Um dos grandes potenciais para furar o domínio do Big 6, o Everton é sem dúvidas um dos times mais emblemáticos do futebol inglês. No entanto, nem sempre os Toffees acertaram a mão nos reforços. Com isso, iremos listar as dez piores contratações do Everton na era Premier League.
As 10 piores contratações do Everton na era Premier League
Per Kroldrup

O dinamarquês é um nome folclórico no Goodison Park quando o assunto é piores contratações do Everton. Kroldrup chegou da Udinese pela bagatela de cinco milhões de libras e com alguma expectativa em torno dele. Fez a sua estreia no Boxing Day de 2005 e ali mesmo também fez sua despedida.
Sim, Kroldrup custou cinco milhões de libras e disputou apenas uma partida pelo Everton. Passou um mês no clube e foi vendido de volta para a Itália, onde acertou com a Fiorentina e lá ficou até encerrar sua carreira. Sua inusitada passagem é lembrada até hoje pelos torcedores do Everton.
Leia mais: 10 jogadores que passaram pelo Everton e talvez você nem saiba
Samuel Eto’o

Tricampeão da Champions League, o camaronês chegou ao Everton no verão de 2014 a custo zero após o Chelsea não renovar seu contrato e assinou com os Toffees por dois anos.
Com 33 anos de idade, Eto’o animou os torcedores do Everton logo em sua estreia, quando marcou um gol diante do Chelsea. Após isso, no entanto, o camaronês não rendeu como esperado e foi para o banco de reservas.
O jogador não aceitou a condição e o desgaste com Roberto Martínez, treinador do Everton na época, aumentou e levou o camaronês a deixar o clube em janeiro de 2015, seis meses depois de chegar.
Eto’o disputou 20 jogos com a camisa do Everton e marcou quatro gols. Por tudo que se esperava dele e sequer cumprir metade de seu contrato, a contratação de Eto’o não foi uma das melhores.
Mark Hughes

Mark Hughes certamente está na história do futebol inglês pela sua bela passagem no Manchester United. Sparky, como era chamado, marcou época nos Red Devils, além de jogar em outros grandes clubes europeus.
O Everton sempre sonhou em assinar com o jogador, tinha tentado por três vezes e nunca havia conseguido. Isso mudou em março de 2000, quando Mark Hughes chegou aos Toffees vindo do Southampton.
No entanto, um pequeno detalhe chama atenção nessa transferência. Sparky era treinador da seleção do País de Gales. Com quase 37 anos e já no final da carreira, Sparky havia assumido o comando do selecionado galês quando ainda era jogador do Southampton.
Talvez por coincidência seus números nos Saints e nos Toffees são para não deixar nenhuma saudade no torcedor. No Southampton, Hughes fez 61 jogos e marcou apenas duas vezes. Nos Toffees, Sparky entrou em campo 19 vezes e marcou apenas um tento.
No fim, Sparky nunca foi aquilo que se esperava dele.
David Ginola

Ginola apareceu como um grande potencial na França, inclusive tendo conquistado o título de Jogador Francês do Ano, quando atuava pelo PSG. Tal prêmio lhe rendeu uma negociação com o Newcastle.
No fim de carreira, após passar por Newcastle e Tottenham, Ginola rumou para o Aston Villa, onde arrumou confusões e intrigas com o então treinador John Gregory. Foi afastado do elenco e Gregory acusou Ginola de estar acima do peso.
Sabendo de tudo isso, o Everton gastou três milhões de libras para contratar o francês. O resultado não poderia ser outro. Entrou em campo apenas cinco vezes e se aposentou três meses depois de chegar no Everton.
Paul Gascoigne

Gazza, como era conhecido, sempre foi um jogador polêmico dentro e fora de campo. Apesar de sua qualidade, Gascoigne se envolvia em constantes polêmicas e lances violentos.
Antes de chegar no Everton, Gazza quebrou seu antebraço quando acertou a cara de George Boateng. A FA Cup multou Gascoigne em 50 mil libras e ainda afastou o jogador por três partidas após rever o vídeo do lance.
Insatisfeito com o rendimento do atleta e com a quantidade de problemas, o Middlesbrough não quis mais contar com Gazza. O Everton prontamente decidiu arriscar suas fichas no inglês. Em duas temporadas, foram 38 partidas disputadas e apenas um gol com a camisa dos Toffees.
Em 2002 deixou o clube e foi para o Burnely, sem deixar saudades no torcedor.
Oumar Niasse

