2021, o Liverpool começou 2022-23 surpreendendo a todos ao vencer o Chelsea por 2 a 1, na rodada inicial. Porém o que poderia ser o começo de uma bela história quase virou pesadelo quando as Reds emendaram cinco derrotas consecutivas e dois empates na sequência. Após o triunfo inicial em setembro, elas só voltaram a vencer em dezembro, quando bateram o West Ham por 2 a 0. A segunda metade da temporada foi mais tranquila e a equipe conseguiu se recuperar o suficiente para terminar o campeonato na sétima colocação e longe da zona de rebaixamento. Imagino que os objetivos da equipe para a temporada 2023-24 fiquem nessa região mais uma vez.

A expectativa para esta temporada é de meio de tabela, mas sem o perrengue de ter que brigar contra o rebaixamento. O principal nome da janela de transferências do Liverpool foi a atacante norueguesa Sophie Román Haug que estava na Roma e fez uma excelente Copa do Mundo. Ela, junto com Mia Enderby e Natasha Flint, devem substituir Katie Stengel, que foi uma das principais jogadoras das Reds na temporada passada e se transferiu para a NWSL.

Taís Viviane, comentarista do Planeta Futebol Feminino
Guia da Women' Super League 2023/24: tudo o que você precisa saber sobre a 'Premier League feminina'

Man City Women

Manchester City

Cidade: Manchester
Estádio e capacidade: Academy Stadium, em Manchester (7.000)
Apelido: Blues

Histórico na WSL

Participações anteriores na WSL: 10
Melhor campanha: 1º lugar (2016)
Posição na última WSL: 

Gareth Taylor: conheça o técnico

Guia da Women' Super League 2023/24: tudo o que você precisa saber sobre a 'Premier League feminina'
O técnico Gareth Taylor, no comando do Manchester City desde maio de 2020 (Foto: Manchester City/Divulgação)

Gareth Taylor chegou ao City em 2020, depois de quase três anos a frente do time sub-18 masculino do clube. Fã do “companheiro” de equipe Pep Guardiola, o treinador gosta de explorar o controle da posse de bola em campo. No entanto, ao contrário do espanhol, Taylor balançou no cargo na última temporada devido à eliminação precoce na Champions League e o quarto lugar na tabela da WSL, a pior posição do time desde 2014. O contrato do inglês terminaria esse ano, mas recebeu uma extensão de mais 12 meses. Será o tempo necessário para provar que está a altura do cargo, após a campanha decepcionante do último ano.

Alex Greenwood: a craque do time 👑

Alternando entre a zaga e a lateral, Alex Greenwood fez uma grande Copa do Mundo em 2023 na Oceania. Além de ser segura na defesa, a zagueira auxilia na criação das jogadas de ataque. Segundo o “OptaJoe”, ela completou 305 passes na campanha do vice-campeonato da Inglaterra, um número maior que de todas as outras jogadoras. Mesmo o Manchester City estando recheado de outras estrelas, Greenwoood definitivamente é a craque do time.

Guia da Women' Super League 2023/24: tudo o que você precisa saber sobre a 'Premier League feminina'
Alex Greenwood, zagueira do Manchester City (Foto: Icon Sport)

Opinião do especialista 💭

Depois de tantas temporadas colado no Chelsea como a segunda força do futebol feminino inglês, dá para dizer que a WSL 2022/23 do Manchester City foi decepcionante – se olharmos apenas os números e a tabela. No entanto, ao levar em consideração a saída de quatro craques do time em 2022 – Ellen White se aposentando, Lucy Bronze e Keira Walsh indo para o Barcelona e Georgia Stanway sendo vendida para o Bayern de Munique -, o quarto lugar até que ficou de bom tamanho. Ainda assim, os torcedores sentiram o baque da não classificação para a Champions League por causa do saldo de gols.

A direção do City parece ter entendido que o desempenho foi um pouco abaixo dos últimos anos por ter sido um período de transição e decidiu manter o técnico Gareth Taylor no cargo por mais uma temporada. Será uma WSL para provar que é possível trabalhar com a equipe mesmo sem suas ex-estrelas. Material humano o inglês terá: o City foi quem mais contribuiu com as jogadoras convocadas para seleção inglesa na Copa, incluindo Lauren Hemp, Chloe Kelly e Alex Greenwood. Além disso, o time conta com a artilheira Khadija “Bunny” Shaw, que marcou 20 gols em 22 partidas na última edição. A jamaicana é forte concorrente à chuteira de ouro da temporada.

O City foi pontual no mercado, sofrendo a saída de apenas duas jogadoras (Hayley Raso, para o Real Madrid, e Jemima Dahou, para o Blackburn Rovers) e trazendo a holandesa Jill Roord. A meia-atacante foi uma das artilheiras do Wolfsburg na última temporada, marcando um total de 31 gols em 69 jogos em seus dois anos na Alemanha. Sua transferência foi a mais cara da história do City feminino e há uma grande expectativa sobre o que ela fará em campo.

