Faltam 12 dias para o começo de mais uma temporada de Premier League e, além das contratações, muitos clubes contarão com “reforços” vindos do departamento médico para 2024/25.
Usando dados de Adrian Clarke, ex-jogador e especialista do futebol, expostos no site da Premier League, a PL Brasil separou 11 jogadores que estão voltando de lesão e prometem fazer a diferença pelos seus times.
Defensores
Jurrien Timber (Arsenal)
O técnico Mikel Arteta pode finalmente ter um homem fixo na lateral-esquerda. O versátil holandês se destacou na pré-temporada passada, exibindo habilidades defensivas e com distribuição de jogo de primeira classe jogando na lateral invertida.
Porém, uma lesão no ligamento cruzado anterior no começo do segundo tempo de sua estreia na Premier League acabou com sua temporada. O holandês voltou apenas nos últimos 21 minutos da última partida de 2023/24.
Agora 100% recuperado, o jogador de 23 anos vai agregar a linha defensiva do Arsenal, podendo cobrir o lado esquerdo, principalmente se Arteta armar a equipe com três zagueiros.
Wesley Fofana (Chelsea)
O zagueiro pode ser considerado quase uma nova contratação do Chelsea depois de se recuperar de uma lesão no ligamento cruzado no meio do ano passado.
O francês de 23 anos chegou do Leicester em agosto de 2022, mas fez apenas 12 jogos como titular na Premier League em duas temporadas.
O Chelsea não conseguiu estabelecer uma parceria regular de zagueiros na temporada passada, e nenhum dos cinco jogadores utilizados conseguiu apresentar atuações consistentes.
Os Blues sofreram dois ou mais gols em 20 de 38 rodadas na Premier League passada, então eles precisarão da inteligência e do ritmo de Fofana para ajudá-los a melhorar esse recorde.
Com a saída de Thiago Silva e a qualidade com a bola de Fofana, o francês tem tudo para se adequar ao estilo de jogo do técnico Enzo Maresca.
Durante a temporada 2022/23, a precisão de passes de Fofana na Premier League foi impressionante (89,8%), um ponto forte que o manterá fiel ao novo treinador.
Reece James (Chelsea)
Reece James sofreu com um problema recorrente no tendão da coxa e disputou apenas um quarto das partidas do Chelsea na Premier League desde o início de 2022/23,
Agora, o lateral-direito enfrenta uma concorrência acirrada devido à boa forma de Malo Gusto. Porém, James tem uma qualidade no passe que tira a bola da zona de perigo, o que deve ser levando em conta.
Nos 10 jogos que fez na temporada passada (cinco vindo do banco), James teve uma média de mais de cinco cruzamentos a cada 90 minutos na Premier League, número que supera o de Malo Gusto. Ninguém em Stamford Bridge chegou perto de entregar 1,5 cruzamentos bem-sucedidos por jogo.
Lisandro Martínez (Manchester United)
Desde que voltou de lesão neste ano, Lisandro Martínez não presenciou uma derrota do Manchester United. Foram dois empates e seis vitórias, incluindo sobre o City na final da Copa da Inglaterra.
O histórico é para animar a torcida e o técnico Erik ten Hag, que sentiu falta da liderança e do talento do zagueiro argentino em grande parte da temporada passada.
Martínez se recuperou dos problemas no pé, joelho e panturrilha, que o atormentam desde abril de 2023 e o restringiu a jogar apenas oito partidas na Premier League em 2023/24.
A volta de Martínez é fundamental neste momento, depois que o Manchester United sofreu 58 gols na Premier League passada e chegou a ter que usar Casemiro improvisado na zaga.
Luke Shaw (Manchester United)
Perdendo 26 de 38 rodadas da Premier League na temporada passada por conta de lesão, Luke Shaw viu Diogo Dalot, Aaron Wan-Bissaka, Sergio Regulion, Victor Lindelof e Sofyan Amrabat tendo que revezar entre si para tentar suprir a falta do jogador da seleção inglesa.
Bruno Fernandes é o único companheiro de equipe que cria mais chances em jogadas de bola parada do que Luke Shaw (0,65 a cada 90 minutos) na Premier League, então seu retorno deve melhorar Manchester United, que fez apenas nove gols de bola parada na temporada passada.
Além disso, Luke Shaw acelera a construção de jogadas do Manchester United pelo lado direito e consegue dar cruzamentos de qualidade.
Meias
Kaoru Mitoma (Brighton)
Lesões no tornozelo e na região lombar restringiram o ponta japonês Mitoma a apenas 19 jogos na Premier League na temporada passada, o que teve um efeito prejudicial.
