A década acabou em 2019? Ou acabará em 2020? Deixando essa discussão como secundária, a PL Brasil preparou uma série especial. Nela, escolhemos os cinco melhores jogadores por posição do último decênio da Premier League. Hoje, enumeramos os melhores volantes da década, considerando desempenho, estatísticas e títulos coletivos e individuais. Acompanhe a série.
Os 5 melhores volantes da década da Premier League
- 10 JOGADORES QUE ESTÃO SURPREENDENDO NA PREMIER LEAGUE
Fernandinho
O volante brasileiro chegou ao Manchester City sob pedido de Manuel Pellegrini, custando 40 milhões de euros aos cofres do clube do Etihad Stadium. Na época, com 28 anos de idade, foi considerada uma explosão tardia dentro das grandes ligas.
Logo na sua primeira temporada com a camisa do Citizens, Fernandinho se tornou titular fundamental da equipe. Com uma rápida adaptação, ajudou o clube a conquistar a Premier League 2013/14.
Sob o comando de Pep Guardiola, a partir de meados de 2016, foram mais duas conquistas do campeonato nacional. O camisa 25 foi carta marcada entre os onze titulares do treinador espanhol.
O bicampeonato entre 2017 e 2019 torna-se ainda mais relevante tendo em vista a evolução de Fernandinho, mais cobrado na sua capacidade de passe e sendo, muitas vezes, o único volante de ofício no 4-3-3 de Guardiola.
Com uma média de 32 jogos nos três títulos de liga, um nível muito alto de exigência nos momentos com e sem a bola do jogo e uma presença no time do ano da Professional Footballers’ Association (PFA), o volante brasileiro com certeza marcou época e pode ser listado como um dos melhores em sua posição na década de campeonato.
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N’Golo Kanté
Disputado por clubes de maior expressão, o volante francês chegou ao humilde Leicester City de Claudio Ranieiri em 2015, por aproximadamente nove milhões de euros.
Em sua temporada de estreia, Kanté, assim como todo o time dos Foxes, surpreendeu o público. Dotado de um preparo físico impressionante, foi engrenagem primordial no jogo reativo do treinador italiano.
Além de cobrir todas as faixas do campo e se destacar pelas recuperações de bola, o meio-campista também auxiliava Danny Drinkwater na circulação do jogo e realizava poucas faltas para sua posição.
Na temporada seguinte ao título com o clube de Leicester, Kanté rumou a Londres para vestir a camisa do Chelsea. Em Londres, conquistou sua segunda Premier League consecutiva, mantendo o nível e as características de sua temporada anterior.
Após a passagem de Sarri, o camisa 7 dos Blues passou por uma mudança de função que o fez evoluir na parte ofensiva. O francês passou a ser mais presente na área adversária e se tornou mais completo.
Com papel grandioso em duas conquistas de liga e duas presenças no time do ano da PFA, N’Golo Kanté, considerado por muitos o herdeiro de Claude Makélélé, se consolidou rapidamente como um dos melhores volantes da década.
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Yaya Touré
O marfinense, contratado pelo Manchester City em 2010, marcou época no campeonato nacional tanto quanto no seu clube.
Utilizado como primeiro volante em sua passagem pelo Barcelona, foi com a liberdade de segundo homem de meio-campo que se destacou pelos azuis de Manchester. Foi acompanhado de nomes como Gareth Barry e Fernandinho.
Muito físico, inteligente e de excelente finalização, Touré se destacou pela completude do seu jogo. Atingiu seu ápice na temporada 2013/14, quando encerrou o período como artilheiro da equipe na Premier League. Foram 20 gols, e 2502 passes completos, sendo o maior passador da liga.
Com a chegada de Pep Guardiola, técnico que coordenou sua saída do Barcelona, o volante perdeu espaço e deixou o clube na temporada seguinte.
Sua passagem contemplou oito taças erguidas em oito temporadas como Citizen, incluindo três da liga, sendo duas delas como titular e homem-chave da equipe. Essas conquistas fizeram Yaya e sua camisa 42 se tornarem símbolos dos recentes momentos vitoriosos do Manchester City e dessa era da Liga Inglesa. Por tudo isso, integra a lista dos maiores volantes da década.
Cesc Fàbregas
Após deixar o Arsenal, no início da década, rumo ao Barcelona, Cesc Fàbregas retornou a Premier League em 2014, dessa vez para o Chelsea.
Sob tutela de José Mourinho, os Blues foram campeões da liga nacional da temporada 2014/15. Nesse título, o meio-campista espanhol foi um dos principais jogadores do time. Em tal período, Fàbregas anotou 18 assistências, sendo o líder isolado em passes para gol na campanha.
Com a chegada de Antonio Conte, para o segundo semestre de 2016, o experiente volante perdeu lugar. Fàbregas teve de se esforçar bastante para mostrar ao italiano que podia se adaptar aos seus ideais de jogo. Em seu Twitter, o jogador postou, recentemente, que mudar a opinião de Conte foi uma de suas experiências mais satisfatórias no futebol.
Ao fim da temporada 2016/17, Fàbregas contabilizou 29 jogos de Premier League e 12 assistências. Sendo titular em apenas 13 jogos como titular na campanha do título, os feitos se tornam ainda mais expressivos.
Excluindo seus últimos momentos com Maurizio Sarri, nos quais teve quase nenhum espaço, Cesc disputou outras cinco temporadas de liga inglesa, nessa década, construindo uma média de 10,4 assistências por época.
Com quatro taças conquistadas ao fim de seus dias com a camisa dos Blues e o recorde, registrado no Guinness Book, de jogador mais rápido a contabilizar 100 passes para gol na Premier League, a qualidade de Fàbregas certamente ficou gravada nesses últimos dez anos.
Nemanja Matic
Três anos depois uma primeira passagem discreta, o volante sérvio voltou ao Chelsea sob pedido de José Mourinho, em 2014. Aos 25 anos, Nemanja retornou a Londres mais amadurecido e evoluído após trabalhar com Jorge Jesus no Benfica e ser modelado para um novo posicionamento.
Com as características que agradavam o Special One, Matic logo se tornou pilar da equipe campeã da Premier League 2014/15. Atuando junto a Fàbregas, o camisa 21 era o principal meio-campista responsável pela proteção da defesa, o que o tornou líder em desarmes da competição e lhe rendeu uma vaga na seleção do ano da PFA.
Outra conquista de Campeonato Inglês aconteceu na temporada 2016/17. Dessa vez, o sérvio desempenhou uma função diferente, ampliando sua presença no momento ofensivo do jogo. Essa alteração no seu papel fez com que ele terminasse a liga como o terceiro do clube com mais assistências.
Apesar de estar em baixa atualmente, com 31 anos, os bons momentos de Nemanja Matic não devem ser esquecidos. Sendo peça-chave em dois títulos de Premier League, mesmo desempenhando funções distintas em cada um deles, e com uma presença no time do ano da PFA, o atual camisa 31 do Manchester United marcou a década como um dos melhores volantes da década.