Consegue se lembrar qual foi a última vez que um time inglês conseguiu alcançar a grande final da UEFA Champions League? Bom, isso aconteceu há cinco temporadas, na edição 2011/12. Naquela ocasião, o Chelsea comandado por Roberto di Matteo venceu os alemães do Bayern de Munique por 4 a 3 nos pênaltis. Título inédito dos Blues na competição.
Desde então as equipes da Premier League não conseguem se destacar na maior competição entre clubes do velho continente. A melhor campanha durante este período foi uma semifinal do Manchester City, em 2015/16. No ano passado, o Tottenham sequer conseguiu se classificar para a segunda fase; o Arsenal foi massacrado nas oitavas de final e apenas Leicester City avançou para as quartas. E dali não prosseguiu mais.
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Historicamente, os representantes da Inglaterra costumam fazer bonito. Desde que a Champions foi criada, em 1955, a Terra da Rainha já acumula 12 títulos e 7 vice-campeonatos. No ranking entre países, só perde para Itália (mesmo número de títulos, porém com 11 vices a mais) e Espanha (17 títulos e 11 vices). O Liverpool é o maior vencedor da Premier League, com cinco canecos levantados.
No entanto, quem está no centro das atenções atualmente é a liga espanhola. Barcelona, Real Madrid e Atlético têm chegado de forma consistente na reta final do torneio. Os Merengues foram campeões nas edições 2013/14, 2015/16 e 2016/17. Além disso, os Catalães sagraram-se vencedores na temporada 2014/15 e o Atleti acumulou participações em duas finais.
Há quem diga que os times ingleses não estão se saindo bem pelo grau de dificuldade do calendário inglês e da própria Premier League. Bom, não podemos descartar essa ideia. Ora, na elite inglesa temos sempre seis grandes clubes lutando pelo título e por vagas na Liga. Sem falar dos times de médio e pequeno porte, que são tecnicamente e competitivamente superiores aos da La Liga. E isso se deve à justa distribuição de cotas televisivas na Inglaterra.
Se os clubes ingleses se desgastam mais com partidas domésticas, o rendimento nos torneios europeus pode ser comprometido. Mas é delicado afirmar que este é o único fator determinante. Pep Guardiola, Jürgen Klopp, José Mourinho e Antonio Conte estão há pouco tempo em seus respectivos clubes. Criar um padrão de jogo, conhecer o elenco e poder contratar peças pontuais no mercado de transferências demanda tempo.
Um terceiro fator seria a falta de presença constante na Champions League. Esse é o caso do Tottenham e do Liverpool. É preciso ter malícia e experiência pra jogar o torneio, sobreviver no mata mata e alçar voos mais altos.
A edição 2017/18, no entanto, parece começar animadora para os representantes da Inglaterra. Três rodadas já se passaram e, se levarmos em conta que alguns primeiros colocados estão empatados em número de pontos, todos os clubes são líderes de seus grupos.
No grupo A, no grupo C e no Grupo F, Manchester United, Chelsea e Manchester City são, respectivamente, líderes isolados. Nos grupos E e H, Liverpool e Tottenham estão empatados em pontos com Spartak e Real Madrid. Perdem em critérios de desempate, mas, de certa forma, também lideram os grupos.
Os méritos são maiores ainda para Chelsea e Tottenham. Ambos estão dentro de grupos complicadíssimos! Os Blues de Antonio Conte medem forças com Atlético de Madrid, Roma e o modesto Qarabag, do Azerbaijão. Já os Spurs, de Mauricio Pochettino, está competindo contra Real Madrid, Borussia Dortmund e Apoel, do Chipre. O caminho é nada fácil. Nos demais grupos, Liverpool e os dois representantes de Manchester devem avançar sem problemas.
O momento é favorável para a Inglaterra. Os técnicos já estão há mais de duas temporadas em suas equipes. E arrisco mais! Caso o Manchester City continue apresentando esse bom futebol, é provável que chegue, no mínimo, às semifinais da Champions.