O Manchester United vive mais um episódio de polêmica interna. Dessa vez, o clube está sendo processado em uma ação judicial movida por 32 funcionários que, em 2018, receberam acidentalmente por e-mail os recibos de salário de 167 colegas de trabalho.
Entre as informações nos e-mails, estavam dados confidenciais como nome, endereço, ganhos, benefícios de previdência e contribuições fiscais. O processo pode fazer com que o United pague 100 mil libras (R$ 635 mil) aos funcionários
Crise interna no Manchester United
O erro, considerado uma falha grave de segurança de dados, expôs informações sensíveis dos funcionários a um risco significativo de uso indevido, incluindo fraudes financeiras.
Estes dados estavam em um único arquivo recebido por equipes de hospitalidade, funcionários do museu e do tour do estádio e vendedores de programas de sócios, segundo o processo.
De acordo com o jornal inglês “The Sun”, os funcionários, representados pela empresa de advocacia Your Lawyers, argumentam que o clube falhou em proteger seus dados e que a falha no sistema de envio de e-mails demonstra negligência.
Eles também alertam para o risco de que as informações confidenciais vazadas sejam usadas para fins criminosos. Jonathan Whittle, da Your Lawyers, coloca responsabilidade no clube:
— Os proprietários bilionários do clube devem se responsabilizar por este erro. A negligência do Manchester United colocou seus funcionários em risco de fraude e roubo de identidade.
O Manchester United, em resposta à ação judicial, reconhece a gravidade do incidente e afirma ter implementado medidas para evitar que erros semelhantes se repitam no futuro.
Um porta-voz do clube declarou que os Red Devils levam a privacidade de dados de seus funcionários muito a sério e lamentam esse incidente isolado, ocorrido em 2018.
— Foram implementadas medidas para impedir que isso acontecesse novamente e informamos o Information Commissioner’s Office, que não tomou nenhuma outra medida — completou.