Os clubes da Premier League encerraram a votação que poderia mudar regras em relação à proibição de negociações por empréstimo entre clubes que têm o mesmo dono.
A ideia é que fosse uma alteração temporária, já válida para a próxima janela de transferências, em janeiro, conforme noticiou o “The Athletic” no início de novembro.
Diferença de um voto decide mudança na Premier League
A mudança foi barrada no conselho da Premier League. Apesar de a maioria dos acionistas majoritários do clubes terem votado a favor, não foi suficiente para que ela fosse aprovada.
Isso porque o regulamento diz que nenhuma medida pode ser adotada sem o apoio de dois terços dos 20 membros, o que significaria a provação de 14 equipes.
A votação, no entanto, terminou em 13 times a favor e sete contra. Ou seja: a medida não foi aprovada por causa de um voto a menos.
Mais tarde, veículos da imprensa inglesa divulgaram os clubes que foram contra a mudança. São eles: Newcastle, Sheffield United, Manchester City, Chelsea, Everton, Wolverhampton e Nottingham Forest.
O jornal “The Times”, porém, afirma que foram 12 votos contra oito, sendo o Burnley o oitavo clube a votar contra a moção.

Por que os clubes da PL queriam mudança na regra
O contexto do pedido de mudança era a possível ida de atletas do futebol saudita, como o português Ruben Neves, para o Newcastle. O volante português tem contrato com o Al Hilal, cujos donos são do Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita — os mesmos acionistas majoritários do Newcastle.
Até então, não havia regra na Inglaterra que proibisse esse tipo de transação entre o que a liga chama de “clubes relacionados” — ou seja, partes que tenham “influência material sobre o clube ou uma entidade do mesmo grupo de empresas do clube”.
Caso a alteração fosse aprovada, eventuais negócios de Manchester City e Chelsea, dentre outros clubes, poderia ser prejudicados, visto que seus donos também são acionistas majoritários de outros times pelo mundo.