Premier League: os 10 maiores jogadores espanhóis

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A Premier League conta com diversas nacionalidades em campo ao longo de suas temporadas: alemães, espanhóis, italianos, etc. Muitos outros povos escreveram e continuam escrevendo suas histórias no Campeonato Inglês.

Diante disso, a PL Brasil listou dez jogadores oriundos da terra da ‘paella’ que marcaram seus nomes no futebol inglês.

Os 10 maiores espanhóis da era Premier League

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David de Gea

Mesmo só tendo 28 anos, o arqueiro do Manchester United é um dos maiores espanhóis da Liga. Depois de sua passagem pelo Atlético de Madrid, clube onde foi revelado, De Gea transferiu-se para os Red Devils, a pedido do treinador Alex Ferguson, em 2011, para substituir o ídolo do clube Edwin van der Sar.

Recentemente, em fevereiro de 2019, diante do Liverpool, no Old Trafford, o espanhol marcou seu nome na história da Premier League. De Gea tornou-se o 15º goleiro a alcançar a marca de 100 partidas sem tomar gol no torneio, com quase 300 disputadas.

No clube de Manchester, ele conquistou Campeonato Inglês, Copa da Inglaterra, Supercopa da Inglaterra (3), Copa da Liga Inglesa e Liga Europa.

Pepe Reina

Ainda debaixo das traves, mas agora do lado de Liverpool, é fundamental colocar Pepe Reina na lista. Após passar por Barcelona e Villarreal, o espanhol foi até a cidade dos Beatles fardar vermelho, em 2005, logo após a conquista do título europeu dos Reds. 

Em virtude de uma lesão do até então arqueiro titular Jerzy Dudek, Reina agarrou a oportunidade e conseguiu garantir seu espaço entre os 11 iniciais. O recém-chegado estava em uma fase tão boa que, no final do ano de 2005, ficou 11 partidas sem tomar gols, estabelecendo um novo recorde na equipe.

O espanhol atuou em 394 partidas na equipe da Terra da Rainha, sendo considerado por muitos como um dos maiores goleiros da Premier League. Além disso, conquistou Supercopa da Uefa, Copa da Inglaterra, Supercopa da Inglaterra e Copa da Liga Inglesa.

Mikel Arteta

Antes de chegar na Inglaterra, Arteta rodou por alguns países. Depois de passar por Barcelona, Paris Saint-Germain e Rangers, o volante finalmente chegou ao futebol inglês, transferindo-se para o Everton.

Nos Toffees, a princípio, o espanhol havia chegado por empréstimo, mas, após boas atuações, foi adquirido em definitivo. Ficou no clube de 2005 até 2011, atuando em 209 jogos e marcando 35 gols, sendo vários desses em cobranças de falta e pênalti. Mesmo com uma boa média de gols para um volante, não conseguiu levantar nenhuma taça pela equipe azul.

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Em 2011, no último dia da janela de transferências da Europa, Arteta mudou-se de Liverpool para Londres, acertando sua ida ao Arsenal. No clube vermelho, seu sucesso foi imediato, assim como no Everton.

Em sua primeira temporada na nova cidade, atuou em 29 das 38 partidas da Premier League, sendo um dos homens de confiança de Arsène Wenger. Por lá, ficou de 2011 até 2016, quando se aposentou, após ter ganho Copa da Inglaterra (2) e Supercopa da Inglaterra (2).

No Campeonato Inglês, o espanhol atuou em 284 partidas, somando seus dois clubes, anotando 41 tentos e servindo seus companheiros 42 vezes. Dessas 284 aparições, foram impressionantes 144 vitórias, 70 empates e 70 derrotas.

Mesmo aposentado, Arteta continua escrevendo seu nome no futebol inglês. O ex-volante, desde 2016, integra a comissão técnica de Pep Guardiola no Manchester City e permanece levantando troféus, só que agora fora de campo.

Cesc Fàbregas

Apesar de ser espanhol, Fàbregas estreou na categoria profissional no futebol inglês. Depois de passar na base por Mataró e Barcelona, o meia transferiu-se para o Arsenal, em setembro de 2003. Contudo, sem saber falar inglês e tendo que disputar posição com Gilberto Silva, Patrick Viera e Edu Gaspar, não foi fácil conseguir a titularidade.

