O Manchester United passou parte da última janela de transferências em busca de um centroavante que fosse “resolver os problemas” do clube. O principal alvo era Harry Kane, que deixou o Tottenham e foi para o Bayern de Munique. Agora, o novo alvo é tido como o “novo Kane” no futebol inglês.
Isso porque Evan Ferguson, joia de 19 anos do Brighton, já chama a atenção na Premier League: são 11 gols em 31 jogos na competição. Cobiçado por gigantes, o atacante pode estar de saída mesmo com um novo contrato — e já tem um preço: 100 milhões de libras (R$ 614 milhões).
Brighton aceita vender Ferguson
Apesar do contrato longo do seu jovem destaque, o CEO do Brighton, Paul Barber, se recusou a descartar a possibilidade de ele se mudar para outro lugar, em entrevista à Soccerex TV.
— Em algum momento no futuro, Evan estará jogando em um nível ainda mais alto se sua trajetória continuar como está – disse o executivo.
Barber reforçou que assinar com um jovem destaque por vários anos é uma forma de lhes dar confiança ao mesmo tempo que dá segurança ao clube, mas também faz com que os jogadores continuem aprendendo.
— Queremos garantir que fazemos tudo o que podemos para prepará-lo para isso (o destaque). Não apenas em campo, mas também fora de campo, dar a ele o máximo de apoio que pudermos – afirmou.
Barber foi então questionado sobre o que o clube pode fazer para manter jogadores como Ferguson no Amex Stadium, e sua resposta foi contundente: “Quanto mais alto pudermos jogar (o valor), mais chance teremos de manter nossos principais jogadores por mais tempo”.
— Isso não significa que podemos mantê-los para sempre, porque os jogadores terão suas próprias ambições sobre o clube em que desejam jogar, a liga em que desejam jogar e as competições em que desejam se apresentar. E temos que ser respeitosos com isso – continuou.
Respeito pela saída atrai outros jovens
Barber acredita que, respeitando o desejo dos jogadores quando quiserem sair, como foi o caso de Mac Allister e Caicedo, que se transferiram para Liverpool e Chelsea, respectivamente, o modelo sustentável de atrair jovens talentos continua.
— E eu acredito, e Tony Bloom [presidente do Brighton] acredita, que se pudermos realmente mostrar aos jogadores caminhos claros, não apenas através do nosso clube, mas também além do nosso clube, isso realmente nos ajudará a atrair outros jogadores mais jovens no futuro para o nosso clube também – disse.
Para ele, mesmo as saídas acabam como uma coisa boa, porque “mantém nosso modelo em movimento. Mantém nosso ciclo progredindo e, espero, nos mantém bem-sucedidos também”.
As tentativas do Manchester United
Os Red Devils tentaram, mas as esperanças de atraí-lo dos Seagulls foram frustradas no início de novembro, quando ele assinou um novo contrato de seis anos, mantendo-o sob vínculo com o Brighton até 2029.
No entanto, um porém fez com que o Manchester United voltasse à luta: o contrato de Ferguson não tem cláusula de rescisão. O clube do litoral não tem o costume de colocar cláusulas, e os exemplos mais recentes foram os de Mac Allister e Caicedo.
Sem a cláusula, o Brighton pode “pedir o que quiser” e ver o preço de Ferguson aumentar conforme seu desenvolvimento. O United, por sua vez, já gastou pesado em Rasmus Hojlund, tirando-o da Atalanta por 72 milhões de euros (R$ 448 milhões na época) durante a última janela de transferências.
Curiosamente, o atacante dos Seagulls já poderia estar no Old Trafford a essa altura. Isso porque fez testes no Manchester United aos 16 anos, mas foi reprovado pelo clube.