Inacreditável! Manchester City é campeão inglês com gols nos acréscimos

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Foi com muito sofrimento e longos 44 anos de espera, mas o torcedor azul de Manchester pode gritar: “O Manchester City é campeão inglês!”.

Contamos como o Manchester City foi campeão inglês

Acostumado a ver o vizinho Manchester United conquistando títulos do campeonato nacional – doze nos últimos vinte anos -, o City finalmente pode comemorar sua primeira conquista desde 1968 ao derrotar de forma dramática o Queens Park Rangers neste domingo, no Etihad Stadium.

Os Citzens abriram o placar, mas sofreram a virada dos Hoops no segundo tempo, o que daria o título de bandeja para os Red Devils, que venceram o Sunderland fora de casa por 1 a 0.

Porém, dois gols já nos acréscimos fizeram a torcida dos Sky Blues entrar em estado de êxtase, selando o terceiro êxito do clube na Premier League após 1936/1937 e 1967/1968. Empatados com 89 pontos, o campeão foi definido no saldo de gols – 64 do Man City contra 56 do United.

Apesar da sofrida derrota, o QPR manteve-se na primeira divisão por conta do empate entre Stoke City e Bolton Wanderers, culminando no rebaixamento do último, que se seguirá o caminho de Blackburn Rovers e Wolverhampton Wanderers rumo a Championship.

A tensão era evidente no semblante dos jogadores da equipe anfitriã antes do apito inicial do árbitro Mike Dean. A responsabilidade e a necessidade de obter um resultado positivo colaboraram para aumentar o nervosismo entre os jogadores, algo que o técnico do time visitante, Mark Hughes, disse que gostaria de se aproveitar para sair vitorioso ou pelo menos com um empate do Etihad Stadium.

E de fato, o Queens Park Rangers soube explorar esse lado psicológico do duelo ao se postar completamente na defesa, com todos os homens atrás da linha da bola e cedendo ao adversário uma incrível posse de bola, que chegou a superar os 80%. Sem uma pressão inicial, o Man City só conseguiu furar o bloqueio a seis minutos do intervalo.

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Yaya Touré, mesmo sentindo uma lesão na coxa, conseguiu dar um passe preciso para Pablo Zabaleta finalizar forte e contar com a falha de Paddy Kenny para inaugurar o marcador. Pouco depois, Touré foi substituído por Nigel De Jong.

A expectativa para a segunda etapa era de um aumento da incisividade dos Citzens em busca de um tento que definiria a partida, algo que ficou muito distante logo aos três minutos. Uma falha terrível de Joleon Lescott proporcionou ao atacante Djibril Cissé uma rara chance que ele não desperdiçou, empatando a peleja.

As esperanças de conquistar o título ainda estavam de pé, e ganharam força após a expulsão de Joey Barton, que deu uma cotovelada em Carlos Tevez e chutou Sergio Aguero antes de deixar o gramado.

Manchester City é campeão, mas no sufoco!

Mas os “deuses do futebol”, aparentemente não satisfeitos com a dose de drama já explícita na partida, proporcionaram uma virada com requintes de crueldade: aos 21, Armand Traoré passou por Vincent Kompany na esquerda  e cruzou na medida para Jamie Mackie cabecear a bola para as redes no segundo pau.

Com um a menos, apenas três finalizações e com cerca de 20% de posse de bola, os Hoops ganhavam por 2 a 1 em pleno Etihad Stadium. O desespero dos jogadores, da comissão técnica e da torcida dos Citzens era total.

O zagueiro Anton Ferdinand afastava o perigo da área do QPR a todo momento. Kenny fez pelo menos quadro grandes defesas nas tentativas de David Silva, Aguero, Edin Dzeko e Mario Balotelli.

Virada nos acréscimos

O que já parecia histórico conseguiu se superar a ponto de ser caracterizado como milagre nos acréscimos. No 19º escanteio da equipe na partida, Dzeko empatou o jogo aos 46. Quatro minutos para o fim da partida e a adrenalina à flor da pele.

Eis que aos 49, Aguero recebeu de Balotelli na direita, passou pela marcação e bateu forte, selando um título de forma histórica em uma partida que todos, sem exceção alguma, jamais vão se esquecer. Enfim, o Manchester City era campeão inglês.

FICHA TÉCNICA:

MANCHESTER CITY: Hart; Zabaleta, Kompany, Lescott, Clichy; Yaya Touré (De Jong 44), Barry (Dzeko 69); Nasri, Tevez (Balotelli 75), Silva; Aguero. Não utilizados: Pantilimon, Richards, Kolarov e Milner. Técnico: Roberto Mancini

QUEENS PARK RANGERS: Kenny; Onuoha, Ferdinand, Hill, Taiwo; Mackie, Barton, Derry, Wright-Phillips; Cissé (Traoré 59) e Zamora (Bothroyd 76). Não utilizados: Cerny, Gabbidon, Buzsaky, Taarabt e DJ Campbell. Técnico: Mark Hughes

ÁRBITRO: Mike Dean / PÚBLICO: 48.000

GOLS

MANCHESTER CITY: Zabaleta 39′, Dzeko 91′ e Aguero 94′ / QUEENS PARK RANGERS: Cissé 48′ e Mackie 66′

CARTÕES AMARELOS – MANCHESTER CITY: Aguero / QUEENS PARK RANGERS: Bothroyd

CARTÃO VERMELHO – QUEENS PARK RANGERS: Barton

POSSE DE BOLA: Manchester City 62% x 38% Queens Park Rangers

TENTATIVAS DE GOL: Manchester City 35 x 3 Queens Park Rangers / NO ALVO: MC 24 x 3 QPR

ESCANTEIOS: Manchester City 19 x 0 Queens Park Rangers / FALTAS: MC 4 x 6 QPR

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Thiago Ienco

Jornalista formado pela Universidade Estadual de Londrina e apaixonado por futebol - especialmente o inglês. Co-administrador do site Premier League Brasil