Loftus-Cheek, o seguidor dos irmãos

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Vamos dar continuidade a nossa série especial de matérias sobre os convocados da Inglaterra para a Copa do Mundo! Vem com a gente que o papo de hoje é sobre Loftus-Cheek!

Quem é Ruben Loftus-Cheek?

Nascido no dia 23 de janeiro de 1996, Ruben Ira Loftus-Cheek seguiu os passos dos meios-irmãos, Carl e Leon Cort na escolha de profissão que ambos tiveram sucesso – inclusive na Premier League.

Ruben Loftus-Cheek cresceu vendo os outros filhos de seu pai, guianense, antes de relacionar-se com a mãe do meia, jogarem em time de pequeno e médio porte da Inglaterra. Além desses dois, ele ainda tem outro meio-irmão, este o mais velho, mas que não teve tanto sucesso quanto os outros filhos da família.

O segundo mais velho, Carl, de 40 anos, teve uma carreira de mais sucesso que o do meio. Depois que começou no MK Dons, passou por 10 clubes, incluindo Newcastle, Wolverhampton, Leicester City e Norwich City, até terminar em um time dos Estados Unidos.

Já Leon, de 38 anos, teve uma rodagem maior que os irmãos, mas sem causar grande impacto em nenhum clube. Passou por Stoke City, Crystal Palace, Hull City e Burnley.

Mas, é aquela coisa: três raios não caem no mesmo lugar, né? No futebol, caem sim. Alias, falando em raio, essa família entende muito bem, já que viveram uma experiência única, embora infeliz.

Por duas vezes, sua casa foi atingida por raios. Quando ainda era adolescente, Loftus-Cheek e sua família viram abrir um buraco em sua casa por conta de um relâmpago. Mas, ainda antes de se tornar jogador profissional, outro buraco voltou a ser feito pelo mesmo motivo.

Fidelidade aos Blues

Com apenas 8 anos de idade, o Chelsea viu talento no jovem, mas já alto jogador, que ainda via seus familiares jogarem na Premier League e Championship, pegando sempre conselhos com eles.

Passou, em 2012, para o sub-18 do clube londrino. Porém, ele tinha apenas 16 anos. Ato muito comum quando há um jogador extremamente alto e forte para sua idade. Assim, ele pega experiência e fica mais “calejado” para chegar ao profissional.

Ainda nesse ano, onde viu o Chelsea vencer a Liga dos Campeões da Europa, mas perder o Mundial de Clubes, em um amistoso na pré-temporada, chamou a atenção do Barcelona, que queria contratá-lo logo depois.

Ele decidiu permanecer no clube inglês. Como recompensa, em 2013, com apenas 17 anos, assinou seu primeiro contrato profissional. O valor de 1,7 milhões de libras por ano foi motivo para jornalistas britânicos terem pauta por muitos dias.

Durante a assinatura, ele exclamou: “O clube fez muito por mim desde que cheguei aqui […] e agora quero retribuir a fé que eles demonstraram em mim com boas atuações!”.

Em 2015, foi campeão da UEFA Youth League com o Chelsea. Na equipe, foi companheiro de Dominic Solanke, hoje no Liverpool, e Tammy Abraham, que ainda pertence ao clube. Foram 2 assistências em 7 jogos.

Começo difícil entre os profissionais

Na temporada seguinte, começou sua carreira profissional em si. Sob o comando de José Mourinho, teve suas primeiras oportunidades em 2015/16. Entretanto, o comandante chegou a ser muito criticado pelo pai do garoto de 20 anos.

Por sempre ‘esquentar banco’, Trevor Loftus, pai, afirmou que o meio campista “deveria estar jogando. Ele ainda disse que, “se fosse comandado por Mauricio Pochettino”, ele teria quase 80 jogos na carreira com duas décadas de vida completas.

Trevor já era experiente nessas situações, pois esteve lado-a-lado durante todo o decorrer da carreira dos filhos mais velhos, então sabia bem que seu mais novo deveria jogar para conseguir estar em ascensão.

Até a chegada de Antônio Conte, em 2016/17, ele tinha jogado 16 jogos da Premier League, 2 da Liga dos Campeões, além das copas, tendo marcado 2 gols e dado passe para outros 2.

No final desta temporada, ainda foi eleito o melhor jogador jovem do clube, além de vencer o Torneio de Toulon com a seleção inglesa de base, recebendo o prêmio de melhor atleta da competição.

Com o italiano, jogou apenas 6 partidas do Campeonato Inglês, sendo campeão da liga no final da temporada. Mas embora o número de partidas seja mediano, ele jogou míseros 30 minutos de jogo.

Isso daria tudo para seu pai ir novamente à imprensa reclamar. Entretanto, no começo desta temporada, ele agradeceu o treinador que havia acabado de ser campeão da Premier League.

Um empréstimo para o Crystal Palace rendeu elogios ao técnico. Mas, muito além disso, deu ao atleta oportunidades para demonstrar todo o talento que fora desejado por clubes do mais alto escalão, como o supercampeão Barcelona.

“Dê-me jogos, e eu mostrarei o meu talento”

Com dois títulos ingleses, chegou ao Crystal Palace, assim como Leon, seu irmão, anos antes, como titular absoluto de um time pequeno que novamente procurava se manter na Premier League, uma das competições mais disputadas do mundo.

Entretanto, sofreu novamente com as trocas de técnicos. Em seus primeiros 30 jogos na Premier League, foi treinado por incríveis 5 comandantes diferentes, além de interinos.

José Mourinho, Guus Hinddik, Antonio Conte, Frank De Boer e Roy Hodgson são nomes marcantes do futebol mundial, mas que tiveram breves passagens na carreira do meio-campista defensivo.

Considerado um dos mais promissores meias box-to-box, ou seja, que levam a bola de uma área (defensiva) à outra (ofensiva) com qualidade, assim como Gerrard e Lampard, Loftus Cheek sempre foi muito comparado com o alemão Ballack, ex-Chelsea – seu ídolo.

Nesta temporada, participou de 24 partidas da Premier League. Além disso, jogou em todas posições do meio-campo da equipe, mas tendo mais presenças na esquerda.

Foram 2 gols e 4 assistências no Crystal Palace. Loftus-Cheek ganhou também mais da metade das disputas por bola em um jogo, na média. Sofreu quase 3 faltas e fez menos de uma por partida.

Agora, ele retornará ao Chelsea. Mas antes disso, terá a incrível missão de disputar uma Copa do Mundo, sob o comando de Southgate.

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Rafael Brayan

Adepto do jogo inglês, sou apaixonado pelo futebol bem jogado. A única coisa que pode ser comparado a assistir um bom jogo é uma boa conversa sobre este esporte com bola.