As numerações das camisas de futebol têm como origem facilitar a identificação de algum jogador para os torcedores e até profissionais que fazem a transmissão da partida. Com esse viés, a maioria dos clubes passa a seguir um padrão para definir o número de qualquer atleta. A PL Brasil listou 7 jogadores que tiveram numerações de camisas mais alternativas na Premier League.
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Rui Patrício
O goleiro português defendeu por 12 anos as cores do Sporting, até que, na temporada 2018/19, o Wolverhampton desembolsou cerca de 18 milhões de euros para contar com o atleta.
Sua contratação não só chamou atenção por conta da qualidade do guarda-redes, mas também pelo fato dele assumir a camisa 11 do Wolves, e não a camisa de número 1, como era esperado.
A utilização do número 11 por um goleiro tem um significado muito particular e nobre no clube. Para homenagear o goleiro Carl Ikeme, que fora diagnosticado com leucemia, obrigando-o a deixar os gramados, o clube decidiu que os três goleiros do plantel deveriam utilizar camisas com o número 1 no final, ex-numeração de Ikeme.
Consequentemente, na temporada 2018/19, Rui Patrício assumiu a camisa 11, que, mundialmente, é um número muito utilizado por atacantes e alas.
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Glen Johnson
Lateral-direito que conquistou duas Premier League pelo Chelsea e que esteve no plantel da seleção da Inglaterra nas Copas do Mundo de 2010 e 2014, Glen Johnson é mais um atleta que entra na lista das camisas alternativas.
Após defender a camisa do Liverpool por seis temporadas, Johnson chegou ao Stoke City na temporada 2015/16 a custo zero e com a camisa de número 8.
É muito comum atletas mudarem de posição durante sua carreira e, consequentemente, adotam novas numerações. Entretanto, Johnson chegou no Stoke como lateral-direito com o número de camisa de jogadores que atuam no meio de campo.
O defensor inglês jogou por três temporadas com a 8 do Stoke City, somando 64 jogos e não conquistou nenhum título. Johnson anunciou a aposentadoria dos gramados em janeiro de 2019.
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William Gallas
William Gallas é um jogador que entra na lista após “virar a casaca” para atuar em um dos maiores rivais do Chelsea. Bicampeão com os Blues da Premier League, Gallas fez parte da troca dos Blues com os Gunners na transferência do Ashley Cole, na temporada 2006/07.
Assim que chegou ao Arsenal, o defensor francês assumiu a camisa 10 do atacante atacante Dennis Bergkamp e a faixa de capitão. Técnico da equipe na época, Arsène Wenger explicou sua decisão.
“Pensei que seria uma boa ideia dar o número 10 a um zagueiro porque um atacante sofreria muito com a comparação com Dennis Bergkamp”.
Pelos Gunners, Gallas entrou em campo por 147 oportunidades, além de marcar 17 gols durante. Todavia, durante as quatro temporadas que utilizou a 10 do Arsenal, o francês não conquistou nenhum título pelo clube.
Após o término de seu contrato com os Gunners, em 2010, Gallas assinou com o Tottenham Hotspurs por três temporadas.
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Aleksandar Kolarov
Mais um defensor na lista, Aleksandar Kolarov é mais um atleta lembrado por numerações alternativas na Premier League. O lateral-esquerdo chegou ao Manchester City na temporada 2010/11, após o clube desembolsar cerca de 23 milhões de euros à Lazio para contratar o jogador. Quando chegou no City, o lateral assumiu a camisa de número 13.
Porém, após quatro temporadas defendo as cores do clube, Kolarov assumiu a camisa 11 do City.
Por mais que seja um lateral-esquerdo, o atleta estava acostumado a utilizar a 11, já que vestiu o número no Čukarički Stankom e na Lazio, além de atuar com a numeração pela seleção da Sérvia.
Pelo City, Kolarov entrou em campo por 247 oportunidades e balançou a rede 21 vezes, além de contribuir com 37 assistências. O lateral ainda conquistou a Premier League em duas ocasiões, uma FA Cup e uma Copa da Liga Inglesa.
Atualmente, Kolarov defende a Roma e utiliza a camisa de número 11.
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Fabinho
Atleta polivalente, podendo atuar na lateral-direita e como primeiro e segundo volante, Fabinho chegou no Liverpool após o time pagar 45 milhões de euros ao Monaco.
Fabinho não surpreendeu apenas pelo bom futebol, mas chamou atenção pela numeração que assumiu nos Reds. Como o atleta fora contratado para atuar no meio campo da equipe, era esperado que assumisse uma camisa de acordo com sua posição. Entretanto, não foi o que aconteceu.
Na divulgação de números da temporada 2017/18, o atleta assumiu a camisa 3 do clube, número caracterizado por ser destinado a zagueiros e, principalmente na Inglaterra, por laterais esquerdos.
Já na sua segunda temporada no Liverpool, o brasileiro segue como número 3 e parece que não vai vestir outro número no clube.
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Morgan Schneiderlin
Morgan Schneiderlin chegou com alta expectativa no Manchester United na temporada de 2015/16. Porém, após uma passagem com poucas oportunidades e atuações apagadas, o francês foi vendido ao Everton na temporada seguinte, durante a janela de inverno, por 23 milhões de euros.
Assim que chegou no Toffees, o volante foi apresentado com a número 2, uma numeração muito peculiar para volantes, já que é mais utilizada por laterais direitos e zagueiros.
Entretanto, sua saga como atletas com numerações alternativas não durou muito tempo. No início da temporada 2018/19, Schneiderlin assumiu a camisa 18 do Everton e ainda segue com a nova numeração.
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Wilfried Bony
Para finalizar a lista, o atacante marfinense Wilfried Bony compõe a sessão das numerações mais alternativas da Premier League. Após seu passe ser adquirido pelo Manchester City em janeiro de 2015, por cerca de 32 milhões de euros, o atleta teve uma queda brusca de rendimento.
Pouco utilizado pelos Citizens, Bony foi emprestado ao Stoke City, equipe no qual não conseguiu render bom futebol, marcando apenas dois gols em 11 jogos.
Porém, na temporada 2017/18, o Swansea City repatriou o atacante por 13 milhões de euros, no deadline day. Na sua apresentação, Bony surpreendeu por assumir a camisa de número 2.
Entretanto, a jornada do atacante com a 2 do Swansea durou pouco tempo. Em janeiro de 2019, após 26 jogos e somente quatro gols marcados, o atacante foi emprestado ao Al-Arabi. Atualmente, Bony está livre no mercado de transferências.