O meio-campista Rodri, do Manchester City, disparou sobre o aumento na quantidade de partidas no futebol europeu nesta temporada e alertou para uma possível greve dos jogadores, em coletiva nesta terça-feira (17).
✅ Siga a PL Brasil no Threads, BlueSky e WhatsApp.
O novo formato da Champions League acrescentou de dois a quatro jogos a mais no calendário das equipes, e o espanhol destacou ser “impossível sustentar o nível físico” diante de tanta demanda.
— Acho que estamos perto disso (de uma greve). É fácil entender. Se perguntar a qualquer jogador, ele vai dizer o mesmo. Não é a opinião do Rodri, é a opinião geral dos jogadores. Se continuar assim, chegará um momento em que não teremos outra opção –, disse o meia em entrevista coletiva nesta terça-feira (17).
A temporada 2024/25 do City inclui a Premier League, Copa da Liga Inglesa, Champions League e o novo Mundial de Clubes da Fifa. O clube pode disputar até 85 partidas no período.
Rodri disse “não ter um número exato” sobre qual seria a quantidade aconselhável de jogos em um ano, mas pontuou que fazer de 60 a 70 não é o ideal.
— Entre 40 e 50 é a quantidade de jogos que um jogador pode fazer em alto nível. Mais do que isso, você cai. Nem tudo é dinheiro ou marketing, também tem a qualidade. Quando não estou cansado, desempenho melhor, e as pessoas querem ver um futebol melhor —, afirmou.
Outro atleta a reivindicar calendários de jogos menor foi o goleiro Alisson, do Liverpool. O brasileiro chamou a atenção para a importância de consultar os jogadores antes de determinar a quantidade de partidas.
— Ninguém pergunta aos jogadores o que acham do aumento de jogos, então, talvez nossa opinião não importe. Todos sabem o que pensamos sobre ter mais jogos. Todo mundo está cansado disso —, declarou ele em coletiva na segunda-feira (16).
PFA se manifesta
A Associação de Jogadores de Futebol Profissional da Inglaterra (PFA) comentou as alegações de Rodri e classificou o desabafo como “sério alerta”, de acordo com o site “Manchester Evening News”
A entidade enfatizou que os membros expuseram seus sentimentos de forma enfática sobre o calendário de jogos e a carga de trabalho dos atletas.
“Jogadores pediram para serem ouvidos e se tornarem parte central do processo. Quando são ignorados, a consequência natural é que comecem a considerar todas as opções disponíveis para eles”, disse a PFA.