O impacto da lesão de Fabinho e as opções de Jürgen Klopp

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No último jogo contra o Napoli, pela Champions League, no dia 27 de dezembro, o meio-campista Fabinho sofreu uma lesão no ligamento do tornozelo. Apesar de não ser necessário algum procedimento cirúrgico, o camisa três do Liverpool desfalcará o time em um prazo estimado entre seis e oito semanas.

Após uma lenta adaptação ao estilo de jogo dos Reds e à Premier League, o brasileiro se tornou peça fundamental do esquema de Klopp, roubando a posição que era de Jordan Henderson no time que disputou a temporada anterior a sua chegada.

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Fabinho Liverpool Champions Oscar Del Pozo Collection AFP
Oscar Del Pozo Collection AFP
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O Liverpool é um sistema muito específico, no qual os jogadores são adaptados à função que melhor acolhe suas individualidades. Isso dificulta a manutenção do nível quando alguma peça tem que ser substituída e há mudança de característica.

Segundo dados do Whoscored, Fabinho, além de liderar as estatísticas defensivas entre os meio-campistas, nessa temporada, com média de 2.5 roubadas de bola e 1.3 interceptações por jogo de Premier League, é ainda quem mais contabiliza passes-chave, com 1.1 por jogo. Sendo assim, fica claro que o clube de Anfield perdeu não só um pilar da fase defensiva do jogo, mas também do momento ofensivo.

Se a lesão do volante brasileiro veio na pior hora possível, com as maratonas envolvendo Boxing Day e Mundial Interclubes, totalizando algo próximo de 13 jogos de provável ausência, a boa notícia é que ele é o único desfalque de seu setor. Alex Oxlade-Chambelain, Adam Lallana, Naby Keïta, James Milner e até Xherdan Shaqiri estão disponíveis para proporcionar diferentes alternativas ao time titular de Klopp.

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Na temporada 17/18, o time finalista da Champions teve como base, até a lesão do camisa 21, um tripé com Hendo na base e Milner, Wijnaldum e Chamberlain. Essa foi a estrutura escolhida por Klopp para o jogo diante do Brighton.

As outras opções também já foram testadas em outras ocasiões. O treinador  pode optar por Keïta, na tentativa de emular o meio-campo que rendeu ao guineano um bom início na temporada passada.

O camisa 8 é um jogador extremamente dinâmico, que ainda não conseguiu render, principalmente, por questões físicas. Desde já, a maratona de jogos pode ser uma excelente oportunidade de extrair o futebol de seus tempos de RB Leipzig.

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Já pensando numa mudança de esquema tático, após as boas atuações contra o Everton, Origi e Shaqiri se credenciam para um posto num possível quarteto ofensivo, dentro de um 4-2-3-1 que apareceu em alguns momentos do vice-campeonato da temporada 18/19.

É fácil constatar que o plantel de Klopp sofreu um desfalque enorme com a perda de Fabinho, sobretudo com a queda de eficiência do sistema defensivo na atual jornada. Apesar disso, diferentes opções de reposição já foram colocadas à prova anteriormente e trouxeram bons resultados. Caberá ao experiente técnico encontrar a melhor para manter o alto nível em um período tão decisivo do calendário.

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Filipe Guedes

Graduando em jornalismo pela UFMG. Futebol (é) arte. Twitter: guedes7_