O Manchester United está prestes a demitir cerca de um quarto de sua força de trabalho, segundo informações do jornal inglês “Daily Mail”. A medida drástica visa enxugar custos e direcionar recursos para o time principal no mercado.
Em reuniões realizadas na manhã de quarta-feira (3), os funcionários foram informados da decisão, que impactará até 250 dos 1,1 mil colaboradores do clube. A iniciativa é impulsionada pela chegada da INEOS, empresa que adquiriu 25% das ações do United em janeiro deste ano.
As demissões ‘encomendadas’ no Manchester United
Segundo o jornal britânico, uma revisão de custos em larga escala foi encomendada pela INEOS, com o objetivo de otimizar as finanças do clube e reinvestir os recursos na equipe.
A análise concluiu que a estrutura atual do United, com um dos maiores quadros de funcionários da Premier League, é excessiva e precisa ser enxugada. A decisão de demitir funcionários também é motivada pela busca por um modelo de gestão mais ágil e eficiente, alinhado à nova realidade do United.

Os novos investidores da INEOS, liderados pelo empresário Sir Jim Ratcliffe, reconhecem a necessidade de investir no time principal para alcançar o sucesso. As demissões, embora drásticas, são vistas como um passo necessário para liberar recursos para reforçar o elenco e buscar títulos.
O clube não conseguiu se classificar para a Champions League na última temporada, terminando em 8º lugar no Campeonato Inglês, e busca recuperar sua competitividade em campo.
A decisão de demitir funcionários para reinvestir no elenco surpreende pelo fato de que apenas vender seus jogadores não se mostra o suficiente para o clube. Muitos de seus atletas perderam valor no mercado ou não têm tantos interessados quanto antes.
Transformação e as regras da Premier League
A reestruturação do United vai além das demissões. O clube também está implementando mudanças em sua estrutura administrativa, com a chegada de novos profissionais experientes em áreas do futebol, gestão e finanças.
Nesse processo, Dan Ashworth chegou como diretor esportivo, vindo do Newcastle, enquanto Omar Berrada mudou do rival City para se tornar diretor executivo e Jason Wilcox foi contratado do Southampton como diretor técnico.

Os investimentos também foram além de reforços. Cerca de 50 milhões de libras foram gastas na reforma do centro de treinamento do clube, e as obras já estão em andamento.
Além disso, o time de Old Trafford precisa se adequar às regras de Lucro e Sustentabilidade (PSR) da Premier League, que impõem limites aos gastos com salários e transferências.
De acordo com o “Daily Mail”, as demissões afetarão todos os departamentos do clube, com exceção da Manchester United Foundation, o braço beneficente da equipe. A empresa ainda não divulgou detalhes sobre o processo de demissão, mas espera-se que os funcionários impactados sejam notificados nas próximas semanas.
Em maio, os funcionários receberam a oferta de pagamento antecipado de um bônus anual se optassem por se demitir em vez de trabalhar nos escritórios do clube a partir de 1º de junho.