Quando ele estava disponível, o Brighton falhou em marcar apenas uma vez, mas sem seu ritmo elétrico e dribles excelentes, o time que era comandado pelo técnico Roberto De Zerbi era muito mais fácil de conter. Em 10 das 19 partidas que Mitoma ficou de fora, os Seagulls não marcaram nove vezes.
Roméo Lavia (Chelsea)
Lavia jogou apenas 31 minutos na Premier League com a camisa do Chelsea. Ele chegou do Southampton no meio do ano passado com um problema no tornozelo que o manteve distante dos gramados até o Natal. Ao retornar, o belga sofreu uma lesão séria na coxa, que encerrou sua temporada de forma definitiva.
O jogador de 20 anos deve ser um reforço bem-vindo no meio-campo do Chelsea. A dupla formada por Enzo Fernández e Moisés Caicedo não se deram tão bem quanto o esperado e os Blues venceram apenas nove de 22 partidas quando o argentino e o equatoriano estiveram juntos, perdendo sete.
Se Lavia puder redescobrir sua melhor forma como um volante roubador de bola, ele será uma opção muito útil para Enzo Maresca nos próximos meses, especialmente se Conor Gallagher sair.
Mason Mount (Manchester United)
A primeira temporada de Mason Mount em Old Trafford foi uma grande decepção, tendo feito apenas cinco partidas na Premier League. Uma lesão de longo prazo na panturrilha manteve o meia-atacante fora dos gramados entre novembro de 2023 e março deste ano, com alguns outros problemas também interrompendo seu progresso.
Taticamente, o jogador de 25 anos também foi vítima de algumas escolhas de Ten Hag, que colocou Bruno Fernandes de número 8 e precisou suprir as dificuldades de Casemiro com outros volantes, limitando as oportunidades de Mason Mount jogar.
Se o meia conseguir recuperar a boa forma, que o ajudou a marcar 11 gols e dar 10 assistências para o Chelsea em 2021/22, ele pode ser fundamental para o Manchester United na próxima Premier League. No seu auge, ele já apresentou criatividade poder de desequilibrar, além de um jogador determinado a recuperar a posse de bola.
Sua estatística mais impressionante com a camisa do Manchester United até agora está relacionada aos desarmes, onde ele conseguiu 2,46 tackles a cada 90 minutos, ficando em segundo lugar no time, atrás apenas de Casemiro.
Joelinton (Newcastle)
Joelinton foi remodelado e rejuvenescido sob a gestão de Eddie Howe, então deve ter sido frustrante para o técnico do Newcastle perder o brasileiro na segunda metade da temporada passada.
O atacante, que virou meio-campista, retornou em maio, após uma cirurgia na virilha que o manteve fora dos gramados por 118 dias.
Joelinton é uma opção tática inestimável para os Magpies, dada sua habilidade de jogar no meio-campo ou no ataque. Quando ele se posiciona no meio de campo, Bruno Guimarães fica livre para avançar, e em posições mais abertas, as corridas poderosas do jogador de 27 anos se adaptam ao estilo de jogo de transição do Newcastle.
Christopher Nkunku (Chelsea)
Christopher Nkunku só foi titular duas vezes na Premier League, além de nove jogos como reserva em uma temporada de estreia frustrante no Chelsea.
Sempre que estava disponível, o francês de 26 anos se mostrou muito promissor, dando dores de cabeça aos defensores com seu poder e habilidade, além de marcar três gols a cada 146 minutos. Cole Palmer foi o único jogador do Chelsea a encontrar o fundo da rede em tempo mais rápido.
O técnico Enzo Maresca espera que as lesões no joelho, quadril e tendão que o atormentaram na temporada passada não o incomodem novamente.
Matheus França (Crystal Palace)
O atacante brasileiro saiu do banco com sucesso nas duas primeiras partidas do técnico Oliver Glasner no comando do Crystal Palace, mas uma lesão na virilha o manteve fora da reta final a partir do início de março.
É difícil avaliar o quão impactante o jogador de 20 anos será em 2024/25 com apenas 225 minutos de jogo no time principal, mas o ritmo e a fisicalidade do brasileiro fazem com que ele seja uma opção útil no último terço do campo.
Glasner também ficará satisfeito com o quão versátil Matheus França pode ser. Ele pode atuar nas áreas abertas, como um número 10, ou mesmo como um meio-campista box-to-box, se Jean-Philippe Mateta mantiver seu lugar como o atacante titular.