Lucas Paquetá é suspeito de escândalo na Premier League e vê negociação com City melar

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Cobiçado pelo Manchester City, Lucas Paquetá corre o risco de não conseguir jogar nem mesmo pelo West Ham, seu atual clube, no restante da temporada. O brasileiro está sendo investigado pela Associação de Futebol da Inglaterra (FA) por suspeita de envolvimento com apostas. A informação foi revelada pelo jornal inglês “Daily Mail”.

Fontes anônimas haviam informado que a negociação com a equipe de Pep Guardiola não foi para a frente por “questões confidenciais”. No entanto, de acordo com o veículo inglês, a verdadeira razão é a denúncia da FA por violação relacionada a jogos de azar. A emissora “Sky Sports” acrescenta que a investigação também está sendo conduzida pela Fifa.

Lucas Paquetá é denunciado por escândalo na Premier League

Os detalhes da denúncia ainda não foram revelados, mas segundo a “Sky Sports”, acredita-se que envolva jogos realizados no Brasil. À emissora, Paquetá negou que tenha realizado as apostas. Segundo o “Daily Mail”, a diretoria do West Ham está aguardando para saber se o brasileiro será indiciado pelas autoridades. Até então, Paquetá estava disponível para o jogo contra o Chelsea, no domingo (20), no Estádio Olímpico de Londres.

A denúncia contra o meio-campista acontece apenas três meses depois do banimento de Ivan Toney, do Brentford, pelo mesmo motivo. O atacante foi punido com oito meses fora do futebol por admitir 232 violações das regras de apostas da FA, podendo retornar apenas em 16 de janeiro de 2024. Na época do julgamento, ele foi diagnosticado como viciado em jogos de azar.

Negociação com Manchester City está suspensa

O West Ham já havia recusado duas propostas dos Citizens com valores de 70 e 80 milhões de libras (R$ 444,5 milhões e R$ 508 milhões). Mais cedo, o motivo que circulava oficialmente para o fracasso no acordo é que os Hammers queriam mais de 85 milhões de libras (R$ 537 milhões).

Por enquanto, a negociação está suspensa e, de acordo com a “Sky Sports”, apenas uma resolução rápida poderia reativar o negócio. Tanto a FA como o Manchester City se recusaram a comentar o caso.

Toney apostou em derrotas do próprio time

O caso mais recente no futebol inglês de jogadores envolvidos com apostas esportivas é o Toney. O atacante apostou 13 vezes contra os próprios times. A entidade do futebol inglês definiu que ele ficará ausente do futebol até 16 de janeiro de 2024.

Segundo o relatório da FA sobre o caso, entre 2017 e 2018, Toney realizou 11 apostas em jogos do Newcastle quando ainda tinha contrato com o clube, mas estava emprestado por outros times. Depois de ser emprestado ao Wigan Athletic, ele apostou duas vezes contra a equipe durante um duelo contra o Aston Villa. Foram 13 apostas no total, com sete palpites para derrotas dos Magpies.

O curioso é que Ivan Toney não estava em campo em nenhum desses jogos. Por isso, a FA ponderou que o jogador não teria poder para influenciar nos resultados dos duelos.

Durante a investigação, o psiquiatra Philip Hopley examinou o atleta e o diagnosticou com vício em apostas esportivas. Essa informação é importante porque foi o que fez a FA reduzir a punição de Toney. 

O que diz o regulamento da FA sobre apostas esportivas

A FA possui um documento público com as regras sobre apostas e manipulação de resultados. Ele diz que qualquer agente envolvido com o futebol, incluindo jogadores, treinadores, árbitros e funcionários dos clubes, em qualquer instância do esporte no país não podem apostar em qualquer partida ou campeonato de futebol do mundo.

A proibição inclui apostas relacionadas qualquer assunto do universo do futebol, direta ou indiretamente, como contratação de técnicos, transferências, convocações. O compartilhamento de informações privilegiadas com alguém que use isso para apostar também não é permitido.

Maria Tereza Santos
Maria Tereza Santos

Jornalista pela PUC-SP. Na PL Brasil, escrevo sobre futebol inglês masculino E feminino, filmes, saúde e outras aleatoriedades. Também gravo vídeos pras redes e escolhi o lado azul de Merseyside. Antes, fui editora na ESPN e repórter na Veja Saúde, Folha de S.Paulo e Superesportes.