Gols, títulos, amor à camisa… De diferentes formas, grandes jogadores marcaram seus nomes na história do Nottingham Forest e viraram ídolos. A PL Brasil lista abaixo 10 grandes lendas do Forest.
Os 10 maiores ídolos da história do Nottingham Forest
Viv Anderson
🎂 Happy birthday to #NFFC's double European Cup winning defender Viv Anderson! pic.twitter.com/4v3hu32R6M
— Nottingham Forest (@NFFC) July 29, 2017
Notoriamente, um jogador do Nottingham Forest que não faltaria nesta lista de ídolos seria Viv Anderson. Um atleta negro nascido e criado em Nottingham, que sofria com o racismo nos gramados ingleses, mas, graças ao icônico técnico Brian Clough, pôde mudar este cenário e ser uma imponente voz no futebol inglês com ‘Black Lives Matter’.
Anderson ascendeu aos profissionais do Nottingham Forest com 17 anos, ainda em 1974. À época, o clube ainda estava na Championship e se tornou homem de confiança dentro do clube. Anderson teve um diálogo marcante com o seu treinador, após sair para aquecer e retornar, depois de ver bananas jogadas em sua direção como protesto.
Em 1978, Nottingham viu o time ser campeão da Premier League, com Viv Anderson sendo destaque da equipe do Forest na campanha, e se consolidando na história do clube. Ainda pôs no currículo duas Champions League, um bicampeonato da Copa da Liga, além de uma Supercopa da Uefa, e um grito de campeão da Supercopa da Inglaterra. O lateral foi o primeiro negro a atuar pela Three Lions.
Martin O’Neill
👏 Happy birthday to #NFFC legend and European Cup winner Martin O'Neill.#ThatLovingFeeling pic.twitter.com/1BPkB2apQO
— Nottingham Forest (@NFFC) March 1, 2018
Outro que merece e muito ser lembrado como ídolo do Nottingham Forest é Martin O’Neill. O irlandês ficou dez anos jogando na equipe inglesa e conquistou os títulos mais marcantes da história da instituição. .
Entretanto, nos anos de glória de O’Neill pelo Nottingham Forest, o papo no vestiário era somente sobre primeiras colocações e quais torneios disputariam e teriam possibilidades de gritar ‘É campeão’ em muitas delas. A chegada do meia ao Forest, em 1971, se deu por um olheiro da equipe que foi assistir o atleta jogar contra o Barcelona, pela Champions League.
Martin O’Neill pode se orgulhar que fez parte da reconstrução do Nottingham Forest, já que estreou anotando um gol, contra o West Bromwich, na vitória por goleada de 4 a 1, mas que foi pouco para impedir um queda de divisão. Seguiu no clube e participou da era de ouro estando em campo nos jogos que trouxeram taças.
Peter Shilton
🎂 Happy birthday, @Peter_Shilton 🙌#NFFC pic.twitter.com/3v4sxNULwR
— Nottingham Forest (@NFFC) September 18, 2018
Outro atleta que merece lembrança como um dos grandes ídolos do Nottingham Forest, sem sombra de dúvidas, é o arqueiro Peter Shilton. A lenda inglesa é o jogador que mais atuou pelo Three Lions com 125 jogos. “É um goleiro que ganha jogos”, foi dito pelo então auxiliar técnico da equipe, Peter Taylor.
O “paredão” foi um dos pilares para o time buscar um novo mundo com a chegada de Clough. Shilton foi selecionado entre os 10 principais goleiros do século XX, pela IFFHS (Federação Internacional de História e Estatísticas do Futebol). A estreia do seguro camisa 1 foi diante do Aston Villa, e não foi vazado na vitória por 2 a 0.
Bob McKinlay
👏 Club-record appearance holder
🏆 FA Cup winner#OnThisDay we remember Bob McKinlay, who would have turned 86 today. #NFFC pic.twitter.com/XTjsswosZT— Nottingham Forest (@NFFC) October 10, 2018
Nem sempre o ídolo de um clube se dá por títulos. Esse é o caso do defensor histórico Robert McKinlay, do Nottingham Forest, de 1951 até encerrar sua carreira. O escocês viveu seu melhor momento no clube, a partir da temporada 1954/1955, ao se tornar titular absoluto na defesa do Forest, que disputava a Championship, e que conseguiria subir em 1956/1957, com um vice-campeonato.
Foram 14 temporadas seguidas em que o xerife Bob McKinlay esteve na parte central da defesa do Nottingham Forest. O atleta sempre relembrou que o pico da sua carreira foram duas coisas: acesso e o título em Wembley, da Copa da Inglaterra (1958/1959), diante do Luton Town, por 2 a 1.
McKinlay fez 265 partidas consecutivas na liga, o que lhe rendeu uma estátua pela Football League. O ex-zagueiro morreu em agosto de 2002, mas ficou marcado como um dos maiores ídolos do Nottingham Forest.
Grenville Morris
Como na discussão acima, a taça não representa tudo. E o papo a seguir será do maior artilheiro de todos os tempos da Nottingham Forest: Grenville Morris, com 217 gols.
A estreia foi contra o Bury. Em suas 15 temporadas pela equipe, o galês, também se tornou capitão e um pesadelo para a defesa adversária pela potência e classe, com a perna esquerda. Um hat-trick marcante de Morris foi contra o Sunderland, pela Copa da Inglaterra, de 1899/1900, por 3 a 0.
Porém, mesmo rebaixado com o Nottingham Forest, Grenville Morris não se abateu e nem saiu da equipe. Fez melhor. Foi artilheiro e melhor jogador da 2ª divisão inglesa, da temporada 1906/1907, e por consequência ainda levantou a taça de campeão do torneio. O atacante acabará a morrer em 1959, antes de ver as glórias conquistadas pelo time.