Talvez seja difícil disputar o título com Chelsea e Arsenal correndo por fora, mas o Manchester City tem tudo para não deixar a classificação para a próxima Champions League escapar mais uma vez.

Maria Tereza Santos, repórter da Premier League Brasil
Guia da Women' Super League 2023/24: tudo o que você precisa saber sobre a 'Premier League feminina'

Man Utd Women

Manchester United

Cidade: Manchester
Estádio e capacidade: Leigh Sports Village, em Manchester (1.200)
Apelido: Red Devils

Histórico na WSL

Participações anteriores na WSL: 4
Melhor campanha: 2º lugar (2022/23)
Posição na última WSL: 

Marc Skinner: conheça o técnico

Guia da Women' Super League 2023/24: tudo o que você precisa saber sobre a 'Premier League feminina'
O técnico Marc Skinner, no comando do Manchester United desde julho de 2021 (Foto: Icon sport)

O Manchester United foi um dos últimos grandes clubes da Inglaterra a criar uma equipe feminina. E com Marc Skinner no comando desde julho de 2021, o time conseguiu voar alto em pouco tempo. Apesar de ainda não ter levantado taças, o treinador conduziu o time à emocionante campanha do vice-campeonato da última WSL, cujo campeão estava em aberto até a última rodada, e ao vice da Copa da Inglaterra. Admirador de Bielsa, Skinner impõe um estilo de jogo de pressão alta e busca pelo controle de bola. O grande objetivo do treinador para esta temporada é levantar uma taça – algo que, na teoria, ele é plenamente capaz de fazer.

Mary Earps: a craque do time 👑

O Manchester United tem debaixo de suas traves a atual melhor goleira do mundo, vice-campeã e Luva de Ouro na Copa com a seleção inglesa e campeã europeia. Nos Red Devils desde a temporada 2019/20, Mary Earps sofreu apenas 12 gols em 22 jogos em 2022/23 e foi fundamental para que o time disputasse o título da WSL contra o Chelsea até a última rodada. A imprensa inglesa noticiou, durante a janela de transferências da pré-temporada, que o Arsenal fez uma série de propostas pela goleira, mas o United entendeu que mantê-la seria necessário para buscar o título mais vez e ter um bom desempenho na inédita participação na Champions Legaue.

Guia da Women' Super League 2023/24: tudo o que você precisa saber sobre a 'Premier League feminina'
Mary Earps, goleira do Manchester United (Foto: Icon sport)

Opinião do especialista 💭

Acho que o Manchester United, na verdade, é uma grande incógnita para essa temporada. Mais por uma questão de gestão do que necessariamente falando dentro de campo. O United vem de uma temporada especial, que consegue brigar pelo título até a último rodada com Alessia Russo, Ella Toone, Mary Earps, um time e um trabalho que foi evoluindo ao longo da temporada, com muito mais confiança e um time muito mais sólido. A temporada passada já teve esse esse impacto no campeonato. Já conseguiu um vice da Women's Super League e a classificação para uma Champions, vem de uma crescente.

O United vem mais atrasado nesse processo do futebol feminino, comparando com Manchester City, Arsenal, Chelsea e consegue já chegar numa vice-liderança. Então, para essa temporada você imagina uma estrutura muito mais organizada, que dê muito mais suporte, mas não é isso que a gente viu.

Você tem uma saída da Alessia Russo, jogadora e torcedora do Manchester United, por uma questão de confusão da diretoria, ou seja, ela espera uma renovação que não vem e acaba saindo e vai para o rival Arsenal. O Manchester United tem também algumas questões com o processo da Mary Earps, que é a melhor goleira do mundo e já demonstrou insatisfação com a diretoria. A grande questão é: até que ponto esse desorganização de diretoria atrapalha na montagem de elenco, atrapalha no suporte para esse time dar um passo a mais? Talvez chegar longe numa Champions? Talvez finalmente poder ser campeão do campeonato nacional?

Acho que a gente começa a temporada com mais broncas do que necessariamente expectativas para o Manchester United, que pode apresentar mais e que tem um dever de apresentar mais. Agora, é entender como o trabalho dentro de campo vai se dar com as ausências, com essas mudanças e com essa organização – ou desorganização – da diretoria.

Mariana Spinelli, apresentadora da ESPN
Guia da Women' Super League 2023/24: tudo o que você precisa saber sobre a 'Premier League feminina'

Tottenham

Tottenham

Cidade e região: Norte de Londres
Estádio e capacidade: Brisbane Road, no oeste de Londres (9.271)
Apelido: Spurs

Histórico na WSL

Participações anteriores na WSL: 4
Melhor campanha: 5º lugar (2021/22)
Posição na última WSL: 

Técnico:Robert Vilahamn

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O técnico Robert Vilahamn, contratado em julho de 2023 para comandar o Tottenham nesta temporada (Foto: Tottenham/Divulgação)

Bethany England: a craque do time 👑

O desempenho de Bethany England na segunda metade da temporada 2022/23 justificou a sua transferência do Chelsea para o Tottenham ter batido o recorde entre as contratações do futebol feminino inglês. A atacante chegou no início do ano e marcou 12 gols em 12 jogos, ajudando as Spurs a escaparem do rebaixamento. Infelizmente, ela não estará no início da WSL 2023/24 por estar se recuperando de uma cirurgia no quadril, mas o retorno da vice-campeã mundial aos gramados certamente será necessário para o Tottenham permanecer na primeira divisão.

