Estamos apenas na 11ª rodada do campeonato mais disputado do mundo, mas já é possível fazer uma análise da janela de transferências de verão. Foram muitas contratações, e naturalmente algumas já se destacam mais do que outras. O site inglês The Guardian selecionou os cinco melhores jogadores contratados na Premier League até aqui. Confira:
Pascal Gross (Ingolstadt > Brighton, £2,6 milhões)
Se analisarmos apenas o valor pago pelo Brighton por Gross, a contratação já teria valido a pena. Chris Hughton formou uma equipe trabalhadora – dos oito jogadores que correram mais na liga até aqui três jogam nos Seagulls; número recorde – e Gross é o melhor deles.
Ele tem a qualidade necessária combinada a sua energia, provando isso em seus números. O alemão participou diretamente de sete dos 11 gols marcados pelo time (dois tentos e cinco assistências).
Aaron Mooy (Manchester City > Huddersfield Town, £8 milhões)
Os 574 passes de Mooy na Premier League o tornam o jogador mais influente do Huddersfield por uma enorme margem de distância (o mais próximo, Christopher Schindler, fez 416). Ele também efetuou 37 desarmes, mais do que qualquer outro jogador do seu time, superado apenas por Wilfred Ndidi no ranking geral.
Ele já pertencia aos Terriers na temporada passada, sendo inclusive peça fundamental no acesso à Premier League, mas 2017/18 tem sido ainda melhor para o meio-campista.
“Aaron é o coração do nosso jogo. Ele é capaz de desacelerar quando necessário, ou acelerar o jogo se você precisar”, declarou o técnico David Wagner.
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Mohamed Salah (Roma > Liverpool, £50 milhões)
Quatro gols em quatro jogos da UEFA Champions League, mais sete em 11 jogos na Premier League e um gol decisivo que garantiu a sua seleção na Copa do Mundo de 2018.
De alguma forma, Salah acaba sendo mais lembrado pelas suas falhas, mas ele está, segundo as estatísticas, muito bem até aqui. Suas chances criadas representam 6,88 gols para o Liverpool.
Ele teve mais finalizações ao alvo do que qualquer outro jogador da Premier League: 65% de seus chutes são precisos, contra 47% de Romelu Lukaku e 37% de Harry Kane. Nem Fernando Torres e Luis Suárez marcaram tantos gols nesse estágio inicial de carreira em Liverpool como ele, e olha que o egípcio nem é centroavante!
Kyle Walker (Tottenham > Manchester City, £50 milhões)
“Kyle Walker se torna o defensor mais caro do mundo por £50 milhões”, escreveu Gary Lineker no Twitter depois que o acordo foi finalizado. “Imagine quanto ele custaria se pudesse atravessar a bola”, concluiu o comentarista e ex-jogador da seleção inglesa.
Era um questionamento discutível: Walker tinha média de 2,8 assistências na liga em seus últimos cinco anos no Tottenham, apesar de cruzar em média 85 vezes. Resumindo, efetuou 30 cruzamentos para ter uma assistência.
Nesta temporada, ele possui 20 cruzamentos à área e tem quatro assistências: um em cada cinco foi convertido. O lateral é o segundo na lista de defensores mais criativos até então. Os números mais do que sugerem uma mudança de patamar do inglês.
Richarlison (Fluminense > Watford, £11 milhões)
A chegada de Richarlison na Inglaterra não atraiu muita atenção, mas o Watford sempre teve grandes esperanças no brasileiro, que estava atuando no Fluminense durante as férias de verão na Inglaterra.
“Lembro-me que muitas vezes, enquanto estávamos na Áustria [na pré-temporada], assistimos jogos completos e analisamos muito bem o jogador. Naquele momento eu tomei a decisão, e quando o conheci senti que precisávamos comprá-lo”, afirmou o Manager Marco Silva.
Ele concordou em assinar com o Ajax, mas o técnico do Watford o convenceu a redirecionar sua viagem poucas horas antes de embarcar para Amsterdã. Seu impacto foi impressionante: o jogador de 20 anos começou o primeiro jogo da temporada no banco de reservas e só entrou em campo devido a uma lesão de Roberto Pereyra.
Desde então, ele ficou de fora por apenas 10 minutos na campanha interessante dos Hornets até aqui, mostrando ritmo, habilidade e esforço irresistível.