A seleção inglesa contou com três grandes confrontos nesta data Fifa: um amistoso contra o País de Gales, do técnico Ryan Giggs, e duas partidas da Nations League contra Bélgica e Dinamarca. Enquanto os galeses não possuem um elenco bem definido, as seleções belga e dinamarquesa estão mais estruturadas visando a Eurocopa no ano que vem e a Copa do Mundo em 2022.
Por outro lado, a Inglaterra de Gareth Southgate conta com a mesma situação do País de Gales: testes de várias peças e promessas focando as próximas competições. Em consequência, os destaques desses três jogos foram Dominic Calvert-Lewin, Mason Mount e Reece James.
Taticamente, o time de Southgate joga em um 4-3-3 contra seleções mais fracas e em um 3-4-1-2 (ou 3-4-2-1) quando enfrenta seleções mais fortes. Nesta convocação, estiveram presentes 13 jogadores com 23 anos ou menos, porém experientes e decisivos em seus clubes.
Amistoso: Inglaterra 3×0 País de Gales
Gareth Southgate escalou a Inglaterra com Pope; Gomez, Coady, Keane; Trippier, Winks, Kalvin Phillips, Saka; Grealish, Ings e Calvert-Lewin. Durante as substituições, entraram Mings, James e Mount.
Os Three Lions contaram com uma seleção galesa bastante compacta, mas sem seus principais jogadores – Gareth Bale e Aaron Ramsey.
Dessa maneira, para quem pensou que seria uma partida fácil contra os vizinhos da Grã-Bretanha, inicialmente, os galeses conseguiram tempo de jogo aceitável. Entretanto, aos 26 minutos, Calvert-Lewin abriu o placar em sua estreia pela seleção inglesa.
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No segundo tempo, os galeses perderam espaço e rendimento de jogo devido ao cansaço e deixou a Inglaterra chegar, marcando dois gols: de Conor Coady, zagueiro do Wolverhampton, e de Danny Ings, atacante do Southampton. Destaque para o goleiro Nick Pope, que jogou de maneira muito segura no lugar do contestado Jordan Pickford.
Nations League: Inglaterra 2×1 Bélgica
A primeira partida pela Nations League superou todas as expectativas de quem subestimou os Three Lions. Apesar de a Bélgica ser a seleção número um do ranking da Fifa, quem assistiu à partida tiraria as conclusões que tal posição era da Inglaterra. Embora os belgas contassem com os desfalques de Eden Hazard e Thibaut Courtois, também tiveram a volta de Romelu Lukaku.
A seleção inglesa foi escalada com Pickford; Walker, Dier, Maguire; Alexander-Arnold, Henderson, Rice e Trippier; Mount, Rashford e Calvert-Lewin. Durante a partida, quatro substituições foram efetuadas: entraram Kalvin Phillips, Harry Kane, Reece James e Jadon Sancho.
Os dois primeiros gols da partida foram de pênalti: primeiro, a Bélgica abriu o placar com Romelu Lukaku e, logo depois, a Inglaterra empatou com Marcus Rashford. No segundo tempo, Mason Mount fez um golaço após a bola desviar na defesa belga. Destaques para o jogador dos Blues e também Jack Grealish, outro que entrou bem na partida.
A defesa da Inglaterra sofreu algumas falhas na marcação e sofreu com Yannick Carrasco, o destaque da Bélgica.
Nations League – Inglaterra 0x1 Dinamarca
Southgate escalou os Three Lions para enfrentar a Dinamarca com Pickford; James, Walker, Coady, Maguire, Maitland-Niles; Rice, Kalvin Phillips, Mount, Rashford, Harry Kane. Pelas substituições, entraram Mings, Calvert-Lewin, Sancho e Henderson.
Nos primeiros 20 minutos, a Inglaterra encontrou-se bastante sem ritmo e viu a defesa dinamarquesa bem postada na partida. Além disso, destaque para as grandes aparições de Christian Eriksen e Yussuf Poulsen, que foram bem marcados por Rice e por Phillips.
Aos 31, Harry Maguire fez falta em Kasper Dolberg e recebeu o segundo amarelo, sendo expulso. Quatro minutos depois, pênalti de Walker em Thomas Delaney, convertido por Eriksen.
Reece James teve participação bem significativa – apesar da expulsão direta no final da partida por reclamação – e Mason Mount foi novamente um dos destaques dos Three Lions.
Mas e aí?
Com o resultado das duas partidas da Nations League, a Inglaterra cai para a terceira posição do grupo A2, com sete pontos. O goleiro Pickford e a dupla (ou trio) de zaga tem deixado muito a desejar e são as principais preocupações para os Lions. No meio-campo e no ataque, o técnico inglês possui várias opções ainda para teste para as competições que estão por vir.
Por fim, Gareth Southgate está há quatro anos na seleção inglesa, tem ótimas peças para serem utilizadas e é claro que, caso não consiga um bom desempenho antes da Copa de 2022, terá o seu cargo bastante questionado.