Tottenham à venda? Presidente abre o jogo sobre futuro do clube

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O Tottenham viveu momentos difíceis nos últimos anos, mas a situação mudou para o lado positivo na atual temporada. Sob o comando de Ange Postecoglou, os Spurs são vice-líderes da Premier League. Mas nem tudo são flores e ainda há pressão sobre a diretoria.

O presidente dos Spurs, Daniel Levy, disse que está aberto a vender uma participação no clube. Torcedores têm manifestado sua insatisfação com o trabalho de Levy nos últimos anos com faixas e até músicas nos estádios.

O Tottenham está à venda?

A ENIC Sports, que adquiriu a participação majoritária no Tottenham de Alan Sugar em 2001, é o acionista principal do clube. Levy possui 29,9% da participação majoritária da ENIC.

Daniel Levy, presidente do Tottenham - Icon Sport
Foto: Icon Sport

Em entrevista à “Bloomberg”, Levy disse que, apesar de não ser o maior fã da ideia de vender o clube, ele e a direção têm de ouvir quaisquer propostas que forem apresentadas.

— Eu não tenho real interesse em deixar o Tottenham, mas tenho o dever de considerar qualquer coisa que alguém possa querer propor. Não se trata de mim, mas do que é certo para o clube – afirmou o presidente.

Ele ainda reforçou que administrou os Spurs “como se fosse uma empresa pública” e tem de considerar as melhores opções para o clube.

— Se alguém quiser fazer uma proposta séria ao conselho do Tottenham, a consideraríamos, junto com nossos assessores, e se sentíssemos que estava nos interesses do clube, estaríamos abertos a qualquer coisa – disse.

Por que Levy pode vender parte do Tottenham?

— Se conseguirmos o parceiro certo para os direitos de nomeação (naming rights) – e quando digo isso, quero dizer alguém que pague a quantia certa no setor certo – então estaríamos dispostos a considerá-lo — ponderou.

Levy cita a importância de um parceiro para os naming rights do Tottenham Hotspur Stadium, o novo estádio do clube. Os rivais, como Arsenal e Manchester City, têm esse tipo de parceria (Emirates e Etihad, respectivamente).

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Novo estádio do Tottenham (Foto: Icon Sports)

Ter um acordo desse ajudaria a alavancar financeiramente o clube com verba do patrocínio, principalmente. Mas Levy ainda ressaltou a filosofia do clube de formar astros, e não comprá-los:

— Somos muito um clube que acredita na base produzindo jogadores que podem se tornar, esperançosamente, astros no Tottenham. Não somos um clube que pode comprar o sucesso. Essa é a realidade e precisamos entender isso. E precisávamos de um treinador que estivesse completamente alinhado com nossa filosofia.

Guilherme Ramos
Guilherme Ramos

Jornalista pela UNESP. Escrevi um livro sobre tática no futebol e sou repórter da PL Brasil. Já passei por Total Football Analysis, Esporte News Mundo, Jumper Brasil e TechTudo.

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