Antes solução para o Arsenal, Mesut Özil se tornou um dos maiores problemas do clube. Isso se dá pela razão do meia receber um alto salário e não oferecer o retorno técnico de outrora. Se o alemão já não era primordial nos planos de Unai Emery, técnico anterior dos Gunners, com Mikel Arteta no comando, o cenário não mudou.
Özil esteve presente em campo em 12 oportunidades das 21 partidas disputadas da equipe sob a batuta do técnico espanhol, contribuindo com um gol e uma assistência. No total, ele fez 23 jogos – cerca de um terço das partidas do clube na temporada.
Leia mais: Com Leno e Martínez em alta, como fica a situação dos goleiros do Arsenal?
2019/2020 foi a temporada com menor quantidade de jogos do meia alemão desde 2007/2008, quando ainda defendia a camisa do Werder Bremen. Consequentemente, a ausência dentro de campo teve reflexo nas estatísticas do atleta. Foram apenas dois gols e uma solitária assistência neste período.
Com o recurso reduzido gerado pela pandemia da covid-19 e a ausência na Champions há três temporadas, o Arsenal busca alternativas de enxugar a folha de pagamento e montar um elenco forte para as disputas que terá na próxima temporada. E o imbróglio envolvendo Özil passa por isso, uma vez que ele tem o maior salário do elenco.
Em entrevista recente ao site The Athletic, ele garantiu que ficará no clube até o fim do contrato, que se encerra em junho de 2021. Sendo assim, os Gunners pagariam praticamente mais um ano de salário para uma estrela que deve receber poucas oportunidades e não teria vitrine para ser negociado com outro clube.
O talento de Mesut Özil é, certamente, incontestável. Ele já demonstrou em várias oportunidades com brilhantes partidas por Werder Bremen, Real Madrid, seleção alemã e Arsenal. Entretanto, a falta de comprometimento tático será um pilar para a sua melancólica saída do clube de Londres.