O Wolverhampton teve péssimo início de temporada na Premier League, mas, aos poucos, vai se acertando e inicia uma recuperação na competição. Muito disso se deve aos brasileiros no elenco. Ao total, são quatro nomes: os volantes André e João Gomes, o atacante Matheus Cunha e o lateral-direito Pedro Lima.
A estratégia dos Wolves para contratar brasileiros foi destacada em matéria publicada pelo jornal “The Telegraph”, nesta sexta-feira (29). “Os Lobos ainda não estão fora de perigo, mas os meninos do Brasil estão desempenhando um papel importante para ajudar a salvar a temporada”, diz um trecho da reportagem.
O brasileiro Wolverhampton
O sucesso dos Wolves no mercado brasileiro é atribuído ao trabalho do diretor esportivo Matt Hobbs, que conta com o apoio do chefe de olheiros Ben Wrigglesworth, do líder de recrutamento sênior Elliot Sutcliffe e do chefe de desenvolvimento de futebol Matt Jackson.
A equipe de recrutamento dos Wolves também trabalha de perto com o brasileiro Gabriel Gomes, coordenador de olheiros para o mercado da América do Sul. Ele foi scout do Norwich City e levou o meia Gabriel Sara do São Paulo para a Championship, e o resultado deu muito certo para os Canários.
Por que tantos brasileiros indo para a Premier League nas últimas janelas de transferência? Após o Brexit, a Federação Inglesa facilitou o processo de recrutamento de jogadores da América do Sul, permitindo que clubes obtenham pontos “GBE”, um sistema baseado que avalia se os atletas contratados são elegíveis para jogar por um time inglês. Os Wolves souberam aproveitar bem essa mudança nas regras.
— Antes do Brexit, o mercado brasileiro era mais difícil, mas agora todo mundo compra lá e é muito mais caro. Pagamos 12 milhões de libras por João Gomes (em janeiro de 2023) e se tivéssemos feito isso neste verão (europeu) teria sido pelo menos o dobro do preço — explicou Hobbs.
Matheus Cunha é um dos mais elogiados, pela grande fase que vive no Wolverhampton. Ele tem sido decisivo com gols, assistências e ótimas atuações. “Ele é um aluno interessados em dados e estatísticas, tem boa relação com o técnico Gary O’Neil e está sempre procurando mais conhecimento, principalmente, no comportamento sem a bola”, destaca a reportagem.
— Trata-se de encontrar o jogador e a personalidade certas. Como eles vão se encaixar em nossa cultura é muito importante. Há muitos jogadores no Brasil que são realmente talentosos e que não se encaixariam no que estamos tentando fazer”, opina Hobbs.