Guia do West Bromwich na Premier League 2020/2021

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Vice-campeão da Championship, o West Bromwich está de volta à principal divisão do futebol inglês para a temporada 2020/2021. E essa campanha muito se deve ao treinador Slaven Bilić, que foi anunciado pelo clube em junho de 2019.

A chegada do croata trouxe estabilidade, um modelo de jogo definido e, acima de tudo, resultados dentro de campo. Mas o não-acesso na temporada 2018/2019 acabou deixando profundas marcas no clube e o time precisou se desfazer de peças importantes, como Salomon Rondón, Jay Rodriguez e Craig Dawson. Coube a Bilić trazer peças de reposição mais baratas, mas que agregassem. E assim o fez.

Grady Diangana e Matheus Pereira. Para entender o que foi o West Bromwich na temporada que lhe garantiu o acesso, precisamos entender a importância da chegada desses dois atletas. Diangana veio do West Ham e Matheus do Sporting – ambos por empréstimo.

Com um modelo de jogo pré-definido num 4-2-3-1, Slaven Bilić precisa de um bom homem de referência e, principalmente, meias que joguem abertos ou que possam virar pontas na hora que o time ataca. É aqui, neste ponto, que entra a importância dos dois.

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Nathan Stirk/Getty Images

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Bilić encontrou em Diangana e Matheus dois jogadores que atacavam os espaços e flutuavam bastante, criando jogadas na defesa adversária e, consequentemente, chances de gol.

E os números finais da equipe não mentem o sucesso do modelo do croata: 77 gols marcados em 46 jogos disputados, média de 1,6 gols por partida, segundo melhor ataque da Championship, vice-campeão da competição e acesso garantido. Com isso em mente, é hora de chegarmos ao West Bromwich para a temporada 2020/2021.

Times recém-promovidos sabem que a tarefa da permanência nunca é fácil. Os Baggies também sabem disso. E tudo indica que o clube vai apostar num modelo já conhecido e que talvez seja o mais indicado: manter o time-base da Championship e fazer contratações pontuais.

As chegadas de Matheus e Diangana são exemplo disso. Perdê-los seria desastroso para o clube em 2020/2021 e esse era um receio da torcida. Porém, ambos os jogadores foram contratados em definitivo.

O brasileiro chegou por 8 milhões de libras junto ao Sporting, enquanto Diangana, que pertencia ao West Ham, custou 18 milhões de libras aos cofres do clube.

Existe um risco ao optar por esse caminho, claro. Jogar uma Premier League é diferente de jogar uma Championship. O nível de exigência é outro. Entretanto, a pandemia da Covid-19 atingiu em cheio o mercado do futebol. E apesar de ter mais dinheiro circulando no caixa, o clube não pode queimá-lo. Uma boa solução para o time talvez seja apostar em jogadores do Big Six que não estão sendo utilizados ou jogadores sem contrato.

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Lewis Storey/Getty Images

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Um claro exemplo disso foi a chegada do experiente Branislav Ivanovic. Sim, aquele mesmo que fez história no Chelsea. O sérvio estava no Zenit, mas não renovou o contrato com o clube russo e chegou sem custos para os Baggies.

Em contrapartida, o entrosamento do West Bromwich para a temporada 2020/2021 será ainda maior do que o da edição passada. A temporada, com um calendário atípico, não permitirá erros. Além do mais, as copas nacionais não poderão ser prioridade. Com um elenco limitado e sem grandes peças, o foco precisa ser totalmente direcionado para a sobrevivência da equipe na Premier League.

Será uma temporada que promete fortes emoções para os Baggies e a permanência seria um alívio financeiro imenso para uma equipe que, ao passar duas temporadas longe da Premier League, perdeu bastante poderio econômico. Bilić tem o elenco na mão. E tem uma árdua missão definida: sobreviver.

Informações gerais

  • Estádio: The Hawthorns;
  • Cidade: West Bromwich (West Midlands);
  • Posição na última Championship: 2º lugar;
  • Títulos do Campeonato Inglês: um;
  • Rivais: Aston Villa, Birmingham City e Wolverhampton;
  • Apelido: Baggies.

