Liverpool x Roma: O que os Reds podem esperar do time italiano?

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As semifinais da Uefa Champions League começam nessa semana com dois grandes jogos. Falaremos hoje do confronto Liverpool x Roma, dois clubes de tradição que buscam uma vaga na grande final. Convidamos o Calciopedia para falar da Roma e do que os torcedores dos Reds podem esperar do time italiano.

Liverpool x Roma: O que os Reds podem esperar do time italiano?

Ponto forte: Postura agressiva no ataque e consistência
Ponto fraco: Defesa frágil e laterais ruins na marcação

De Rossi e Strootman (ou Pellegrini) apoiam e Nainggolan arma as jogadas, encostando na área e em Dzeko. É um meio de muita força física e combate, mas que tem ótima qualidade de passe.

Ünder e Perotti são os pontas mais incisivos. Geralmente, o turco alterna titularidade com El Shaarawy na direita.

Dzeko, isolado, faz com frequência a parede, mas não tem mobilidade para buscar a bola no meio. Funciona melhor como finalizador pelo chão e pelo alto. Carregar a bola não é a dele.

A defesa é o gargalo: Manolas e Fazio, embora façam grandes partidas quando o time está sob pressão, já entregaram alguns resultados por falhas de marcação e posicionamento. O grego é excelente no desarme, mas faz uma temporada muito abaixo do que demonstrou nos três anos anteriores na Itália.

Fazio, que é mais limitado, já mostrou do que é capaz e não deve ser titular caso o clube contrate outro zagueiro de alto nível. Isso só não se aplica caso Manolas saia, o que parece provável.

As laterais são certamente um problema: Florenzi e Kolarov, embora tenham enormes qualidades ofensivas, ficam devendo defensivamente.

Kolarov começou a temporada de maneira excepcional, mas por já ser um veterano, decaiu bastante em 2018. Florenzi, superando lesões, faz uma temporada nota 7,5. Poderia, por exemplo, errar menos no apoio.

Karsdorp, que chegou para ser titular na direita, sofreu uma grave lesão de ligamento em sua estreia. Não deve voltar com 100% de sua forma física nessa temporada e sequer ameaça Florenzi. Bruno Peres, seu reserva, vive seu ano mais irregular e não passa segurança à equipe, sendo utilizado apenas em situações contingentes ou como ala.

Olhos neles

Alisson, o destaque individual absoluto na temporada, construiu uma reputação por defesas incríveis e importantes. Jogou uma única partida ruim, justamente contra o Barcelona, no Camp Nou. É o jogador mais importante e que constantemente ganha pontos para o time.

Eusebio Di Francesco, o homem por trás da Roma semifinalista europeia, cresceu bastante. Começou bem, com bom ritmo e levando a equipe a boas atuações, teve uma queda em dezembro de 2017 e se recuperou em 2018, quando ninguém mais esperava nada de seu elenco.

O comandante já fez mais do que se esperava dele na Europa e a campanha decepcionante na Serie A certamente deve ser esquecida.

Capaz de proporcionar uma formação ofensiva e letal como nos 3 a 0 contra Chelsea e Barcelona, Di Francesco já se pagou como aposta da diretoria. Seu calcanhar de Aquiles, como já ficou claro, é a armação da defesa.

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Os números, afinal, não são ruins: 26 gols sofridos na Serie A, na qual tem o quarto melhor desempenho, e nenhum gol sofrido como mandante na Champions League.

Os problemas são os sustos que levam Alisson a operar alguns milagres e algumas falhas em momentos importantes. Quem sabe com um elenco mais qualificado no setor defensivo, Eusebio possa provar seu valor como um dos grandes técnicos da nova geração italiana.

Sobre o time: a Roma é muito consistente na proposta de jogo, alternando apenas a intensidade. Na Serie A, sofreu derrotas emblemáticas em casa, quando poderia brigar por algo maior. A grande vitória contra o Napoli foi um divisor de águas na temporada.

Fora de casa, tende a ser mais cirúrgica com bons resultados e sem a pressão.

Aparentemente, jogar diante de sua torcida tem sido um mau negócio nas competições domésticas: aliás, vale lembrar dos fiascos contra Internazionale, Atalanta, Sampdoria, Fiorentina e Napoli, no primeiro turno.

Contudo, isso não se aplica à Europa. Na Champions, a Roma é mais madura e focada, tanto é que conseguiu seus melhores resultados na competição.

O instinto assassino e um pouco mais de foco na defesa fez toda a diferença: como falamos, até agora a Roma não levou gols como mandante em cinco partidas continentais.

Os pontos mais altos no torneio da Uefa certamente foram as vitórias incontestáveis contra Chelsea e Barcelona.

Nestas ocasiões, Dzeko foi, sem dúvida, determinante como pivô e finalizador e a Roma, com muita intensidade, conseguiu destaque pelo volume de jogo pelas pontas, especialmente com El Shaarawy e Florenzi.

Confrontos anteriores

1983-84, Final da Copa dos Campeões (Roma)
Roma 1-1 Liverpool (2-4 nos pênaltis)

2000-01, quarta eliminatória da Copa Uefa
Roma 0-2 Liverpool
Liverpool 0-1 Roma

Liverpool vence por placar agregado de 2-1

2001-02, segunda fase de grupos da Champions League
Roma 0-0 Liverpool
Liverpool 2-0 Roma

Salah pela Roma: 83 jogos e 34 gols (42/15 na primeira temporada e 41/19 na segunda).

por Felipe Portes
PLBrasil
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