Exclusivo: o ‘acordo secreto’ de Willian com Fulham que pode levá-lo à Arábia Saudita após ‘proposta irrecusável’

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Quando a novela envolvendo o meia Willian parecia estar resolvida a partir do momento que ele acertou a renovação de contrato com o Fulham. Mas um novo episódio, duas semanas depois do acordo, voltou a colocar dúvidas sobre o futuro do brasileiro.

A PL Brasil confirmou que Willian recebeu nesta semana uma proposta “muito boa em termos financeiros” do Al Shabab, clube da Arábia Saudita. O entorno do jogador garantiu que a oferta é “irrecusável” para o atleta e que existe chance do negócio sair.

De acordo com o divulgado pelo site “The Athletic”, o salário proposto pelo Al Shabab é de 200 mil libras por semana (R$ 1,2 milhão), o dobro do que ele ganha em Londres.

A PL Brasil também apurou, com exclusividade, que existiu um acordo na renovação do contrato de Willian com o clube da Premier League que o permite deixar o Fulham de graça em caso de uma proposta fora do comum em termos financeiros, como a saudita. O acerto tem uma data de expiração, mas ainda é válido neste mês de agosto.

É apenas esse acordo que ainda está sendo discutido entre as partes para sacramentar a saída do brasileiro. Não se trata de uma cláusula contratual ou automática, mas sim um acerto verbal “entre cavalheiros” que foi firmado porque já se considerava a possibilidade de uma proposta milionária do Oriente Médio. Willian já deixou claro que, se for respeitado o pacto, ele irá jogar na Arábia Saudita ainda neste ano.

Willian renovou com o Fulham há duas semanas

Faz pouco mais de duas semanas que o brasileiro acertou sua renovação de contrato com o Fulham. Willian jogou a última temporada pelo clube de Londres depois de rescindir seu contrato com o Corinthians, em agosto de 2022, mas o contrato só era válido por um ano. E a renovação não saiu imediatamente após o fim do vínculo, em 30 de junho de 2023.

O brasileiro passou duas semanas negociando com outros clubes da Premier League e até outros países, como Estados Unidos e a própria Arábia Saudita. Ele recusou uma primeira proposta por mais um ano de contrato do Fulham, nos mesmos termos financeiros da última temporada.

Depois, Willian aceitou uma segunda oferta, que incluiu uma valorização salarial e o tempo de um ano, com possibilidade de renovação por mais um. Ele assinou o acordo em 17 de julho.

O meia de 34 anos recusou uma proposta melhor do Nottingham Forest, tanto pelo lado financeiro quanto pelo tempo de contrato. Pesou para que o brasileiro escolhesse ficar em Londres, no entanto, fatores como estrutura, treinador e elenco. O fato foi bem comemorado pelo Fulham nas redes sociais, que lançou a campanha #WillianStays em sua página.

Em entrevista exclusiva para a PL Brasil, Willian declarou que “continuar morando em Londres seria perfeito para mim e para a minha família“. O jogador atuou por três clubes ingleses na carreira, e todos da capital da Inglaterra: Chelsea, Arsenal e Fulham.

Al Shabab não entra no hall de ‘ricaços’ da Arábia Saudita

Embora o Al Shabab tenha oferecido um contrato muito maior que a Premier League para Willian, o clube não está dentro do quarteto de times que estão sendo financiados pelo governo saudita. Nele estão incluídos Al IttihadAl NassrAl Hilal (os três primeiros colocados da última liga) e o Al Ahli (atual campeão da segunda divisão).

A ideia do Ministério dos Esportes da Arábia Saudita é investir no futebol para  “limpar” a imagem do país, que é conhecido mundo afora por servir uma ditadura que fere os direitos humanos.

Fora eles, o Al Ettifaq também não está no balaio de “ricaços”, mas chamou a atenção com as contratações do treinador Steven Gerrard e dos jogadores Moussa Dembele e Jordan Henderson.

O time foi o quarto colocado da última Saudi Pro League e tem no seu elenco jogadores conhecidos como Cuellar e Ever Banega. Os brasileiros são o zagueiro Iago Santos e o atacante Carlos Junior.

Al Nassr e Al Hilal ainda tentaram tirar o treinador Marco Silva, do Fulham, durante as últimas semanas. O Hilal também está próximo de acertar com Mitrovic, artilheiro dos Cottagers na última temporada.

Diogo Magri
Diogo Magri

Jornalista nascido em Campinas, morador de São Paulo e formado pela ECA-USP. Subcoordenador da PL Brasil desde 2023. Cobri Copa América, Copa do Mundo e Olimpíadas no EL PAÍS, eleições nacionais na Revista Veja e fui editor de conteúdo nas redes sociais do Futebol Globo CBN.

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