Stuart Pearce
Um ídolo marcado por sua garra e liderança dentro de campo. Assim pode ser referido Stuart Pearce, de carreira extensa na nova era do Nottingham Forest, a partir de 1980. O lateral e zagueiro, canhoto, fez época no time e no Three Lions, assim como Viv Anderson. Sua passagem no City Ground computou grandes performances onde ficou até 1997.
Pearce logo assumiu a titularidade pela sua característica e também agregou ao seu manto vermelho a capitania da equipe do Forest. Foram 401 jogos que lhe permitiram ter um bicampeonato da Copa da Liga, nas temporadas 1988/1989 e 1989/1990, além de duas taças da extinta Members Cup.
Em seus 63 gols marcados, o mais marcante foi contra o Tottenham, na final da Copa da Inglaterra, de 1991, em Wembley, mas que o gosto no fim foi amargo, já que os Spurs viraram o placar. Nada que pudesse abalar a idolatria de Stuart Pearce diante dos torcedores do Nottingham Forest.
Kenny Burns
🎂 Happy birthday to double European Cup winner Kenny Burns! #NFFC pic.twitter.com/0utgCDXAzX
— Nottingham Forest (@NFFC) September 23, 2017
O escocês Kenny Burns fora revelado no Rangers, da Escócia, e ficou sete anos no Birmingham City, mas teve seu talento reconhecido com a camisa do Forest. Isto porque foram “apenas” quatro temporadas no City Ground, porém as maiores de sua carreira.
Burns foi eleito o melhor jogador da temporada na Inglaterra, além de ter conquistado o inédito título inglês para os Reds. Ele também levantou a taça de campeão da Copa da Liga, na mesma temporada, pelo Forest, no triunfo contra o Liverpool por 1 a 0.
Além disso, fez parte do time campeão da Supercopa da Inglaterra, da Supercopa Europeia e bicampeão da da Champions League.
Trevor Francis
Many happy returns today to former @NFFC forward Trevor Francis.
Often remembered as Britain's first £1 million player, but also a two-time European Cup winner and a ruddy good player to boot. 🏆https://t.co/w59uSIetVk pic.twitter.com/KLFMhkvSDV
— Nat. Football Museum (@FootballMuseum) April 19, 2020
O homem de um milhão de libras. Há 40 anos, assim ficou conhecido Trevor Francis, em sua chegada ao Nottingham Forest. A transferência causou um burburinho na Inglaterra. Porém, o icônico atacante valeu cada libra logo no primeiro ano, pois da sua cabeça saiu o gol do título europeu contra o Malmo, da Suécia.
À época, Trevor Francis declarou: “O fato de que ele (treinador) estava preparado para pagar um milhão de libras por mim, tenho certeza de que teve uma grande responsabilidade por todo o interesse”. O primeiro gol com a camisa do Nottingham Forest foi contra o Bolton, no empate por 1 a 1.
“Fui eleito o melhor em campo, marquei o gol importante. Sempre serei lembrado por ter sido o primeiro jogador de 1 milhão de libras, mas também por ter ser o homem que jogou o primeiro jogo num campeonato europeu e marcou o gol do título”, declarou Francis.
As lesões impediram de dar mais alegrias aos torcedores.
John Robertson
John Robertson has a special message for you 👇
Hello all! As you can imagine I’m not one for the internet but I’ve been told about all your wonderful messages. I can’t thank you enough. I love this club and its fans. I’m right behind us getting back to where we belong. #NFFC pic.twitter.com/6LoSSPSvGA
— Nottingham Forest (@NFFC) January 20, 2019
A chegada de John Robertson, outro escocês ao elenco, completava a trinca da Escócia, como Kenny Burns e o meia Archie Gemmill, que acabara saindo do clube desapontado pela perda de prestígio no Nottingham Forest. Há de se lembrar que a linhagem escocesa era tradicional no clube, pois Bob McKinlay é o atleta que mais atuou representando as cores vermelho e branco.
Mas o legado de John Robertson é necessário ser lembrado não só pelo icônico gol, dentro do Santiago Bernabéu, contra o Hamburgo de Kevin Keegan, grande referência inglesa naquele momento, mas também pela criação da jogada e assistência para o gol de Trevor Francis contra os suecos.
O meia, nascido na Escócia, venceu duas pesquisas como o maior jogador de todos os tempos com a camisa do Nottingham Forest, com 287 jogos, 52 gols e 39 assistências. Um ídolo nato que, apesar de um acidente que levou a óbito seu irmão e cunhada, às vésperas do cotejo contra o Colônia, ele foi a campo por decisão própria e ajudou no empate por 3 a 3, no qual anotou um gol de cabeça.
John McGovern
Happy birthday to #NFFC legend John McGovern. pic.twitter.com/gdPfjGIWsH
— Nottingham Forest (@NFFC) October 28, 2013
Para títulos grandiosos, uma equipe como o Nottingham Forest precisava de um grande capitão. E esse foi o serviço prestado por John McGovern nas taças conquistadas, com a tutela da faixa com a escritura ‘C’ no braço do uniforme vermelho nas noites que mudaram o patamar da equipe.
O meia John McGovern também fez jus à tradição da Escócia com o Forest nas 253 partidas em que atuou. A primeira taça que ganhou na equipe de City Ground foi a amistosa Copa Anglo-Escocesa, contra o Leyton Orient, por 4 a 0.
A história de John McGovern é tão incrível no Nottingham Forest que virou livro. A obra se baseia desde sua chegada até a conquista da primeira Champions League da equipe, na Espanha, em uma final que poucos acreditavam que aconteceria, em meio a potências italianas, alemães ou mesmo inglesa, que não fosse o Forest.
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