Depois de muito esforço, no dia 23 de outubro de 2003, o meio-campista fez sua estreia pela equipe londrina, contra o Rotherham United, pela Copa da Liga Inglesa, tornando-se o atleta mais jovem a atuar pelos profissionais do Arsenal, com 16 anos e 117 dias.

Vale ressaltar também que, na mesma temporada, o time havia levantado a taça da Premier League de maneira invicta, mas o espanhol não atuou e, portanto, não recebeu a medalha de campeão.

Na temporada 2004–05, tendo em vista uma lesão de Vieira, Cesc conseguiu emplacar uma sequência de partidas como titular. Após sua estreia na Liga, quebrou mais um recorde no clube: foi o jogador mais jovem do Arsenal a marcar um gol na Premier League.

Posteriormente, Gilberto Silva e Edu Gaspar lesionaram-se, para a sorte de Fàbregas, que obteve a chance de jogar a Liga dos Campeões, tornando-se o segundo jogador mais jovem a marcar um gol no torneio europeu. 

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Na temporada seguinte, após as saídas de Vieira para a Juventus, e Edu Gaspar para o Valencia, todas as fichas de Wenger foram apostadas em Fàbregas, que, ao lado de Gilberto Silva, levou a equipe ao segundo lugar da Liga dos Campeões 2005–06.

Depois de algumas lesões e boas atuações nas temporadas posteriores, conquistando uma Copa da Inglaterra e uma Copa da Liga Inglesa, Cesc foi vendido ao Barcelona. O meia ficou na Catalunha de 2011 até 2014, quando acertou seu retorno ao solo inglês, só que dessa vez ao Chelsea, por 33 milhões de euros.

Logo em setembro de 2014, Fàbregas quebrou mais um recorde em sua carreira. O Chelsea bateu o Swansea por 4 a 2, e o espanhol deu duas assistências, tornando-se o primeiro jogador na história da Premier League a dar pelo menos uma assistência em seis jogos consecutivos; quatro pelo Chelsea e dois pelo Arsenal, na temporada 2010–11.

Nessa mesma temporada, o Chelsea sagrou-se campeão da Premier League, com Cesc sendo o líder de assistências do torneio, somando 18 em 34 partidas. Na temporada 2016–17, os Blues levantaram novamente a taça da Liga, com Fàbregas sendo, mais uma vez, um dos destaques do time, servindo seus companheiros para marcarem gols 12 vezes.

No dia 25 de fevereiro de 2017, o espanhol bateu mais dois recordes, fazendo seu jogo de número 300 na Premier League e anotando sua assistência de número 102, igualando Frank Lampard como o segundo maior garçom de toda a história do campeonato

O ciclo do meia no futebol inglês, que contou com mais de 500 partidas, teve seu fim no começo deste ano.

César Azpilicueta

Depois de estrear pela equipe profissional do Osasuna, em 2007, Azpilicueta conseguiu fazer grandes atuações e, após três temporadas no clube espanhol, o lateral chamou a atenção do Olympique de Marseille, que o contratou por sete milhões de euros.

O espanhol passou duas temporadas na França, até ser comprado pelo Chelsea, por sete milhões de Libras. Em Londres, ele já foi comandado por diversos técnicos, sendo escalado para atuar como lateral-direito, lateral-esquerdo e zagueiro.

Pelos Blues, Azpilicueta conquistou, até o momento, Premier League (2), Copa da Liga Inglesa, Liga Europa e Copa da Inglaterra.

Xabi Alonso

Xabi, que possui origem basca, começou sua carreira profissional na Real Sociedad, sendo emprestado, por um ano, na temporada 2000–01, ao Eibar. Ao retornar do empréstimo, o volante foi titular absoluto durante três temporadas, chegando a levar sua equipe ao vice-campeonato da La Liga 2002–03.

Após ser destaque na Espanha, Alonso foi contratado pelo Liverpool, em 2004, dirigido na época pelo também espanhol Rafa Benítez. Seu sucesso foi estrondoso no território inglês, conquistando a Liga dos Campeões logo em sua temporada de estreia, no famigerado ‘Milagre de Istambul’.

No mesmo ano de 2005, Xabi também levantou a Supercopa da Uefa. O volante também conquistou a Copa da Inglaterra de 2005–06 e, em 2006, a Supercopa da Inglaterra.

Diego Costa

Diego, originalmente brasileiro, começou sua carreira como profissional no Braga, de Portugal e, logo em seu primeiro ano na equipe de cima, foi emprestado ao Penafiel. Após o período de empréstimo ter terminado, o atacante foi comprado pelo Atlético de Madrid, em 2007.

