Willian: ‘Nunca estive perto de deixar o Chelsea’

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Ser o craque do time, a mais legítima referência do elenco e vestir a camisa 10 de um gigante europeu. É com essa mistura de desafios e responsabilidades que o brasileiro Willian começa a temporada 2019/2020 do futebol disputado no Velho Continente. A missão dele é nada mais, nada menos do que ser “o cara do Chelsea”.

Revelado pelo Corinthians, com passagens por Shakhtar Donetsk e Anzhi, Willian, de 31 anos, assume o papel de protagonista numa temporada em que seu clube conta com Frank Lampard, ídolo dos tempos de jogador com técnico, e por punição da Uefa, foi impedido de realizar novas contratações durante a janela de transferência.

Em entrevista para a PL Brasil, Willian garantiu ainda ter estímulos e sonhos para serem realizados em Stamford Bridge.

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PL Brasil entrevista Willian, do Chelsea

PL Brasil – Depois de tantos anos no Chelsea, quais são sonhos e objetivos no clube?

Quem joga no Chelsea tem que ter sempre grandes objetivos. Quero conquistar mais títulos, como a Premier League, e o grande sonho, que é a Liga dos Campeões.

PL Brasil – Você teve muito perto de ser anunciado pelo Tottenham antes de ir para o Chelsea. Isso ainda é lembrado nos confrontos com os Spurs? Para você, o jogo é diferente contra eles?

O confronto contra o Tottenham é diferente por ser um grande clássico, um jogo que envolve muita rivalidade. Esse fato que ocorreu antes da minha vinda para o Chelsea é muito pequeno perto do que esse clássico representa e por isso não altera nada.

PL Brasil – Segundo a imprensa, você teve perto de deixar o Chelsea algumas vezes. Isso realmente aconteceu? Qual sua relação com o clube hoje?

Nunca estive perto de deixar o Chelsea. O que houve foram algumas propostas de outros clubes querendo me contratar, algo normal no futebol.

Mas o Chelsea sempre deixou claro que não tinha a intenção de me negociar e eu também sempre expressei meu desejo de permanecer no clube. Sempre foi meu sonho jogar aqui e estou muito feliz no Chelsea.

PL Brasil – Você trabalhou com treinadores de diferentes nacionalidades e estilos no Chelsea. Qual deles foi aquele que você mais gostou de trabalhar, aquele que o ajudou a extrair o melhor do seu potencial?

Aprendo muito com cada um dos treinadores que passaram por aqui. Sempre cito o Mourinho que foi o meu primeiro treinador no Chelsea e me deu a confiança necessária para eu me firmar no clube, mas os outros também agregaram aspectos importantes ao meu jogo.

PL Brasil – Você atuou junto com Lampard, já era possível ver nele potencial para ser técnico? O que podemos esperar dele agora no comando de um grande clube como o Chelsea?

O Lampard é um cara sensacional, que conhece o clube como poucos e tenho certeza que triunfará como treinador do Chelsea. Espero que o time assimile rapidamente as ideias dele para que possamos fazer uma grande temporada.

PL Brasil – Com o Chelsea impedido de contratar, a temporada será ainda mais desafiante para o elenco. Você acredita que o Chelsea conseguirá brigar de igual com o demais grandes da Premier League?

Será um grande desafio realmente. A Premier League é muito disputada e é difícil fazer previsões, mas acredito que temos grandes jogadores, um bom time e podemos brigar por títulos.

PL Brasil – O Chelsea está se consolidando como “o clube mais brasileiro” da Premier League. Como você você essa relação de torcida e funcionários com os jogadores vindos do Brasil?

O Chelsea criou uma tradição de contar com jogadores brasileiros e isso é muito legal. Temos que ressaltar que isso só aconteceu pelo profissionalismo e bom desempenho dos que já passaram por aqui, como Beletti, Alex, Deco, Ramires, Oscar, entre outros que representaram bem essa camisa.

PL Brasil – Willian, como será vestir a 10 do Chelsea?

Será uma honra. Eu sempre gostei da 10 e acabei usando o número em todos os lugares que passei: no Corinthians, no Shakhtar, no Anzhi e na seleção brasileira. Agora será aqui no Chelsea.

Marcelo Becker
Marcelo Becker

Jornalista gaúcho radicado em São Paulo. Movido a Oasis e futebol inglês, não necessariamente nessa ordem.