O Manchester United está em crise dentro e fora de campo com as decisões polêmicas focadas em cortar gastos no clube.
A instituição acumulou prejuízo de 300 milhões de libras (R$ 2,1 bilhões na cotação atual) nos últimos três anos, e o acionista majoritário, Sir Jim Ratcliffe, decidiu implementar uma série de medidas para diminuir a folha do United.
O decreto mais recente foi revelado pelo “The Guardian” na segunda-feira (24). O proprietário optou por fechar o refeitório dos funcionários em Old Trafford e no centro de treinamento, de modo que apenas os jogadores devem receber almoço sem custos.
Dessa forma, não houve como o técnico Rúben Amorim escapar de questionamentos acerca dos bastidores do clube na entrevista coletiva desta terça-feira (25). Para ele, a queda do rendimento em campo tem relação direta com a situação atual fora das quatro linhas.
— É importante como chegamos nessa situação. Tem muito a ver com a falta de sucesso do time do Manchester United. Somos o motor do clube –, afirmou o português.

Demissões e cortes no Manchester United
A gestão de Ratcliffe também acabou com o financiamento da Manchester United Foundation, a instituição de caridade do clube, cortou a doação anual de 40 mil libras (R$ 288,9 mil) para a associação de ex-jogadores e encerrou o contrato de Sir Alex Ferguson como embaixador global.
Além disso, os dirigentes optaram pela demissão de 250 funcionários do United no ano passado, e há a previsão para a dispensa de mais 200 profissionais em breve.
— É sempre difícil para todos. Eles veem amigos e colegas de equipe perdendo seus empregos. Mas, tenho que focar no que posso fazer para ajudar o clube nesse momento e nós, como um clube, devemos entender o que fizemos de errado para chegar à essa situação –, concluiu Amorim.
O Manchester United está na 15ª colocação na tabela da Premier League com 30 pontos. Agora, o técnico prepara o time para o jogo contra o Ipswich Town nesta quarta-feira (26), às 16h30 (de Brasília), em Old Trafford.