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Bethany England, atcante do Tottenham (Foto: Twitter/Tottenham Hotspur Women)

Opinião do especialista 💭

O Tottenham vem de uma péssima temporada, em que passou a maior parte do campeonato nas últimas posições da tabela, terminando em nono lugar, com apenas cinco vitórias, três empates e 14 derrotas. A treinadora Rehanne Skinner esteve sob o comando do clube desde a temporada 2020-21, mas deu lugar ao sueco Robert Vilahamn para os próximos três anos. O treinador estava no BK Häcken e, além de assegurar a classificação para a Women’s Champions League, também levou a equipe a duas finais da Copa da Suécia.

As Spurs contam com as chegadas da goleira Barbora Votiková, a zagueira Luana Bühler, as meio-campistas Grace Clinton e Olga Ahtinen e as atacantes Martha Thomas e Zhang Linyan. Sua principal jogadora é Bethany England, responsável por 12 gols e uma assistência na última WSL, mas realizou uma cirurgia no quadril e ficará fora do início da temporada. Outros destaques são as meio-campistas Rosella Ayane e Drew Spence.

Alicia Soares, jornalista freelancer

West Ham

Cidade e região: Leste de Londres
Estádio e capacidade: Chigwell Construction Stadium, na Grande Londres (6.078)
Apelido: Hammers ou Irons

Histórico na WSL

Participações anteriores na WSL: 5
Melhor campanha: 6º lugar (2021/22)
Posição na última WSL: 

Conheça a técnica

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A técnica Rehanne Skinner, contratada em agosto de 2023 para comandar o West Ham nesta temporada (Foto: West Ham/Divulgação)

Mackenzie Arnold: a craque do time 👑

Mackenzie Arnold está entre as goleiras que se destacaram na Copa do Mundo Feminina de 2023. Jogando em casa, a goleira da Austrália teve grandes atuações – incluindo em penalidades máximas – que ajudaram as Matildas a chegarem a uma histórica disputa de terceiro lugar no torneio. No West Ham desde 2020, a australiana será uma peça importante para assegurar uma temporada mais estável na WSL.

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Mackenzie Arnold, goleira do West Ham (Foto: West Ham/Divulgação)

Opinião do especialista 💭

As Hammers fizeram uma campanha com muitas oscilações na temporada passada. A primeira metade do torneio foi típica de meio de tabela, com alternância de sucessos e tropeços. No entanto, o ano de 2023 trouxe complicações que fizeram com que a equipe brigasse na parte de baixo da tabela. O treinador Paul Konchesky anunciou sua saída no fim da temporada.

O mercado do West Ham foi bastante modesto. De destaque, aponto a atacante Riko Ueki, que fez boa Copa do Mundo pelo Japão. Será mais uma na legião de japonesas das Hammers. Ela se junta à Risa Shimizu e Honoka Hayashi (vale lembrar que Yui Hasegawa também passou pelo West Ham no passado). O time conseguiu manter boa parte de sua base, mas com duas perdas defensivas importantes: Grace Fisk (Liverpool) e Lucy Parker (Aston Villa).

A expectativa é de meio de tabela para baixo. O West Ham tem boas jogadoras, mas o elenco é enxuto e pouco profundo, o que pode ser fator ao longo da temporada. A equipe será comandada por Rehanne Skinner, que fez grande trabalho no Tottenham em 2021/22, mas vem de péssima performance em 2022/23. Se Skinner conseguir repetir o sucesso que teve no Tottenham dois anos atrás, que era um time também com elenco mais modesto, o encaixe pode ser interessante nas Hammers.

Como peças-chave, destaco a goleira Mackenzie Arnold, que fez ótima Copa do Mundo pela Austrália; as três japonesas já citadas (Riko Ueki, Risa Shimizu e Honoka Hayashi); a jovem dinamarquesa Emma Snerle; e as atacantes Lisa Evans e Viviane Asseyi. Uma perda importante para temporada será a da capitã Dagný Brynjarsdóttir, que está grávida de seu segundo filho.

Amanda Viana, comentarista do Planeta Futebol Feminino
Maria Tereza Santos
Maria Tereza Santos

Me formei em Jornalismo pela PUC-SP em 2020. Antes de escrever para a PL Brasil, fui editora na ESPN e repórter na Veja Saúde, Folha de S.Paulo e Superesportes.