Na temporada anterior a 2020/2021, o Leicester City foi uma das grandes surpresas da Premier League. O time comandado por Brendan Rodgers teve um começo incrível. Nas 16 primeiras rodadas, a equipe conquistou 12 vitórias, dois empates e uma derrota. Um início mais do que animador.
Para se ter uma ideia do grande início de temporada, os Foxes tiveram um aproveitamento de 75% dos pontos conquistados (36 de 48 possíveis). Além disso, o time havia alcançado o segundo lugar da competição, superando o favoritismo do Manchester City.
No entanto, durante a campanha, a equipe passou por momentos de oscilação. Lesões dos principais jogadores e quedas de rendimento individual e coletivo. Todos esses problemas influenciaram diretamente no restante da temporada. O Leicester sólido na defesa e eficiente no ataque se transformou em um “novo time”.
Nas 22 rodadas seguintes, os Foxes despencaram tanto em desempenho como em resultado. Com um aproveitamento de 39% dos pontos neste período, o time deixou de brigar pelas primeiras posições da Premier League e, de quebra, não conquistou a vaga que parecia tão certa para a Champions League.
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Por conta de todo o contexto, a temporada 2019/2020 do Leicester City terminou com um gosto amargo. Todavia, se analisarmos o cenário desde o início, o quinto lugar foi um resultado extremamente positivo. Ainda mais por superar Tottenham e Arsenal, integrantes do Big Six.
Manter os principais jogadores do elenco é uma das grandes metas do Leicester City de 2020/2021. E o time conseguiu fazer isso. Renovou os contratos de Jamie Vardy (até 2023), do jovem meio-campista Nampalys Mendy e, principalmente, do promissor maestro James Maddison (até 2024).
A única baixa relevante no elenco foi o lateral-esquerdo Ben Chilwell, negociado junto ao Chelsea. Os Blues pagaram aproximadamente 50 milhões de libras para contar com o atleta da seleção inglesa. Porém, rapidamente, o Leicester foi ao mercado e trouxe o seu “substituto”: o belga Timothy Castagne.
O fato é que a equipe não teve uma janela tão agitada como em relação ao ano anterior. Hoje o mundo do futebol vive uma outra realidade. A pandemia causada pelo novo coronavírus mudou o cenário das “grandes contratações”. Sendo assim, o principal reforço do Leicester City 2020/2021 foi manter a maioria dos seus principais atletas.
O Leicester City de 2020/2021 é praticamente o mesmo da temporada passada. E a manutenção de uma equipe de uma temporada para a outra é fundamental para um ótimo desempenho dentro de campo.
Os jogadores já estão adaptados ao estilo do treinador e a execução das funções são mais “automáticas”. Além disso, Brendan Rodgers já está há um ano e meio no comando dos Foxes. Ou seja, o time já tem uma identidade e ideias claras de jogo.
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O Leicester da última temporada era uma equipe que jogava de acordo com as situações das partidas e dos adversários. Em muitas ocasiões, jogou com mais posse e controle de jogo. O seu meio-campo ajudava nessas características, já que Youri Tielemans e James Maddison são atletas com qualidade de passe e facilitam a construção do jogo.
Mas os Foxes também poderiam variar. Atuavam com blocos médios/baixos para executar transições rápidas de defesa/ataque. O time buscava a velocidade pelas extremidades e os ataques em profundidade de Vardy com o campo aberto.
Na última temporada, o time foi superior em quase todas as estatísticas em relação a 2018/2019. Aumentou a média de passes por partida (524,08 a 453,13), o número de grandes chances criadas (69 a 59) e também o número de finalizações (540 a 515). Além disso, o time marcou mais gols (67 a 51), sofreu menos (43 a 48) e teve mais clean sheets (13 a 10).
Para 2020/2021, pode-se esperar um Leicester City com a mesma identidade de jogo. Uma equipe híbrida e que sabe cumprir tarefas distintas ao longo da competição. Brendan Rodgers não tem um dos melhores elencos da Premier League, mas consegue tirar o máximo de seus jogadores. Os Foxes têm totais condições de repetir o feito do último ano e brigar por vaga nas competições europeias.
Informações gerais
- Estádio: King Power Stadium;
- Cidade: Leicester (East Midlands);
- Posição na última Premier League: 5º;
- Títulos do Campeonato Inglês: um;
- Rivais: Notts County e Nottingham Forest;
- Apelido: Foxes.
Vai e Vem
VEM:
Timothy Castagne (Atalanta, £21.5m); Cengiz Ünder (Roma, empréstimo com opção de compra).
VAI:
Calvin Bassey (Rangers, free-agent); Andy King (dispensado); Connor Tee (dispensado); George Thomas (Queens Park Rangers, free-agent); Daniel Iversen (OH Leuven, empréstimo); Bartosz Kapustka (Legia Varsóvia, não revelado); Ben Chilwell (Chelsea, £50m); Ryan Loft (Scunthorpe United, free-agent); Viktor Johansson (Rotherham United, free-agent)
Jogador destaque – Jamie Vardy
O grande destaque do Leicester City só pode ser um nome: Jamie Vardy. O atacante é um dos grandes símbolos do clube. Artilheiro, decisivo e vencedor, o inglês está entre os melhores da posição em toda a liga.
Na última temporada, ele mostrou mais uma vez a sua grande forma. Em 35 jogos disputados, o camisa 9 anotou 23 gols e foi o grande artilheiro da Premier League. Com 33 anos, Vardy fez a sua segunda melhor temporada na elite da Inglaterra.
Além da sua grande campanha com os Foxes, que culminou na quinta colocação e a vaga para a Europa League, o atacante fez história na Premier League. Na vitória do Leicester diante do Crystal Palace, o goleador marcou seus 100º e 101º gols na liga, se tornando o 29º atleta a atingir a marca centenária no torneio.
Fique de olho – Luke Thomas
Foram apenas três jogos. Mas o jovem inglês, de apenas 19 anos, já mostrou que pode ser um jogador interessante para o elenco de Brendan Rodgers. Com as lesões de Ben Chilwell e Christian Fuchs, o técnico norte-irlandês escalou Luke Thomas como opção pela esquerda.
No entanto, Luke atuou como um ala. O Leicester teve de alterar o seu sistema tático para um 3-4-3 por conta dos seus inúmeros desfalques. Porém, o jovem da base dos Foxes e da seleção inglesa não se intimidou. Logo em sua primeira partida, na vitória sobre o Sheffield United por 2 a 0, deu a assistência para o gol de Ayoze Pérez.
Luke Thomas pode ser uma excelente opção para o futuro. É um jogador com boa qualidade no passe e que possui uma ótima chegada à frente. O inglês pode ser um atleta de profundidade, mas que, em alguns momentos, também auxilia na construção ofensiva por dentro. Aliás, é um atleta que pode ganhar boas oportunidades e se firmar na temporada 2020/2021.
Time-base do Leicester 2020/2021
4-2-3-1: Schmeichel; Pereira, Söyüncü, Evans, Castagne (Thomas); Ndidi, Tielemans, Albrighton (Ayoze Pérez), Maddison, Barnes; Vardy. Técnico: Brendan Rodgers.
Palpites
- Richard Militão (PL Brasil): Briga por vaga na Europa League
- Victor Canedo (Globo): Briga por vaga na Europa League
- Michelle Silva (Footure): Briga por vaga na Champions League
- Elton Serra (TVE Brasil): Briga por vaga na Europa League
- Vinícius Fernandes (Footure): Briga por vaga na Europa League
- Jake Entwistle (Squawka): Briga por vaga na Europa League
- Leicester City Brasil: Briga por vaga na Europa League