Palace, Everton e mais: Como fica John Textor após ‘frustrações’ no futebol inglês

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O empresário John Textor teve uma frustração nesta semana com a notícia de que o grupo empresarial Friedkin Group (TFG) chegou a um acordo de aquisição de 94% das ações do Everton, clube que o norte-americano desejava comprar.

Contudo, este foi apenas mais um item na lista de desapontamentos do executivo no futebol inglês. Isso porque Textor é dono da empresa Eagle Football Holdings, que tem 45% de participação no Crystal Palace, e esperava aumentar a fatia ao assumir a porcentagem de outros sócios do clube londrino — mas não teve sucesso.

Pouco depois, o empresário tentou comprar o Queens Park Rangers (QPR), time da Championship, de acordo com o “The Athletic”, e a negociação também não avançou.

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Dessa forma, em julho deste ano, Textor voltou esforços para a aquisição do Everton. O TFG havia feito proposta para comprar as ações do atual proprietário, Farhad Moshiri, em junho, no entanto, não houve acordo. O norte-americano, então, despontou como o favorito a assumir o posto.

O executivo tinha até um “período de exclusividade” para fechar a aquisição, mas precisava vender a participação que tem no Palace antes de concluir qualquer acordo, visto que a Premier League não permite que dois clubes da liga pertençam ao mesmo dono.

No início de setembro, John Textor declarou em entrevista coletiva ter “90% de chance” de comprar o Everton, embora tenha enfatizado que Moshiri tinha outras opções.

Na ocasião, afirmou também que estava perto de vender as ações que tem no Crystal Palace, porém, nenhum acordo foi feito até o momento.

A bandeira de escanteio no estádio Goodison Park, do Everton
A bandeira de escanteio no estádio Goodison Park, do Everton. (Foto: PA Images/Imago)

O “The Athletic” reforçou que, até a venda desta fatia, Textor está “impedido” de fazer qualquer movimentação. Além disso, o jornal enfatizou ser pouco provável que o empresário consiga comprar a participação de outros acionistas do Palace.

Dessa forma, mais uma frustração seria adicionada à lista. Sem um clube inglês no portfólio, o executivo pode não conseguir lançar a Eagle Football Holdings na Bolsa de Valores de Nova York até o fim deste ano devido à inviabilidade de propiciar os retornos prometidos aos investidores.

Como Textor ‘perdeu’ o Everton

John Textor acenou com a possibilidade de adquirir o Newcastle, o Brentford e o Watford antes de acertar com o Palace, e esperava trocar Londres por Merseyside ao se tornar proprietário do Everton neste ano.

O norte-americano chegou a falar que ser mandatário dos Toffees seria “uma honra” e até fez analogia com a presidência dos EUA. Além disso, em entrevista coletiva no último dia 11 de setembro, ressaltou que a compra do clube seria com “financiamento próprio”, ou seja, independente da Eagle Football.

A única coisa que o empresário temia era o surgimento de uma proposta maior ou mais interessante, e foi justamente o que ocorreu. O Friedkin Group retomou as negociações com Moshiri em setembro e chegou a um acordo com o atual proprietário.

Agora, o grupo empresarial aguarda as aprovações de órgãos regulatórios da Premier League, da Federação Inglesa de Futebol (FA) e da entidade que regula serviços financeiros na indústria do Reino Unido, chamada de Financial Conduct Authority (FCA), para selar a compra. O presidente da companhia, Dan Friedkin, também é dono da Roma, da Itália.

O “The Guardian” apontou ser “improvável” que a empresa de Friedkin tenha problemas com os órgãos regulatórios, o que sugere ser uma questão de tempo até a compra ser concretizada.

Milena Tomaz
Milena Tomaz

Jornalista entusiasta de esportes que integra a equipe de redação da PL Brasil. Se formou em Comunicação Social em 2019.