O técnico Mauricio Pochettino viverá as últimas semanas da temporada com indecisões sobre o seu futuro no Chelsea. Principalmente depois da eliminação para o Manchester City na FA Cup e da goleada de 5 a 0 sofrida para o Arsenal na Premier League.
Segundo o jornal inglês “Telegraph”, mesmo que o treinador tivesse respaldo da direção anteriormente, agora seu futuro já não é mais garantido em Stamford Bridge. Ainda não foi tomada uma decisão concreta sobre a demissão do argentino ao fim da temporada.
Pochettino sob pressão
Segundo o “Telegraph”, o treinador dos Blues ainda conta com apoio dentro do clube. Isso porque há reconhecimento de que ele está trabalhando em um conjunto de circunstâncias difíceis.
Além disso, parte do apoio se dá pelo fato de que a direção não está colocando toda a responsabilidade sob o treinador. O clube londrino entende que o argentino não pode ser responsabilizado, por exemplo, pela política de transferências e por montar um elenco tão jovem, porque não foram decisões dele.
Mais do que o futuro do treinador, diversos jogadores também vivem indecisões sobre o que os aguarda no mercado de transferências — e isso pode ser impactante para a permanência ou não de Pochettino.
O Chelsea precisa vender atletas para se adequar às regras de sustentabilidade da Premier League. Possivelmente com muitas mudanças, é provável que direção e treinador trabalhem mais unidos no futuro por conta das limitações, caso ele permaneça.
O “Telegraph” afirma que há um reconhecimento dentro de Stamford Bridge de que manter Pochettino, não importa o que aconteça, daria ao Chelsea a estabilidade que não tem existido nos últimos anos.
Os próximos passos do Chelsea
Se não classificar a equipe a competições europeias, Pochettino terá seu emprego em risco maior. Apesar do interesse em mantê-lo, isso será levado em conta em uma revisão de final de temporada pelos coproprietários Behdad Eghbali, Jose Feliciano e Todd Boehly, juntamente com a direção esportiva.
O treinador assinou um contrato de dois anos, com opção do clube de estender por mais 12 meses. Segundo o jornal, a qualificação europeia foi vista como meta mínima para sua primeira temporada.
Embora o Chelsea não viva uma temporada tão positiva, alguns sinais encorajadores foram destacados. As duas idas a Wembley nas copas — a final da Copa da Liga e a semi da FA Cup — e a melhoria do desempenho em casa foram as principais.
Segundo o jornal, havia temores de que os melhores treinadores ficassem receosos diante do projeto Chelsea após as rápidas demissões sucessivas. No entanto, fontes insistem que já existem treinadores de ponta que estariam dispostos a suceder Pochettino.
A venda de jogadores
Parte crucial do planejamento do futuro envolve quem deixará o elenco. Thiago Silva e Chalobah devem ser dois defensores a deixarem o clube, enquanto Gallagher tem seu futuro incerto em meio a rumores envolvendo o Tottenham.
Salários altos, como de Sterling, Lukaku e Kepa, também darão dor de cabeça à direção. O ponta inglês teve propostas da Arábia Saudita, mas não quis sair, enquanto os dois que estão emprestados devem ser vendidos em definitivo na temporada que vem, assim como Maatsen, que tem surpreendido no Borussia Dortmund.