O “barulho” em torno de uma possível saída de Mohamed Salah aumentou depois da vitória do Liverpool sobre o Manchester United. O craque egípcio marcou o último gol do atropelo no clássico do último domingo (1º) e sua declaração após a partida causou preocupação na torcida.
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— Este é meu último ano no clube. Sinto que estou livre para jogar futebol e veremos o que pode acontecer no ano que vem. Ninguém no clube falou comigo ainda sobre contratos, então vou jogar minha última temporada e ver no final. Não depende de mim. Ninguém do clube falou comigo — disse Salah à “Sky Sports”.
Uma saída de Salah é especulada desde o ano passado, quando surgiu um enorme interesse saudita no jogador, que está em seu último ano de contrato com o Liverpool. Em janeiro, ele pode assinar um pré-acordo com qualquer equipe e deixar Anfield de graça seis meses depois.
De acordo com o “The Athletic”, o Liverpool rejeitou uma oferta de 150 milhões de libras do Al-Ittihad nos últimos dias de janela no ano passado, o que pode ser considerado uma forma dos Reds demonstrarem interesse de ficar com o seu principal jogador. Mas o clube inglês ficou vulnerável depois da recente declaração de Salah.
Ainda segundo o veículo inglês, Salah recebe um salário de 350 mil libras por semana (R$ 2,5 milhões), mais bônus.
Por que Liverpool está ’em apuros’ com Salah
A única forma de negociar um contrato com um líder do elenco é oferecendo termos melhores pelo menos dois anos depois de uma contratação ou renovação. Nos últimos 12 meses, o jogador pode ditar o que quer, sabendo que pode ir embora se nenhum acordo for alcançado.
No último ano de contrato de um atleta de ponta, as negociações quase sempre acontecem em um cenário de tensão, com as ofertas iniciais sendo consideradas abaixo do nível esperado, em alguns casos, com relacionamentos tensos e egos feridos.
Geralmente, nos casos como o de Salah, as negociações começam mal e não se recuperam, pois o jogador fica com a sensação de que encontrará maior valorização (e geralmente mais dinheiro) em outro lugar.
A maneira mais fácil de conquistar um jogador inseguro é fazer uma oferta que ele não possa recusar.
Mas esse nunca foi o estilo de Michael Edwards, diretor do Liverpool. Ele sempre deixou a impressão de respeitar um teto para cada jogador, tanto em taxa de transferência quanto em salários.
A cultura do Liverpool de proteger seus ativos e ter um planejamento a longo prazo não se aplicou a Salah, assim como também não foi visto nos casos de Trent-Alexander Arnold e Virgil van Dijk, que também caminham para o fim de contrato com os Reds.
De acordo com o “Football Insider”, as conversas sobre renovação devem acontecer nas próximas semanas. O Liverpool precisará abrir mão de suas convicções e fazer o máximo para persuadir Salah a permanecer em Anfield.