Dono do Manchester United é criticado por ‘atrapalhar’ ida de seus dois astros à Bola de Ouro

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O Manchester United voltou a perder na Premier League na última rodada, com o 2 a 1 diante do West Ham. O dono do clube, Sir Jim Ratcliffe, foi mais uma vez criticado.

O bilionário inglês foi alvo de julgamentos pela sua política de corte de custos, que chegou até mesmo a impactar a ida de dois jogadores do clube à Bola de Ouro.

Manchester United na Bola de Ouro

Sir Jim Ratcliffe foi rotulado como uma vergonha em meio à turbulência que o United enfrenta dentro e fora de campo. As críticas, dessa vez, viraram do ex-jogador Jamie O’Hara, à rádio inglesa “talkSPORT”.

Outra decisão que faz parte da política de corte de custos no clube foi a mais recente crítica. O dono do clube se recusou a alugar um avião para enviar a dupla Alejandro Garnacho e Kobbie Mainoo à cerimônia da Bola de Ouro.

Jovens Manchester United
Hojlund, Garnacho e Mainoo comemoram gol do Manchester United (Foto – Icon Sport)

Os dois jovens foram indicados ao prêmio Kopa, dado ao melhor jogador da temporada com menos de 21 anos. Sem seu transporte pelo clube, tiveram que pedir “carona” aos rivais do Manchester City — e foram recusados.

À talkSPORT, O’Hara atacou Ratcliffe, chamando o bilionário de “piada”: “O que ele está fazendo? Ele é uma vergonha”, começou o ex-jogador do Tottenham.

— Tudo o que ele fez foi se livrar de 200 pessoas, agora eles (funcionários) têm que trazer sua própria comida, agora ele está tentando economizar centavos em um jatinho para seus indicados ao Ballon d’Or.

Os cortes de Ratcliffe

Desde que chegou ao comando do clube no início deste ano — ou seja, no fim da temporada passada –, Ratcliffe priorizou a redução de despesas consideradas desnecessárias.

Neste processo, ele demitiu mais de 200 funcionários, cancelou a festa de Natal e retirou certos privilégios do alto escalão do clube, como o uso de cartões de crédito e viagens.

Manchester United
Sir Jim Ratcliffe comanda o futebol do Manchester United (Foto: Icon Sport)

Uma de suas decisões mais implacáveis envolveu a demissão de Sir Alex Ferguson. O dono do clube cortou laços com o ídolo e ex-treinador, que havia trabalhado para o clube como embaixador desde sua aposentadoria como técnico em 2013.

O escocês ganhava cerca de 2 milhões de libras por ano há mais de uma década. Nestes moldes, Ratcliffe via pouco valor pelo dinheiro investido.

O cargo de Erik ten Hag também parecia estar na berlinda há meses e seu comando chegou ao fim nesta segunda-feira (28). À emissora “Sky Sports”, O’Hara disse que o holandês tinha que ir embora e pediu a Ratcliffe para tirá-lo da miséria.

— Nove jogos e o [United] está em 14º lugar na tabela… vamos lá, isso é o Manchester United. Você pode quase aceitar se eles estiverem em nono, sabe, na metade de cima, e não aconteceu ainda. Eles já perderam quatro jogos nesta temporada – eles jogaram nove.

Guilherme Ramos
Guilherme Ramos

Jornalista pela UNESP. Escrevi um livro sobre tática no futebol e sou repórter da PL Brasil. Já passei por Total Football Analysis, Esporte News Mundo, Jumper Brasil e TechTudo.

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