O Manchester United não pretende desembolsar um valor alto em contratações na janela de transferências ao fim da temporada 2024/25 e deve “obrigar” Rúben Amorim a extrair o melhor do elenco que tem à disposição, conforme informações do “Telegraph”.
O objetivo com o corte de gastos seria acabar com o ciclo de gastar altos valores em aquisições de atletas e adotar uma postura financeiramente “mais sustentável”. Para se ter ideia, Erik ten Hag contou com orçamento de mais de 600 milhões de libras (R$ 4,3 bilhões) em pouco mais de dois anos que esteve no clube.
O jornal destacou que o United tem média de cinco novas contratações a cada janela de transferências do meio do ano — entre uma temporada e outra — nos últimos 10 anos. Neste período, Louis van Gaal, José Mourinho, Ole Gunnar Solskjaer, Ralf Rangnick e Ten Hag foram alguns dos que passaram pela área técnica da equipe.
Os Red Devils perderam 312,9 milhões de libras (R$ 2,2 bilhões) nas últimas três temporadas, segundo o “Telegraph”, e também vivem pressão para não esbarrar em regras de fair play financeiro da Premier League e da Uefa.
Futuro incerto requer medidas de contenção
A iniciativa pode ser vista ainda como uma “antecipação” ao futuro. Caso o Manchester United não se classifique à Champions League 2025/26, o time perde em direitos de transmissão e tende a ser penalizado no acordo com a fornecedora de materiais esportivos Adidas.
O clube já havia retirado 250 pessoas do quadro de funcionários no meio do ano e tem em mente até reduzir pela metade o dinheiro ofertado à Associação de Torcedores com Deficiência do Manchester United com foco em cortar gastos.
Neste contexto, vendas de jogadores não estão descartadas, e é possível que o departamento de futebol do time faça poucas movimentações na janela de janeiro de 2025.
Manchester United quer impulsionar os talentos da equipe
Além de evitar desembolsar altas quantias, o clube visa reduzir a rotatividade de atletas e, assim, propiciar que novos talentos surjam. O United espera, por exemplo, que o atacante Rasmus Hojlund e o meia Mason Mount, evoluam sob o comando de Rúben Amorim.
A ideia da gestão de futebol também é fornecer a Amorim tempo para avaliar os jogadores do elenco e analisar quais se enquadram na abordagem do português antes de traçar os planos para o mercado ao término do ciclo 2024/25.
Atletas como Christian Eriksen, Victor Lindelof, Harry Maguire, Amad Diallo e Jonny Evans têm o contrato previsto para encerrar no fim da atual temporada, enquanto os vínculos de Casemiro e Tyrell Malacia se encerram em junho de 2026.
Há, ainda, a expectativa de Amorim poder contar com jogadores lesionados que ainda não atuaram nesta campanha, como o zagueiro Leny Yoro e os laterais-esquerdo Luke Shaw e Malacia.
O técnico ex-Sporting tem 39 anos e assume o Manchester United na 13ª posição na tabela da Premier League com 15 pontos em 11 jogos. O primeiro desafio à frente dos Red Devils está marcado para domingo (24) diante do Ipswich Town em Portman Road, às 13h30 (de Brasília).