Van Dijk é sincero sobre Bola de Ouro perdida para Messi e revela ‘inveja’ de companheiro do Liverpool

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Virgil van Dijk é um dos símbolos da recente fase vencedora do Liverpool. Chegou em janeiro 2018 e já conquistou a Champions League e o Mundial logo na sua primeira temporada completa na Inglaterra. Depois, ainda, foi campeão da Supercopa da Uefa, Premier League, Copa da Inglaterra, Copa da Liga Inglesa e da Supercopa da Inglaterra.

Segundo lugar na Bola de Ouro

Ao final da melhor temporada de Van Dijk no Liverpool, em 2019, o zagueiro holandês foi indicado à Bola de Ouro, mas acabou ficando em segundo lugar, atrás de Lionel Messi (e à frente de Cristiano Ronaldo). O mesmo aconteceu no Fifa The Best.

O defensor, no entanto, não demonstrou ter nenhum remorso com o resultado da premiação.

Fiquei entre dois dos cinco melhores jogadores de todos os tempos. Estar lá como zagueiro já era um grande orgulho. Se eu tivesse merecido, teria vencido. É assim que eu vejo. Tudo acontece por uma razão. E francamente, perder para Messi não é a pior coisa. Obviamente eu adoraria ganhá-lo, mas receber esse reconhecimento do resto do mundo ainda é um grande motivo de orgulho — disse Van Dijk em entrevista ao jornal “L’Équipe”, da França.

O único zagueiro escolhido como melhor jogador do mundo pela Fifa foi Fabio Cannavaro em 2006, após ser campeão do mundo com a Itália. Van Dijk falou sobre a falta de defensores nessas premiações.

— Quando você é jovem você quer marcar, ver gols, ver grandes ações. Você tem que ser honesto. Sempre joguei na defesa, mas meu ídolo se chamava Ronaldinho. Quando você cresce, você valoriza o trabalho defensivo e aquela sensação de sair de uma partida sem ter sofrido nenhum gol. Há um ditado que diz que você ganha jogos com seu ataque e campeonatos com sua defesa. É a verdade. Se não sofrer nenhum gol, você tem boas chances de vencer. É muito clichê, mas também é muito verdadeiro — continuou.

A qualidade que Van Dijk queria ter

Ao final da entrevista, Van Dijk recebeu a seguinte pergunta: “Se você pudesse roubar uma qualidade de um jogador, o que tiraria e de quem?

— Não é fácil… (Ele pensa.) Talvez o drible de Joel Matip. Ele adora driblar pelas costas. Ele vai lá, não tem medo, não fica dizendo para si mesmo: “Se eu fizer isso, podemos perder a bola”. É uma qualidade muito boa, eu adoraria poder fazer isso.

Romulo Giacomin
Romulo Giacomin

Formado em Jornalismo na UFOP, passou por Mais Minas, Esporte News Mundo e Estado de Minas. Atualmente, escreve para a Premier League Brasil.