VEM:

Matheus Pereira (Sporting, £9m); Cedric Kipré (Wigan Athletic, £1m); Grady Diangana (West Ham, £18m); David Button (Brighton, não revelado); Branislav Ivanoic (Zenit, sem custos); Callum Robinson (Sheffield United, não revelado); Conor Gallagher (Chelsea, empréstimo)

VAI:

Kane Wilson (Forest Green Rovers, free-agent); Finn Azaz (Cheltenham Town, free-agent); Chris Brunt (dispensado); Nathan Ferguson (Crystal Palace, free-agent); Josh Griffiths (Cheltenham Town, empréstimo); Jonathan Leko (Birmingham City, não revelado); Alex Palmer (Lincoln City, empréstimo); Callum Morton (Lincoln City, empréstimo); Oliver Burke (Sheffield United, não revelado)

Jogador destaque – Matheus Pereira

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Arte: Guilherme Lima

24 anos, 1,78 m, canhoto e, sem sombra de dúvidas, a estrela do time. O brasileiro Matheus Pereira é o grande destaque do West Bromwich. Chegou na temporada passada para a disputa da Championship e não precisou de muito tempo para conquistar o torcedor baggie.

Matheus entrou em campo 42 vezes na última temporada, sendo titular em 38 dessas ocasiões. Marcou oito gols e deu 16 assistências, sendo o líder de passes para gol na Championship 2019/2020.

Porém, o brasileiro não se resume apenas aos números. Matheus é um jogador extremamente inteligente que flutua muito pelo campo de ataque e sempre aparece como opção de passe e buscando abrir espaços na defesa adversária.

Aos 24 anos e vivendo sua melhor fase na carreira, terá a grande oportunidade de mostrar o seu futebol para o mundo. E levando em consideração que as jogadas do West Bromwich passam pelos pés de Matheus, a chance de fazer uma grande temporada é grande.

Fique de olho – Dara O’Shea

Arte/Guilherme Lima

Existem momentos no futebol que a chance cai no seu colo. Foi mais ou menos o que aconteceu com o jovem Dara O’Shea, de 21 anos. O lateral-direito começou a temporada passada no banco de reservas e, a priori, seria utilizado apenas nas copas. Todavia, chamou atenção e no meio da temporada foi ganhando a titularidade.

Acumulou convocações para a seleção de base da Irlanda e terminou a temporada passada como titular absoluto do plantel, com boas partidas e passando bastante segurança para o time. Porém nem tudo são flores. Existem alguns pontos que precisam ser melhorados. O principal deles é o passe. O’Shea acaba errando passes que, por vezes, comprometem a criação ofensiva do time.

Apesar disso, sua boa leitura de jogo e o bom condicionamento físico fazem dele uma peça muito interessante para o esquema de Bilić, podendo até funcionar como um zagueiro, caso seja necessário. Uma promessa que precisa ser lapidada, mas com potencial para ser dono da posição.

Time-base

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Arte/André Correia

4-2-3-1: Johnstone; O’Shea, Hegazi, Ajayi, Townsend; Livermore, Sawyers; Diangana, Matheus Pereira, Grosicki; Robson-Kanu (Austin). Técnico: Slaven Bilić.

Palpites

  • Guilherme Batista (PL Brasil): Briga para não cair
  • Gustavo Hofman (ESPN): Briga para não cair
  • Bruno Formiga (EI): Briga para não cair
  • Fernando Campos (DAZN): Briga para não cair
  • Fred Caldeira (EI): Briga para não cair
  • Fred Jota (O Tempo): Briga para não cair

Texto atualizado no dia 18 de setembro de 2020

Guilherme Batista
Guilherme Batista

Apaixonado pelo futebol e suas nuances, cresci nas arquibancadas e carrego essa paixão comigo não importa onde esteja. Não há, no mundo, invenção melhor que o futebol.