O Manchester United vive um momento turbulento. Início ruim na Premier League, rumores sobre demissão de Erik ten Hag e, agora, polêmicas internas com a direção.
Isso porque, segundo o site inglês “The Athletic”, Sir Jim Ratcliffe, novo dono dos Red Devils, decidiu encerrar o contrato de Sir Alex Ferguson como embaixador global do clube.
O ‘fim’ de Ferguson no Manchester United
De acordo com o The Athletic, a medida de Ratcliffe e da INEOS faz parte de um plano mais amplo de redução de custos implementado pela nova gestão.
Ferguson, figura icônica e responsável por grande parte do sucesso do clube nas últimas décadas, vinha recebendo um salário anual considerável desde sua aposentadoria como treinador, em 2013.
Seu papel como embaixador, no entanto, era visto como fundamental para a imagem do United e para fortalecer os laços com a história do clube.
A única descrição oficial dos serviços de Ferguson como embaixador do clube foram publicadas oficialmente em 2014. Na ocasião, o United afirmou que o escocês assinou um acordo em 17 de outubro de 2013 e recebeu 2,16 milhões de libras (R$ 15,8 milhões) por seus serviços, um acordo que continuou por mais de uma década.
A saída de Ferguson como embaixador não significa, no entanto, que ele se afastará do Manchester United. O escocês continuará como diretor não executivo do clube e poderá acompanhar os jogos em Old Trafford. A decisão de encerrar o contrato foi tomada de forma amigável, segundo fontes do clube.
A família Glazer, antiga proprietária dos Red Devils, sempre valorizou o papel de Ferguson na história do clube e nunca questionou os pagamentos feitos ao ex-treinador. No entanto, a nova gestão, com foco em resultados financeiros, decidiu seguir um caminho diferente.
O controle da nova gestão sobre o clube
Inicialmente, a INEOS, controlada por Ratcliffe, tinha controle das operações de futebol. No entanto, isso foi ampliado para um controle mais operacional e de negócios, depois de acordo com a família Glazer.
Desde então, Ratcliffe informou no início da temporada que pretendia cortar 250 empregos no clube e seguiu planejando medidas para cortar custos vistos como excedentes.
Segundo o The Athletic, algumas das medidas foram:
- A retirada de cartões de crédito do clube de executivos seniores
- A retirada de viagens gratuitas para funcionários até a final da Copa da Inglaterra em maio contra o Manchester City
- O cancelamento da festa de Natal dos funcionários
Enquanto isso, o United foi o segundo maior gastador da Premier League no mercado de transferências neste verão, investindo mais de 200 milhões de libras em transferências.
Não se sabe se os cortes da INEOS afetarão outros embaixadores. No entanto, fontes do The Athletic dizem que ex-jogadores que trabalham com o clube têm preocupações com seus futuros após perceberem os cortes.