Aston Villa e Manchester United se enfrentaram neste domingo (6), no Villa Park, em partida válida pela 7ª rodada da Premier League. O jogo acabou com um empate sem gols.
Entre os brasileiros, nenhum dos disponíveis foi titular. Antony e Casemiro, pelo United, e Diego Carlos, pelo Villa, começaram no banco de reservas.
Pressão sobre o Manchester United é quase palpável
Os Red Devils tiveram apenas duas chances que chegaram perto de um gol: uma finalização de Marcus Rashford que beliscou o travessão e uma falta cobrada por Bruno Fernandes na trave.
Além disso, apenas uma finalização do United foi dentro da área, em uma bola que Garnacho praticamente furou depois de um escanteio — novamente uma bola parada.
O time de Erik ten Hag está sob tanta pressão que fica evidente em campo como isso afeta os jogadores. E, de certa forma, as decisões e os planos do próprio treinador.
O Ajax de ten Hag era um dos times mais agradáveis de se assistir. Havia amplo domínio da posse de bola, jogo ofensivo pelas pontas e jogadores que sempre sabiam onde tocar porque seu companheiro estaria ali.
A primeira temporada no United teve instabilidades, mas havia um modelo de jogo com ênfase maior na primeira fase de construção e um jogo acelerado, mas apoiado.
Agora, os Red Devils são muito mais acelerados do que pensantes. Parece que estão sempre atrás do placar, correndo contra o tempo.
Empate com o Aston Villa foi mais uma amostra dos problemas
Os Villans também tiveram sua parte de decisões ruins e a aceleração do jogo criou um alvoroço para os dois lados. Não conseguiu criar uma chance clara, mas teve oportunidades próximas à área e poderia encontrar alternativas melhores em contra-ataques.
O time de ten Hag defendeu bem sua própria área, mas teve um sistema de pressão por vezes inconstante. Morgan Rodgers teve bastante espaço entre as linhas e os lados do campo também eram áreas de espaço para o Villa.
E os problemas do United não são necessariamente técnicos. É evidente que os jogadores têm qualidade, mas parece haver uma questão maior que os tira da sua zona de conforto.
Contra o Aston Villa, foram muitos chutões para afastar o perigo, pouca iniciativa para construir pelo chão quando recuperavam a bola na defesa e pressa. Indo ao ataque, decisões ruins de passes e condução também eram comuns.
E o fator mais evidente é a reclamação. Jogadores reclamando entre si é a epítome de um time pressionado e desorganizado. Reclamação por não ter recebido um passe, ter recebido um passe ruim ou reclamação interna por ter errado o passe.
Times podem “construir” sua própria pressão. Seja com resultados ruins, polêmicas entre os jogadores, decisões da direção ou do treinador… E o Manchester United tem tudo isso.