Ainda jovem, Diego foi emprestado pelos espanhóis para diversos clubes durante seis anos. Ele passou novamente pelo Braga e, nos anos seguintes, jogou na Espanha por Celta de Vigo, Albacete, Valladolid e Rayo Vallecano.

Após adquirir experiência, Diego retornou ao Atlético, em 2012, e tornou-se uma das referências da equipe, conquistando diversas taças. O atacante estava tão à vontade em terras espanholas que, no ano seguinte, naturalizou-se espanhol para defender as cores da Fúria.

O sucesso do centroavante na La Liga foi tão grande que o rendeu uma transferência ao Chelsea, em 2014, por 32 milhões de libras. Assim como estava acontecendo na Espanha, Diego também fez muito sucesso na Premier League. O espanhol estreou na liga em agosto e já ganhou o prêmio mensal de melhor jogador.

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Um mês depois, o camisa 19 começou a escrever seu nome em solo inglês. No dia 13 de setembro ele marcou seu primeiro hat-trick com a camisa azul, em um triunfo por 4 a 2 sobre o Swansea City, tornando-se o único jogador a marcar sete gols nas quatro primeiras rodadas do Campeonato Inglês.

Em 2017, Diego conquistava mais uma marca de expressão no clube. Após ter anotado um tento diante do Middlesbrough, ele alcançou a marca de 20 gols na temporada 2016–17, sendo o terceiro jogador do Chelsea, atrás de Hasselbaink e Drogba, a marcar no mínimo 20 gols em duas temporadas diferentes de Premier League.

Sua passagem nos Blues teve seu fim em uma relação conturbada com Antonio Conte em 2017. Ao longo dela, além dos prêmios e recordes individuais, o atacante conquistou duas vezes a Premier League, e uma vez a Copa da Liga Inglesa.

Juan Mata

Mata deu seus primeiros passos no futebol profissional no Real Madrid B, em 2006, onde ficou durante um ano, até mudar-se para o Valencia. O meia jogou quatro temporadas no novo clube e, em agosto de 2011, foi comprado pelo Chelsea, por 23,5 milhões de libras.

De 2011 até 2014 nos Blues, o espanhol atuava em alto nível em diversos jogos, sendo eleito jogador do ano no clube em 2013. Porém, na temporada 2013/14, ele perdeu espaço na equipe com José Mourinho e preferiu transferir-se para o Manchester United, clube onde, curiosamente, o treinador português acabou indo posteriormente e encontrando Mata.

No clube de Londres, o meia conquistou uma Champions League, uma Europa League e uma Copa da Inglaterra.

Contratado por 37,1 milhões de libras (contratação mais cara do clube até então), Mata chegou ao United e teve muitas participações importantes, conquistando o coração de vários torcedores rapidamente.

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O meia marcou o gol de empate na final da Copa da Inglaterra 15/16, que levou o jogo para a prorrogação. A partida terminou 2 a 1 para os Red Devils sobre o Crystal Palace.

Mata também anotou o único gol da vitória do United sobre o City, no Manchester Derby das oitavas da Copa da Liga 16/17, que foi vencida por sua equipe posteriormente.

Além disso, é importante comentar sobre o jogo mais importante do espanhol na Premier League até o momento: o triunfo em Anfield. Na temporada 14/15, Mata calou o estádio do Liverpool após marcar dois gols, sendo um deles um lindo voleio e saiu como protagonista daquela tarde. 

Pelo lado vermelho de Manchester, o espanhol venceu, até agora, uma Liga Europa, uma Copa da Inglaterra, uma Copa da Liga Inglesa e uma Supercopa da Inglaterra. Somente ele e Fernando Torres possuem os títulos da Copa do Mundo, Eurocopa, Liga dos Campeões e Liga Europa no currículo.

David Silva

Na lista dos maiores espanhóis da era Premier League não poderia faltar David Silva. Ele chegou ao Valencia com 13 anos, estreando no profissional com 18, em 2004. Todavia, por ser um jovem jogador, foi emprestado por duas temporadas: passou por Eibar e Celta de Vigo, sendo destaque em ambos os times.

Após esse período de rodagem pela Espanha, o meia finalmente recebeu oportunidades pelo Valencia, na temporada 2006–07, e acabou sendo um dos destaques da equipe, com grandes atuações e conquistas de títulos. Foi então que, em 2010, o craque espanhol foi foi contratado pelo City, por 28,7 milhões de euros.

