O Manchester City é inevitável e agora também é campeão do Mundial de Clubes da Fifa. A equipe de Pep Guardiola passou sem dificuldades pelo Fluminense nesta sexta-feira (22), em Jeddah, na Arábia Saudita. O placar final foi de 4 a 0, com gols de Julián Álvarez (2), Phil Foden e Nino (contra).
É claro que o destino sorriu para os Citizens, com o “gol relâmpago” de Julián Álvarez, com menos de um minuto de jogo. Mas fato é que o Manchester City dominou a partida de ponta à ponta e, apesar dos momentos de ânimo do Fluminense, controlou o jogo completamente, assim como fez na semifinal diante do Urawa Reds.
O Flu pratica futebol, mas os Sky Blues estão em outra voltagem – assim como os grandes europeus em relação à América do Sul. O City joga outro esporte, longe da realidade brasileira.
Manchester City domina o jogo de forma natural e sem fazer força
A alta expectativa sobre o confronto entre Pep Guardiola x Fernando Diniz rapidamente deu lugar ao susto pelo domínio imediato dos ingleses. O time abriu o placar e se colocou em uma situação confortável na partida.
O Fluminense se manteve corajoso e não abriu mão de suas características. A equipe tricolor tentou – com sucesso – sua saída de bola baixa pela defesa e até chegou com perigo ao ataque em algumas momentos.
Mas para cada estocada do Flu havia pelo menos dez vezes mais volume de controle do City. A discrepante diferença técnica, tática e, principalmente, física, ficou evidente no primeiro tempo, principalmente a partir dos 25 minutos.
Aos 27, veio mais um balde de água de frio nos brasileiros. Nino tentou cortar passe rasteiro de Foden e jogou contra o próprio patrimônio. Todas as chances do Fluminense terminaram aí.
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O Manchester City manteve o controle das ações da partida. A equipe manteve suas características e foi cansando o Flu com a posse de bola. O time de Diniz até tentava ameaçar, mas mesmo com as mudanças feitas pelo treinador, não teve força para isso.
Mais uma vez, os Citizens jogaram em ritmo de treino no Mundial. O time não acelerou tanto o jogo e, mesmo assim, chegou com perigo ao gol de Fábio, que precisou trabalhar e fazer defesas difíceis.
Mas não teve jeito. Phil Foden teve a boa atuação coroada com gol marcado aos 27 minutos do segundo tempo. Enquanto o Fluminense dava a vida, o Manchester City surfava em campo. E foi em ritmo de surf, pelada de fim de ano, solteiro contra casados, que os ingleses tiveram todo espaço do mundo para ampliarem o placar novamente com Julián Álvarez, na reta final da partida.
Os níveis de intensidade apresentados foram completamente diferentes. Dois esportes distintos. A elite europeia está a léguas de distância do que se pratica no Brasil, a ponto dos modestos Luton Town e Sheffield United terem oferecido mais perigo e resistência ao City do que o melhor time da América do Sul.
Palmas para esse Manchester City 👏 Mesmo com desfalques, a engrenagem de Pep Guardiola prevaleceu e o City não tomou conhecimento do Fluminense na final do Mundial de Clubes! Estamos falando de uma máquina de empilhar taças! pic.twitter.com/UimLayVUYp
— PL Brasil (@plbrasil1) December 22, 2023
Manchester City entra na galeria de ingleses campeões mundiais
Ao todo, a Inglaterra tem cinco títulos mundiais de clubes contando todos os formatos de disputa. O City é o quarto time do país a erguer o troféu.
- 2 títulos (Manchester United – 1999 e 2008)
- 1 título (Liverpool – 2019), (Chelsea – 2021) e Manchester City (2023)
Pep Guardiola e seus comandados, porém, não terão muito tempo para comemorar. O time entra em campo novamente na quarta-feira (27), contra o Everton, às 17h15 (de Brasília), pela Premier League.