O Manchester City recebeu o Ipswich Town no Etihad Stadium neste sábado (24), em partida válida pela segunda rodada da Premier League. O jogo acabou em 4 a 1 para os Citizens com destaque para Savinho.
Foram quatro gols em quinze minutos: três de Haaland e um de De Bruyne, para os mandantes, e o primeiro de Szmodics, para os visitantes, que abriram o placar.
Savinho em alta no Manchester City
O brasileiro foi o titular pelo lado direito do ataque do time de Guardiola e se destacou. Foi crucial para os dois primeiros gols que deram a virada aos Citizens no primeiro tempo.
Foi o brasileiro quem sofreu o pênalti em uma jogada de um contra um que resultou no gol de Haaland, e depois roubou a bola do goleiro adversário para dar a assistência para o gol de De Bruyne.
Savinho teve ótimos momentos de pressão alta para combinar com o perigo que levou em jogadas individuais na direita, principalmente com a combinação com Rico Lewis.
O braço direito do brasileiro
Lewis, substituindo Walker como lateral-direito, jogou como lateral invertido — basicamente como um meio-campista ao lado de Kovacic, no já tradicional 3-2-5 do time de Guardiola.
Nesse sistema, Akanji, o zagueiro pela direita, cria um triângulo com Savinho e Lewis, de onde saíram a maioria das combinações de passe da equipe. E o jovem lateral foi crucial para ajudar o brasileiro a se desvencilhar da marcação.
Isso porque o Ipswich defendeu em 5-3-2 a maior parte do jogo, espelhando a formação do City. E dessa forma, o brasileiro era sempre marcado pelo ala-esquerdo adversário, mas com a sombra do meia por aquele lado, o que gerava diversas situações de dois contra um.
Lewis é quem resolvia isso. O lateral infiltrava a partir do meio-espaço, atacando as costas da defesa. Isso fazia com que o meia adversário, responsável pela sombra na marcação de Savinho, o acompanhasse.
Além disso, desviava a atenção do lateral na marcação do brasileiro, mesmo que por um instante. Essa combinação de fatores já foi o bastante para o camisa 26 levar muito perigo à defesa do Ipswich.
A simples infiltração de Lewis gerava dois cenários para o Manchester City:
- Lewis era acompanhado pelo marcador, abrindo espaço na entrada da área para Savinho driblar e criar chances de finalização, tabela ou passe;
- O lateral não era acompanhado, então aparecia livre dentro da área para receber um passe do brasileiro e criar uma chance perigosa.
Os dois cenários foram bem explorados pelo City e, apesar de não gerar um gol, fez com que o lado direito fosse o mais utilizado e o mais perigoso do time no jogo.
Falhas bizarras e começo maluco
O jogo começou frenético, com os visitantes abrindo o placar aos seis minutos — o primeiro gol do Ipswich na Premier League em mais de 20 anos. E ele veio também por conta de uma falha de Ederson.
Em um contra-ataque do time de Kieran McKenna, Johnson aproveitou a linha de defesa dos Citizens correndo para trás e encontrou Szmodics infiltrando nas costas de Akanji para receber livre. O irlandês teve espaço e finalizou em cima de Ederson, mas o goleiro não conseguiu defender.
Depois disso, Muric, o goleiro adversário, teve uma sequência de falhas. Ele prendeu a bola tempo demais e foi desarmado por Savinho na entrada da área, que resultou no chute de De Bruyne para um gol aberto para o 2 a 1.
Na sequência, saiu do gol no tempo errado e perdeu o bote em Haaland, que o driblou com um toque de cabeça e chutou também para um gol vazio, que gerou o terceiro e último gol dos Citizens.
Apesar dos quatro gols nos primeiros 15 minutos, o começo frenético ainda se manteve por parte do primeiro tempo. De Bruyne e Lewis ainda tiveram chances de aumentar o placar e carimbaram o travessão.
O ritmo abaixou na segunda etapa, mas Haaland voltou a marcar e completou seu hat-trick aos 89 minutos, com um chute de fora da área.