O técnico Erik ten Hag deu início a mais uma temporada à frente do Manchester United. Em seu primeiro jogo de 2024/25, perdeu nos pênaltis para o Manchester City o título da Community Shield, no último sábado (10).
Apesar da frustração, o clima é de esperança em Old Trafford. E, em meio a sua permanência, houve mudança de funções no seu trabalho, que foram explicadas pelo novo dono do clube, Sir Jim Ratcliffe.
As mudanças no Manchester United
O treinador foi mantido no comando do United após Ratcliffe considerar demiti-lo no fim da última temporada. Mas sua permanência também ocorreu por conta da mudança de funções no seu cargo.
O novo dono dos Red Devils afirma que o holandês estava “fazendo demais” como técnico do United antes dele assumir o controle. A ideia passou a ser diminuir o poder do treinador.
Ratcliffe desembolsou 1,3 bilhão de libras para adquirir uma participação de 27,7% no clube e assumir o controle de suas operações de futebol no início de 2024. Desde então, colocou diversos funcionários em cargos acima de Ten Hag.
A chegada do novo CEO Omar Berrada, vindo do Manchester City, é um exemplo. Além dele, teve a chegada de Jason Wilcox como diretor técnico e Dan Ashworth como diretor esportivo do United — todos com funções administrativas e envolvendo transferências.
As adições visam aliviar a carga de trabalho burocrático do treinador. Durante seus dois primeiros anos em Old Trafford, ele trabalhou ao lado do ex-diretor de futebol John Murtough na contratação de novos jogadores.
As novas funções de Ten Hag
Em abril, enquanto o United caminhava para o seu pior desempenho na história da Premier League, surgiu a informação de que, se o holandês permanecesse no cargo, teria menos voz nas transferências.
Apesar de entrevistar candidatos para substituir Ten Hag, Ratcliffe acabou decidindo ficar com o holandês e estendeu seu contrato por um ano. O dono agora explicou quais as mudanças reais:
— Erik é um bom homem e estava fazendo o seu melhor, mas fazendo demais. Ele estava tentando resolver o elenco e consertar vazamentos no teto ao mesmo tempo — disse em entrevista ao “The Times”.
Ratcliffe também destacou o espaço deixado no United quando Sir Alex Ferguson e o diretor administrativo David Gill partiram no verão de 2013. Até aquele momento, os dois gerenciavam a parte esportiva do clube, enquanto a família Glazer cuidava do lado comercial.
— Nos últimos dez ou onze anos, (o United) deveria ter sido um candidato à Premier League e à Liga dos Campeões todos os anos, e não foi. É uma grande responsabilidade devolver o clube ao seu lugar. Ele deveria estar competindo pelo menos entre os oito melhores da Europa. Agora, se não conseguirmos fazer isso, não teremos sido bem-sucedidos.