O empresário norte-americano John Textor pode ter seus planos de comprar o Everton frustrados. O grupo empresarial Friedkin Group (TFG) chegou a um acordo de aquisição de 94% das ações dos Toffees, de acordo com o site “The Athletic”.
✅ Siga a PL Brasil no Threads, BlueSky e WhatsApp.
A transação depende de aprovações de órgãos regulatórios da Premier League, da Federação Inglesa de Futebol (FA) e da entidade que regula serviços financeiros na indústria do Reino Unido, chamada de Financial Conduct Authority (FCA), portanto, ainda não está selada. O presidente da companhia, Dan Friedkin, também é dono da Roma, da Itália.
— Estamos felizes por chegar a um acordo para nos tornarmos donos deste icônico time de futebol. Estamos focados em garantir as aprovações necessárias para concluir a transação, e ansiosos para dar estabilidade ao clube e compartilhar nossa visão para o futuro, que inclui o novo Everton Stadium –, declarou um porta-voz do Friedkin Group, segundo o site.
O TFG já havia feito proposta para comprar as ações do atual proprietário, Farhad Moshiri, em junho deste ano. Na ocasião, a negociação não avançou. No mês seguinte, John Textor entrou em cena e despontou como o favorito a assumir o posto.
O empresário norte-americano tinha até um “período de exclusividade” para fechar a aquisição. Contudo, como Textor tem 45% das ações do Crystal Palace por meio da empresa Eagle Football Group, seria preciso abrir mão do time londrino para comprar o Everton.
Em agosto, o executivo anunciou que estava disposto a vender a participação no Palace com foco em “buscar um relacionamento com o clube e a comunidade do Everton”.
Textor chegou a falar que ser mandatário dos Toffees seria “uma honra” e até citou a presidência dos EUA. Além disso, em entrevista coletiva no último dia 11 de setembro, ressaltou que a compra do clube azul de Merseyside seria com “financiamento próprio”, ou seja, independente da Eagle Football.
O “The Guardian” apontou ser “improvável” que a empresa de Friedkin tenha problemas com os órgãos regulatórios, o que sugere ser uma questão de tempo até a compra ser concretizada.
Dívida bilionária
A aquisição colocaria fim a um processo de venda que já dura mais de um ano. Neste período, o Everton acumulou dívida de cerca de 718 milhões de euros, equivalente a R$ 4,4 bilhões na cotação atual.
Deste montante, 239 milhões de euros (R$ 1,4 bilhão) pertencem a Dan Friedkin, que emprestou ao clube para o financiamento do novo estádio. Caso o TFG concretize o acordo, o valor pode ser convertido em capital. Se o negócio não avançar, a quantia deve ser devolvida ao gestor.
O Everton deve o mesmo valor à 777 Partners, que também tentou comprar o time, e mais 225 milhões de libras (R$ 1,6 bilhão) à Rights and Media Funding.