Alisson Becker é goleiro do Liverpool desde 2018. O brasileiro é um dos principais jogadores da equipe de Jürgen Klopp e já atingiu marcas importantes nos Reds, como passar mais de 100 jogos sem levar gols. Não por menos, é o goleiro titular da seleção brasileira desde 2015.
Indo além dos números da vitoriosa carreira do goleiro do Liverpool, um fato que acaba destacando o camisa 1 dos Reds nas transmissões da Premier League ou mesmo nos jogos do Brasil é o fato do jogador aparecer quase sempre com o rosto avermelhado, principalmente na região do nariz e das bochechas, e com “bolinhas” que parecem espinhas.
Para sanar a curiosidade dos torcedores, a Premier League Brasil conversou com uma especialista para responder: o que o goleiro Alisson tem na pele?
Qual é o problema de pele do goleiro Alisson?
Não é possível fazer um diagnóstico 100% preciso sem que Alisson entre no consultório de um dermatologista, mas, em geral, os especialistas da área acreditam que se trata de um quadro de rosácea. De acordo com Elisete Crocco, Chefe do Departamento de Cosmiatria da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), este é um problema vascular inflamatória crônico.
A rosácea é caracterizada pelo surgimento das chamadas pápulas e pústulas, que são essas “bolinhas” e placas que lembram acne, e vermelhidão na região central do rosto em peles sensíveis.
— É uma doença de caráter crônico, que não tem cura, mas tem controle. Ela pode se apresentar de uma forma que a gente chama de telangectasica, ou seja, só com “vasinhos”, aumento de vascularização, e por vezes numa característica inflamatória, na qual a pessoa parece que tem lesões, que são bolinhas no rosto avermelhadas – informa Crocco.
Este segundo tipo é chamado de “papulopustuloso”, cujas características se encaixam no que é possível ver no rosto de Alisson. A Medicina não encontrou ainda a causa desse problemas, mas acredita-se que possa haver uma influência genética.
— Existe uma outra forma específica que é mais comum em homens idosos brancos, na qual o nariz fica com um aumento de volume. É a chamada rosácea fimatosa – completa a dermatologista.
De acordo com a SBD, a rosácea ocorre em 1,5% a 10% das populações estudadas, sendo mais frequente em mulheres, pessoas brancas e na faixa etária dos 30 a 50 anos. Outro sintoma comum é a sensação de calor na pele.
Quais são os cuidados e tratamento para rosácea
Apesar de não haver cura para a rosácea, Crocco explica que é possível conviver com a doença normalmente – bastar tomar alguns cuidados no dia a dia.
— Ela piora muito quando os pacientes tomam sol, ingerem bebidas alcoólicas e comem comidas apimentadas ou muito quentes – relata a especialista.
A exposição ao vento ou a temperaturas muito baixas e o estresse também desencadeiam as crises de piora do quadro. Por isso, é importante evitar essas situações. Além disso, hidratação e uso de protetor solar são cruciais para manter a rosácea controlada.
A médica explica que, em geral, o diagnóstico é feito apenas com uma consulta a um dermatologista, sem a necessidade de exames.
— Os pacientes precisam de medicamentos para controlar, tanto de uso tópico [pomadas e cremes], quanto via oral. Mas podem ter uma vida totalmente normal, desde que tenham esses cuidados diários. Alguns procedimentos podem ser feitos também, como luz pulsada, um tratamento a laser que tem o objetivo de melhorar a aparência da pele – finaliza a especialista.