Sem sombra de dúvidas, Oumar Niasse é uma das contratações recentes que mais tiraram a paciência e frustraram o torcedor do Everton. O senegalês chegou aos Toffees em fevereiro de 2016 por 13,5 milhões de libras vindo do Lokomotiv Moscow e assinou um contrato de quatro anos e meio.
Apesar do alto valor, Niasse nunca se provou dentro de campo ao ponto de não ter recebido uma numeração fixa durante a temporada 16/17. Em outubro de 2016, foi afastado da equipe principal e passou a integrar o sub-23 do Everton.
Foi emprestado para o Hull City em janeiro de 2017, retornou para os Toffees para disputar a temporada 2018/2019, mas, novamente, não deu certo e foi emprestado para o Cardiff em janeiro de 2019.
Retornou para o Everton nesta temporada, mas ainda não entrou em campo pelo clube. E dificilmente irá entrar. Com contrato até junho de 2020, o senegalês poderá assinar com qualquer time a partir de janeiro e certamente o torcedor não ficará triste com isso.
Espen Baardsen

Talvez uma das contratações mais inusitadas da história, o norueguês Espen Baardsen chegou em Liverpool em dezembro de 2002 vindo do Watford a custo zero. O que coloca Baardsen nessa lista é o que acontece no mês seguinte.
Revelado pelo Tottenham, Baardsen fez sua estreia pelo Everton justamente num jogo contra os Spurs. Resultado? O Tottenham fez quatro gols e Baardsen nunca mais voltou a entrar em campo. David Moyes manteve ele no clube por mais um mês até decidir rescindir seu contrato.
Mais bizarro ainda é que foi a última aparição de Baardsen em gramados. Aos 25 anos de idade, o goleiro decidiu se aposentar do futebol alegando que não estava mais apaixonado pelo futebol.
Alex Nyarko

Que atire a primeira pedra quem nunca se estressou com um jogador. É praticamente impossível o torcedor não perder a paciência com algum atleta em determinado jogo. No entanto, o que aconteceu com Alex Nyarko explica o porquê de o ganês estar na lista.
Nyarko foi contratado do Lens por 4,5 milhões de libras e assinou um contrato de quatro anos. Na prática, no entanto, jogou apenas a primeira temporada. Disputou 33 jogos e marcou apenas um gol. A gota d’água, no entanto, aconteceu em um Everton x Arsenal.
Um torcedor do Everton, revoltado com a má atuação de Nyarko, invadiu o campo para tentar tirar a camisa do ganês, vestir e jogar no lugar do jogador. O fato foi tão constrangedor que Nyarko pediu para ser substituído e nunca mais jogou pelo Everton.
Foi emprestado para o Monaco e para o PSG nas duas temporadas seguintes até assinar de graça com o Start-NOR.
Davy Klaassen

Quando surgiu no Ajax, Klaassen era tido como uma das grandes promessas do clube. E o jogador rapidamente tornou-se destaque do Godenzonen. Entre 2011 e 2017, Klaassen disputou 182 jogos pelo Ajax e marcou 55 gols. Além disso, liderou a equipe até a final da Liga Europa contra o Manchester United.
Todo esse currículo fez o Everton investir pesado no holandês e gastar 23,6 milhões de libras e oferecer um contrato até 2022. Chegou com o status de craque e de quem seria a solução para os problemas do meio dos Toffees. No entanto, num espaço de nove meses, Klaassen foi completamente escanteado e terminou a temporada fora até do banco de reservas.
Como se não fosse suficiente, foi criticado por Sam Allardyce por não ter ido para o Napoli por empréstimo em janeiro de 2018. Em uma temporada pelo clube, Klaassen fez 16 partidas e não marcou nenhum gol. Foi vendido para o Werder Bremen em julho de 2018 por 13 milhões de libras e é considerado uma das piores contratações do Everton.
Rodrigo Beckham
É claro que não poderia faltar um brasileiro na nossa lista. Você se lembra de Rodrigo Beckham? Revelado pela Portuguesa Santista, Rodrigo chamou atenção do Botafogo quando foi destaque do Gama, na Série B de 1998. No clube carioca chegou a ser cotado para convocação da seleção brasileira.
Em 2002 foi emprestado para o Atlético-MG e continuou se destacando. Lesionou seu ligamento após um choque com Jussiê num jogo contra o Cruzeiro. Apesar disso, o Everton decidiu apostar no brasileiro e pagou um milhão de libras pelo jogador.
Setoristas do clube chegaram a dizer que Rodrigo e Tomas Gravensen seriam os jogadores mais importantes dos Toffees na temporada. Na prática, no entanto, a realidade não foi tão bondosa com Rodrigo. Reserva da equipe, Rodrigo só entrou em campo quatro vezes até a lesão no joelho se agravar por não ter sido diagnosticada corretamente.
Ao fim da temporada, Rodrigo voltou para o Brasil e nunca mais retornou para a Europa, deixando a lembrança de sua apagada passagem no Everton.