Nottingham Forest: os 10 maiores ídolos da história

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Gols, títulos, amor à camisa… De diferentes formas, grandes jogadores marcaram seus nomes na história do Nottingham Forest e viraram ídolos. A PL Brasil lista abaixo 10 grandes lendas do Forest.

Os 10 maiores ídolos da história do Nottingham Forest

Viv Anderson

Notoriamente, um jogador do Nottingham Forest que não faltaria nesta lista de ídolos seria Viv Anderson. Um atleta negro nascido e criado em Nottingham, que sofria com o racismo nos gramados ingleses, mas, graças ao icônico técnico Brian Clough, pôde mudar este cenário e ser uma imponente voz no futebol inglês com ‘Black Lives Matter’.

Anderson ascendeu aos profissionais do Nottingham Forest com 17 anos, ainda em 1974. À época, o clube ainda estava na Championship e se tornou homem de confiança dentro do clube. Anderson teve um diálogo marcante com o seu treinador, após sair para aquecer e retornar, depois de ver bananas jogadas em sua direção como protesto.

Em 1978, Nottingham viu o time ser campeão da Premier League, com Viv Anderson sendo destaque da equipe do Forest na campanha, e se consolidando na história do clube. Ainda pôs no currículo duas Champions League, um bicampeonato da Copa da Liga, além de uma Supercopa da Uefa, e um grito de campeão da Supercopa da Inglaterra. O lateral foi o primeiro negro a atuar pela Three Lions.

Martin O’Neill

Outro que merece e muito ser lembrado como ídolo do Nottingham Forest é Martin O’Neill. O irlandês ficou dez anos jogando na equipe inglesa e conquistou os títulos mais marcantes da história da instituição. .

Entretanto, nos anos de glória de O’Neill pelo Nottingham Forest, o papo no vestiário era somente sobre primeiras colocações e quais torneios disputariam e teriam possibilidades de gritar ‘É campeão’ em muitas delas. A chegada do meia ao Forest, em 1971, se deu por um olheiro da equipe que foi assistir o atleta jogar contra o Barcelona, pela Champions League.

Martin O’Neill pode se orgulhar que fez parte da reconstrução do Nottingham Forest, já que estreou anotando um gol, contra o West Bromwich, na vitória por goleada de 4 a 1, mas que foi pouco para impedir um queda de divisão. Seguiu no clube e participou da era de ouro estando em campo nos jogos que trouxeram taças.

Peter Shilton

Outro atleta que merece lembrança como um dos grandes ídolos do Nottingham Forest, sem sombra de dúvidas, é o arqueiro Peter Shilton. A lenda inglesa é o  jogador que mais atuou pelo Three Lions com 125 jogos. “É um goleiro que ganha jogos”,  foi dito pelo então auxiliar técnico da equipe, Peter Taylor.

O “paredão” foi um dos pilares para o time buscar um novo mundo com a chegada de Clough. Shilton foi selecionado entre os 10 principais goleiros do século XX, pela IFFHS (Federação Internacional de História e Estatísticas do Futebol). A estreia do seguro camisa 1 foi diante do Aston Villa, e não foi vazado na vitória por 2 a 0.

Bob McKinlay

Nem sempre o ídolo de um clube se dá por títulos. Esse é o caso do defensor histórico Robert McKinlay, do Nottingham Forest, de 1951 até encerrar sua carreira. O escocês viveu seu melhor momento no clube, a partir da temporada 1954/1955, ao se tornar titular absoluto na defesa do Forest, que disputava a Championship, e que conseguiria subir em 1956/1957, com um vice-campeonato.

Foram 14 temporadas seguidas em que o xerife Bob McKinlay esteve na parte central da defesa do Nottingham Forest. O atleta sempre relembrou que o pico da sua carreira foram duas coisas: acesso e o título em Wembley, da Copa da Inglaterra (1958/1959), diante do Luton Town, por 2 a 1.

McKinlay fez 265 partidas consecutivas na liga, o que lhe rendeu uma estátua pela Football League.  O ex-zagueiro morreu em agosto de 2002, mas ficou marcado como um dos maiores ídolos do Nottingham Forest.

Grenville Morris

Como na discussão acima, a taça não representa tudo. E o papo a seguir será do maior artilheiro de todos os tempos da Nottingham Forest: Grenville Morris, com 217 gols.

A estreia foi contra o Bury. Em suas 15 temporadas pela equipe, o galês, também se tornou capitão e um pesadelo para a defesa adversária pela potência e classe, com a perna esquerda. Um hat-trick marcante de Morris foi contra o Sunderland, pela Copa da Inglaterra, de 1899/1900, por 3 a 0.

Porém, mesmo rebaixado com o Nottingham Forest, Grenville Morris não se abateu e nem saiu da equipe. Fez melhor. Foi artilheiro e melhor jogador da 2ª divisão inglesa, da temporada 1906/1907, e por consequência ainda levantou a taça de campeão do torneio. O atacante acabará a morrer em 1959, antes de ver as glórias conquistadas pelo time.

