Em um dos maiores clássicos da Inglaterra, o Liverpool venceu o Manchester United por 3 a 0 neste domingo (1), em pleno Old Trafford, casa dos Red Devils. Luis Díaz marcou duas vezes e Salah fechou o placar da vitória do time visitante.
Na maior parte do tempo, o jogo esteve sob controle dos Reds, é verdade. Mas o placar e o destino do jogo poderiam ter sido diferentes não fosse um personagem discreto, porém decisivo na partida: o brasileiro Alisson.
O goleiro da seleção brasileira teve reflexo para manter o placar em 1 a 0 quando Mazaraoui, lateral do United, conseguiu um chute entre as pernas de Van Dijk, ainda no primeiro tempo.
Aos 60 minutos, quando o placar marcava 3 a 0, veio o grande momento de Alisson no jogo. Zirkzee, atacante do Manchester United, cabeceou da pequena área, a pouquíssimos metros do gol. O goleiro ex-Internacional, como uma defesaça à queima roupa, acabou com qualquer chance de reação dos donos da casa.
Liverpool ainda não sofreu gols
Após três rodadas da Premier League, o Liverpool segue 100% e sem sofrer gols na competição. Antes do United, haviam sido duas vitórias por 2 a 0 contra Ipswich e Brentford. Em entrevista à ESPN, o goleiro falou sobre o desafio de manter-se sem ser vazado:
— Demanda muito trabalho, muita responsabilidade. A gente sabe que às vezes é inevitável conceder gols. Mas a equipe tem mostrado dedicação com todos jogadores, uma grande equipe começa por uma grande defesa. A gente sabe que isso pode fazer a diferença durante a temporada. Por isso, é um time que se dedica muito. É um trabalho coletivo e não só meu.
Alisson injustiçado no Brasil?
Mesmo com anos de carreira pela frente, Alisson já é considerado um dos maiores goleiros da história do Liverpool e da Premier League.
A relação com parte dos torcedores brasileiros, por outro lado, é diferente. Goleiro de duas Copas do Mundo em que o Brasil não conseguiu superar as quartas-de-final, Alisson acabou marcado negativamente para parte do público brasileiro, seja isso uma injustiça ou não.
Questionado pela reportagem a ESPN, o goleiro concordou que é mais admirado na Inglaterra do que no Brasil.
— Acho que sim, é normal, os torcedores (ingleses e do Liverpool) acompanham os jogos mais de perto. Desde que cheguei tenho ganhado títulos isso traz identificação com o torcedor. Sempre estivemos brigando desde que cheguei. E a identificação veio logo na primeira temporada, com a Champions. E depois a Premier League… Acho que toda essa geração está marcada na história do clube, estou muito feliz com esse carinho do torcedor. O apoio, como eles vivem e apoiam o clube o tempo todo. É uma honra fazer parte dessa história.
Trabalho de Arne Slot e plano de jogo para o Manchester United
— A gente tinha um grande plano para esse jogo que foi muito trabalho e muito bem executado. Ele é um grande treinador, além de ser um treinador que conhece muito de futebol, ele tem capacidade de transmitir o que ele quer com muita clareza, de maneira simples. E também tem a capacidade de resposta da equipe, nossa equipe tem uma capacidade de resposta impressionante. O estilo dele combinou com a característica jogadores. Ele consegue transmitir de uma maneira simples, clara, e também destaque para a execução dos jogadores. É 50% pra cada lado. Um grande trabalho em equipe. Mas não estamos satisfeitos, é apenas o começo.
Definir Van Dijk e Salah em uma palavra
— Grandeza, os dois. É a palavra que pode descrevê-los. Quando jogador para a gente pode entender os efeitos, e quando eles estão em atividade, não se fala muito nisso. Eles estão na prateleira dos grandes jogadores, é uma honra jogar ao lado deles. O Van Dijk exerce uma liderança muito grande, caiu bem a braçadeira de capitão nele. O Salah é aquele cara obcecado por números por gols. Decisivo, artilheiro. É uma honra jogar com eles.