O futuro de Mason Mount inspirou das maiores novelas do mercado da bola e se arrastou por vários meses. Diversos times foram envolvidos em algum momento: Liverpool, Arsenal, Manchester City, Newcastle, Bayern de Munique… Mas essa longa trama finalmente chegou ao fim por um total de 60 milhões de libras– é o que garantem “The Athletic” e Fabrizio Romano, especialistas no mercado de transferências da Europa.
Depois de rejeitar três ofertas anteriormente, o Chelsea acertou a venda de Mason Mount para os Red Devils por 60 milhões de libras (R$ 367,580 milhões) — 55 milhões de libras (R$ 337 milhões) + acréscimos de 5 milhões de libras (R$ 30,6 milhões). Agora, o meia de 24 anos está liberado para fazer exames médicos, finalizar os termos pessoais e assinar com o time de Old Trafford.
Manchester United venceu longa disputa contra rivais no mercado
A disputa por Mount foi mesmo longa. O Manchester United teve que vencer a concorrência mais de perto dos rivais Liverpool e Arsenal para fechar com o meio-campista que está em seu último ano de contrato. Os Red Devils chegaram a fazer três ofertas pelo jogador, sendo a última delas no valor de 50 milhões de libras (R$ 304,294 milhões), mais 5 milhões de libras (R$ 30 milhões) em complementos, mas todas foram negadas. Agora, com 10 milhões de libras (R$ 61,2 milhões) a mais, os Blues decidiram liberar o jogador.
O jornalista Matt Law, do jornal britânico “Daily Telegraph”, ainda revelou salário e tempo de contrato do meia no United: serão cinco anos com a opção de mais uma temporada (ou seja, possibilidade de ficar até 2029), recebendo 250 mil libras por semana.
Com bônus estipulados em contrato, Mount pode elevar seu salário para até 300 mil libras por semana. De Gea era o jogador com maior salário do clube, com 375 mil libras semanais, posto que deve ser ocupado por Marcus Rashford com seu aumento.
A discordância entre Chelsea e Mount se deu justamente por impasse na negociação de seu salário. Ele recebia 80 mil libras por semana e queria se equiparar a Reece James, maior salário do clube, que ganha 240 mil. Os Blues ofereceram 180 mil semanais como máximo e Mount recusou.
De acordo com o “The Times”, o técnico Thomas Tuchel, que trabalhou com Mason Mount no Chelsea e é um grande admirador do meia tentou levar o jogador para o Bayern de Munique. O mesmo aconteceu com o Newcastle e o Manchester City, segundo o “Football Insider”.
Revelado pelas categorias de base do Chelsea, Mason Mount foi protagonista na conquista da Champions League e do Mundial de Clubes em 2020-21. Porém, na última temporada, o meia teve um desempenho modesto, com apenas três gols e duas assistências em 34 jogos.
Mason Mount é a quinta saída do Chelsea nesta janela de transferências. N’Golo Kanté, Hakim Ziyech, Edouard Mendy, Kalidou Koulibaly e Kai Harvertz já deixaram o time londrino. Outros nomes, como Ruben Loftus-Cheek, Pierre-Emerick Aubameyang e Callum Hudson-Odoi devem ser os próximos a deixar Stamford Bridge.
Com tantas saídas, o Chelsea pode se livrar de uma possível punição por quebra de regras de fair play financeiro. Após gastar 500 milhões de libras R$ 3 bilhões) em contratações na janela de janeiro de 2023 e ter um prejuízo de 121 milhões de libras (R$ 771 milhões) na temporada 2021/22, os Blues poderiam ser pegos pela Premier League. Por isso, as vendas são cruciais para que o clube siga sem punições.
O número de baixas do Chelsea pode chegar a 12 jogadores nesta janela de transferências. Com isso, o clube londrino pode faturar até R$ 1,4 bilhão e abater quase a totalidade do seu balanço negativo referente às últimas três temporadas.