A Premier League emitiu um comunicado oficial nesta quinta-feira (13), divulgando a união de todos os 20 clubes da liga para um propósito em comum: o banimento de patrocínio de casas de apostas. A medida busca tirar essas marcas da frente das camisas de jogo.
A votação foi aprovada em uma reunião que teve apostas como seu único tema. Com a decisão, a proibição de empresas deste segmento cobrirá a frente das camisas, mas os patrocínios de mangas e a publicidade de LED no campo ainda serão permitidos.
A Premier League ainda dará aos clubes três anos para promover a mudança. Dessa forma, aqueles que serão afetados terão até o início da temporada 2026/27 para encontrar patrocinadores alternativos.
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Decisão drástica na Premier League
Na manhã desta quinta, a Premier League emitiu um comunicado confirmando a união de seus clubes para, coletivamente, retirar patrocínios da parte frontal da sua camisa de jogo. Nesta temporada, oito clubes têm empresas deste ramo na frente de suas camisas – Brentford, Everton, Fulham, Leeds, Newcastle, Southampton e West Ham.
Somando os patrocínios deste oito clubes, estima-se que os acordos atinjam um valor de 60 milhões de libras (cerca de R$ R$ 369,2 milhões) por ano. Outros cinco times da Championship – Birmingham, Coventry City, Middlesbrough, Stoke City e Watford – também têm esse tipo de patrocínio na frente de suas camisas.
O movimento da Premier League fez com que ela se tornasse a primeira liga do Reino Unido a tomar tal medida voluntariamente. A ideia é reduzir a publicidade sobre as apostas.
— O anúncio segue uma extensa consulta envolvendo a liga, seus clubes e o Departamento de Cultura, Mídia e Esportes como parte da revisão em curso da legislação atual de apostas esportivas pelo governo – diz o comunicado.
A nota oficial ainda afirma que a Premier League também está trabalhando com outros esportes no desenvolvimento de um novo código de conduta para patrocínio responsável de casas de apostas.
A votação dos clubes da Premier League ocorre antes da revisão das leis que envolvem apostas no governo do Reino Unido, que deve ser publicada ainda este mês, após vários atrasos. Limitações semelhantes ocorreram na Itália e na Espanha. Os clubes da Serie A, por exemplo, foram proibidos de carregar casas de apostas em suas camisas desde 2019, enquanto os da La Liga foram restritos em 2021.
A relação das empresas de apostas esportivas com o futebol gera polêmicas. Há grupos de ativistas argumentando que o aumento do perfil das empresas de apostas aumenta a probabilidade de vício. Clubes já se comprometeram a não vender uniformes infantis com estes patrocinadores, por exemplo.
Na última quarta-feira (12), Neymar se tornou alvo de investigação na França por vídeos em que joga cassinos online.