Logo quando chegou, na temporada 2010–11, o meia já começou a destacar-se no cenário inglês ganhando a Copa da Inglaterra, comandando o time junto de Tévez e Yaya Touré, e classificando-o para a Liga dos Campeões.

O sucesso de David foi tão grande que o mesmo virou rapidamente o xodó da torcida, ganhando três prêmios em sequência como melhor jogador dos meses de outubro, novembro e dezembro do Manchester City no ano de 2010.

Nesses quase 10 anos de City, além do título citado acima, Silva ganhou três Campeonatos Ingleses, uma Supercopa da Inglaterra e quatro Copas da Liga Inglesa. É válido ressaltar também a participação do espanhol no título da Copa da Liga Inglesa de 2018, quando os Citizens venceram o Arsenal por 3 a 0, sendo um dos gols marcados por Silva.

Fernando Torres

Fernando ‘El Niño’ Torres fez sua estreia como profissional no Atlético de Madrid aos 17 anos, em 2001. No entanto, o atacante demorou a fazer sucesso, tendo um real destaque em sua terceira temporada no time de cima.

Depois de seis temporadas no clube espanhol e alguns títulos, foi anunciado no Liverpool por 36 milhões de euros, contratação mais cara da história do clube inglês na época.

Torres mal havia chegado na Inglaterra e já marcava seu nome na história do Campeonato Inglês. Em sua primeira temporada pelos Reds, o atacante foi o artilheiro da equipe com 24 gols marcados, sendo o jogador estrangeiro com mais gols marcados em sua temporada de estreia na Premier League, superando van Nistelrooy.

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Contudo, a passagem do espanhol pelo Liverpool não foi tão longeva quanto poderia ter sido. Em 2011, após 142 jogos e 81 tentos anotados, sendo 65 deles na Premier League, teve problemas com a diretoria do clube e pediu transferência.

Então, depois do pedido do atacante, ele foi vendido ao Chelsea por 58 milhões de euros, no último dia da janela de transferências de inverno, tornando-se a maior contratação da história do Reino Unido e a sexta maior de toda a história do futebol.

Torres não teve um começo tão avassalador no clube londrino, mas conseguiu ajudar a equipe com atuações de destaque. Em 24 de abril de 2012, fez um de seus gols mais marcantes.

Estufou o fundo das redes com o tento que classificou o Chelsea no empate por 2 a 2 diante do Barcelona, no Camp Nou, pela semifinal da Liga dos Campeões. Nessa temporada, o atacante venceu a Copa da Inglaterra e essa mesma Liga dos Campeões.

Já na temporada 2012–13, depois da saída do icônico Didier Drogba, Torres herdou a titularidade, horando a lacuna deixada pelo marfinense e tendo um ótimo início de temporada.

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Porém, foi nomeado por diversos veículos de imprensa como o grande responsável pela derrota dos Blues para o Corinthians na final desse mesmo Mundial, em dezembro de 2012, por ter desperdiçado oportunidades valiosas.

O atacante também fez gols importantes durante a fase de grupos da Liga dos Campeões, mas não conseguiu salvar o clube da eliminação no torneio. Com a desclassificação, o Chelsea disputou a Liga Europa.

Porém, apesar de estar sendo muito contestado, Torres redimiu-se com a torcida comandando a equipe ao título inédito do torneio internacional.

Nas quartas de final, diante do Rubin Kazan, da Rússia, marcou dois gols na vitória por 3 a 1 no jogo de ida, no Stamford Bridge e, na volta anotou um dos gols na derrota por 3 a 2.

Na semifinal, Torres anotou o tento na vitória por 3 a 1 sobre o Basel, no Stamford Bridge, mas não deixou sua marca no 2 a 1 fora de casa.

Na final, contra o Benfica, o espanhol fez o primeiro no triunfo por 2 a 1, levando a taça para Londres. Em 2014, seu ciclo no clube teve fim, e o atacante transferiu-se para o Milan.

Também é de suma importância ressaltar novamente que, com esse título, Torres e Juan Mata são os únicos atletas no mundo a terem conquistado a Copa do Mundo, Eurocopa, Liga dos Campeões e Liga Europa na bagagem. É um dos principais espanhóis da era Premier League.

Francesco Chianelli
Francesco Chianelli

Eu sou apenas um rapaz latino-americano, sem dinheiro no banco e admirador do futebol inglês