Gareth Southgate admitiu que a Eurocopa 2024 provavelmente será sua última chance de ser campeão com a Inglaterra. Em entrevista ao jornal alemão “Bild”, o treinador foi sincero e destacou que não deve seguir no comando da equipe caso o título continental não seja alcançado.
A Inglaterra nunca venceu a Euro e bateu na trave em 2021, sob comando de Southgate, na final contra a Itália. Agora, o país que criou o futebol terá mais uma chance de interromper o incômodo jejum de 58 anos sem títulos expressivos.
Southgate pode deixar a Inglaterra após a Eurocopa
O contrato do treinador com a seleção inglesa se encerra ao fim da Euro. Segundo o comandante, o trabalho será descontinuado caso a taça não fique em Londres. O profissional define como natural a troca de comando após um torneio.
— Se não vencermos, provavelmente não estarei mais aqui. Então talvez seja a última chance. Penso que cerca de metade dos selecionadores nacionais saem depois de um torneio, essa é a natureza do futebol internacional.
O treinador está à frente dos Três Leões desde 2016. Ele fez um trabalho de reformulação bem sucedido e liderou o time em boas campanhas, mas ainda é muito cobrado pela falta de taças. Ele reconhece que a torcida fica impaciente e descrente do sucesso conforme o tempo passa.
— Estou aqui há quase oito anos e chegamos perto. Então eu sei que você não pode se colocar constantemente diante do público e dizer: “Espero um pouco mais, por favor”, porque em algum momento as pessoas perderão a fé na sua mensagem. Se queremos ser uma grande equipe e eu quero ser um treinador de topo, então temos de entregar resultados nos grandes momentos.
Southgate e a dor de derrotas na Euro
O atual comandante esteve presente em duas das mais dolorosas derrotas da Inglaterra na Eurocopa. Mais do que isso, foi protagonista. Em 1996, errou o pênalti derradeiro contra a Alemanha que eliminou o English Team do torneio. A competição foi disputada no país e a equipe tinha altas chances de título.
Em 2021, já como técnico, conduziu à equipe ao vice em Wembley, contra a Itália, também em penalidades máximas. Ele foi muito criticado pelas trocas que fez durante a partida.
— É diferente porque em 1996 foi uma dor pessoal, mas em 2021 senti que tinha responsabilidade por todo o país. Em 1996 provavelmente houve mais compreensão pública. Em 2021 senti mais críticas, como se a coisa toda, de estarmos juntos por um mês, tivesse acabado de repente.