Entenda por que Klopp não comemorou goleada do Liverpool com a torcida

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O Liverpool de Jürgen Klopp conseguiu uma das vitórias mais significativas da sua história neste domingo (5) ao golear o Manchester United por 7 a 0, pela 26ª rodada da Premier League. Foi a maior goleada da história do maior clássico da Inglaterra.

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Mesmo assim, chamou a atenção que, ao fim dos 90 minutos, o treinador Klopp não fez sua tradicional comemoração com socos no ar de frente para a Kop, a arquibancada mais famosa de Anfield Road.

Na entrevista coletiva, o treinador explicou o motivo por não ter feito os “fist bumps”, apesar de ter aplaudido a torcida.

— Nós temos que seguir em frente. Adoro dar os socos no ar, mas não posso fazer isso depois de cada jogo. Eu amo que eles pedem isso. Haverá um momento em que alcançaremos o que queremos alcançar este ano e teremos tempo para dar os socos — disse Klopp.

As declarações fazem ainda mais sentido dentro do contexto da temporada. Apesar da vitória histórica, o Liverpool tem feito um ano decepcionante, representado sobretudo pelo quinto lugar na Premier League e pela derrota por 5 a 2 para o Real Madrid, também em Anfield, pelas oitavas da Champions League.

O resultado faz o torcedor do Liverpool até ter esperança de uma improvável remontada com os espanhóis. Contra o United, o Liverpool fez sete gols entre os 43 minutos do primeiro tempo e os 43 da etapa final. Em Madri, precisam da metade disso para levar aos pênaltis.

Resultado bizarro, performance top. Um desempenho realmente excelente desde o início. Achei a maneira como começamos o jogo realmente especial, a melhor por muito, muito, muito, muito, muito, muito tempo. Fomos agressivos mas jogando futebol. O segundo tempo não poderia ter começado melhor e a partir desse momento os rapazes voaram. Aí ficou difícil jogar contra nós — elogiou o treinador.

Klopp também acrescentou que a performance é importante e que os três pontos são ainda mais. “O resultado é só o resultado”, concluiu.

Por fim, o alemão elogiou o desempenho dos seus atacantes. Além de Salah, que se tornou o maior artilheiro do Liverpool na Premier League, o 7 a 0 também teve dois gols de Darwin Nuñez e Gakpo, além de um de Salah.

Acho que todo mundo viu o quão bom eles podem ser. Ninguém tinha dúvidas do impacto que Darwin traria quando ele se adaptasse. Gakpo é uma força da natureza. E o Mo é o Mo. O importante é levar a confiança desse resultado para o próximo jogo — disse ele.

Ainda sobraram elogios públicos para o trio de meio-campo: Fabinho, que “está de volta”; Henderson, que “foi absolutamente incrível”; e Harvey Elliott, “super importante com e sem a bola”.

Diogo Magri
Diogo Magri

Jornalista nascido em Campinas, morador de São Paulo e formado pela ECA-USP. Subcoordenador da PL Brasil desde 2023. Cobri Copa América, Copa do Mundo e Olimpíadas no EL PAÍS, eleições nacionais na Revista Veja e fui editor de conteúdo nas redes sociais do Futebol Globo CBN.

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