Como a Premier League desperdiçou Gyokeres? Dirigente explica ‘fracasso’

A lista de acertos do Brighton na janela de transferências é motivo de inveja na Premier League. Com um trabalho de scouting e análise de dados muito preciso, o clube da Costa Sul da Inglaterra tem se destacado em achar joias subvalorizadas, lapidá-las e gerar grande receita ao vendê-las a clubes maiores.

O único grande erro nessa estratégia admirada por muitos outros clubes do mundo foi com o artilheiro Viktor Gyokeres. Hoje com 26 anos, ele chegou aos Seagulls em 2018, aos 19 anos, após se destacar no modesto Brommapojkarna, da Suécia.

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Inicialmente ele integrou o time sub-23 do Brighton e fez apenas partidas pela Copa da Liga Inglesa e Copa da Inglaterra, sendo emprestado a St Pauli, da Alemanha, Swansea e Coventry City, sem tanto sucesso.

Foi justamente no último clube que seria contratado em definitivo, em 2021, se destacado na Championship e transferido para o Sporting um ano depois.

— Os jogadores se desenvolvem em ritmos diferentes. Às vezes, os caminhos ficam inevitavelmente bloqueados, então um empréstimo ou uma venda é a melhor opção, principalmente se o jogador realmente quiser que as coisas sejam decididas logo — disse o executivo-chefe do clube, Paul Barber, ao “The Athletic”.

Como Gyokeres não se destacou tanto nos empréstimos, a decisão da diretoria do Brighton foi de negociar o jogador. Fisicamente, o sueco estava pronto, mas precisava trabalhar a parte técnica. No time principal e no sub-21, o entendimento do clube era que havia jogadores melhores naquele momento.

— Em 2021, quando Viktor foi transferido para Coventry, seu caminho aqui no Brighton não estava claro e, com seu contrato acabando, ele queria uma casa permanente. Temos que aceitar a decisão de vender pelo que era naquele momento – certo para o jogador e certo para o clube —

Gyokeres marcou 33 gols em 25 jogos nesta temporada com a camisa do Sporting e da seleção sueca. Contra o Manchester City, pela Champions League, deu o grande cartão de visitas ao principal palco do futebol mundial, com grande atuação e um hat-trick.

— O que Viktor fez é fantástico. Todos estão encantados por ele. Ele é um grande rapaz e se tornou um jogador fantástico, boa sorte para ele. O recrutamento de jogadores não é uma ciência exata, nem as decisões de transferir jogadores ou quando fazê-lo. Você sempre pode relembrar as decisões usando o benefício de olhar para o passado, mas sempre haverá razões para elas. Trata-se de fazer uma série de julgamentos em tempo real. A maioria dos clubes tem exemplos semelhantes. É futebol. Isso acontece — analisa Barber.