Stuart Pearce

Um ídolo marcado por sua garra e liderança dentro de campo. Assim pode ser referido Stuart Pearce, de carreira extensa na nova era do Nottingham Forest, a partir de 1980. O lateral e zagueiro, canhoto, fez época no time e no Three Lions, assim como Viv Anderson. Sua passagem no City Ground computou grandes performances onde ficou até 1997.

Pearce logo assumiu a titularidade pela sua característica e também agregou ao seu manto vermelho a capitania da equipe do Forest. Foram 401 jogos que lhe permitiram ter um bicampeonato da Copa da Liga, nas temporadas 1988/1989 e 1989/1990, além de duas taças da extinta Members Cup.

Em seus 63 gols marcados, o mais marcante foi contra o Tottenham, na final da Copa da Inglaterra, de 1991, em Wembley, mas que o gosto no fim foi amargo, já que os Spurs viraram o placar. Nada que pudesse abalar a idolatria de Stuart Pearce diante dos torcedores do Nottingham Forest.

Kenny Burns

O escocês Kenny Burns fora revelado no Rangers, da Escócia, e ficou sete anos no Birmingham City, mas teve seu talento reconhecido com a camisa do Forest. Isto porque foram “apenas” quatro temporadas no City Ground, porém as maiores de sua carreira.

Burns foi eleito o melhor jogador da temporada na Inglaterra, além de ter conquistado o inédito título inglês para os Reds. Ele também levantou a taça de campeão da Copa da Liga, na mesma temporada, pelo Forest, no triunfo contra o Liverpool por 1 a 0.

Além disso, fez parte do time campeão da Supercopa da Inglaterra, da Supercopa Europeia e bicampeão da da Champions League.

Trevor Francis

O homem de um milhão de libras. Há 40 anos, assim ficou conhecido Trevor Francis, em sua chegada ao Nottingham Forest. A transferência causou um burburinho na Inglaterra. Porém, o icônico atacante valeu cada libra logo no primeiro ano, pois da sua cabeça saiu o gol do título europeu contra o Malmo, da Suécia.

À época, Trevor Francis declarou: “O fato de que ele (treinador) estava preparado para pagar um milhão de libras por mim, tenho certeza de que teve uma grande responsabilidade por todo o interesse”. O primeiro gol com a camisa do Nottingham Forest foi contra o Bolton, no empate por 1 a 1.

“Fui eleito o melhor em campo, marquei o gol importante. Sempre serei lembrado por ter sido o primeiro jogador de 1 milhão de libras, mas também por ter ser o homem que jogou o primeiro jogo num campeonato europeu e marcou o gol do título”, declarou Francis.

As lesões impediram de dar mais alegrias aos torcedores.

John Robertson

A chegada de John Robertson, outro escocês ao elenco, completava a trinca da Escócia, como Kenny Burns e o meia Archie Gemmill, que acabara saindo do clube desapontado pela perda de prestígio no Nottingham Forest. Há de se lembrar que a linhagem escocesa era tradicional no clube, pois Bob McKinlay é o atleta que mais atuou representando as cores vermelho e branco.

Mas o legado de John Robertson é necessário ser lembrado não só pelo icônico gol, dentro do Santiago Bernabéu, contra o Hamburgo de Kevin Keegan, grande referência inglesa naquele momento, mas também pela criação da jogada e assistência para o gol de Trevor Francis contra os suecos.

O meia, nascido na Escócia, venceu duas pesquisas como o maior jogador de todos os tempos com a camisa do Nottingham Forest, com 287 jogos, 52 gols e 39 assistências. Um ídolo nato que, apesar de um acidente que levou a óbito seu irmão e cunhada, às vésperas do cotejo contra o Colônia, ele foi a campo por decisão própria e ajudou no empate por 3 a 3, no qual anotou um gol de cabeça.

John McGovern

Para títulos grandiosos, uma equipe como o Nottingham Forest precisava de um grande capitão. E esse foi o serviço prestado por John McGovern nas taças conquistadas, com a tutela da faixa com a escritura ‘C’ no braço do uniforme vermelho nas noites que mudaram o patamar da equipe.

O meia John McGovern também fez jus à tradição da Escócia com o Forest nas 253 partidas em que atuou. A primeira taça que ganhou na equipe de City Ground foi a amistosa Copa Anglo-Escocesa, contra o Leyton Orient, por 4 a 0.

A história de John McGovern é tão incrível no Nottingham Forest que virou livro. A obra se baseia desde sua chegada até a conquista da primeira Champions League da equipe, na Espanha, em uma final que poucos acreditavam que aconteceria, em meio a potências italianas, alemães ou mesmo inglesa, que não fosse o Forest.

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Alysson Rodrigues
Alysson Rodrigues

Jornalista fanático por esportes e Premier League. Busco observar sempre além do campo. Não é só quem está com a bola que importa.