Guia do Everton na Premier League 2020/2021

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O Everton inicia a temporada 2020/2021 almejando bons horizontes mais uma vez. Depois de uma tentativa frustrada com o português Marco Silva, o time de Liverpool decidiu ainda em 2019/2020 que finalmente era hora de trazer um treinador experiente e de alto calibre. O escolhido foi Carlo Ancelotti.

Vencedor de três Champions League e dono de um currículo invejável, coube ao italiano reiniciar o projeto que há muito tempo tem estado em pauta no Goodison Park: recolocar o Everton em posição de brigar com os grandes. Essa tarefa definitivamente não seria fácil.

Apesar de já ser o técnico na janela de janeiro passado, Ancelotti preferiu não investir em jogadores naquele momento. Ele decidiu esperar o fim da temporada para avaliar de fato os setores mais deficientes e traçar um plano inteligente para as contratações – tudo isso auxiliado pelo diretor Marcel Brands.

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Michael Regan/Getty

Com um time em andamento, o italiano finalizou a temporada passada com 20 jogos de Premier League: foram oito vitórias, sete empates e cinco derrotas. O desempenho não foi espetacular, mas escancarou o principal problema do clube: a falta de qualidade no elenco.

O grupo até possui bons nomes, mas quase nenhum jogador que seja regular e que tenha poder de decisão. Isso foi evidenciado em momentos em que o Everton venceu algum clube grande e logo depois tropeçou para um time de menor expressão.

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Os Toffees gastaram muito em contratações nos últimos anos, mas quase nenhuma delas adicionou a qualidade e a ambição necessárias para lutar com o Big Six, e é isso que o Everton busca corrigir para 2020/2021. Para esse objetivo, não basta apenas gastar dinheiro, mas negociar com estratégia e sabedoria.

Depois de definir um plano de jogo e motivar os atletas que já pertenciam ao time, chegou o momento de Carlo Ancelotti usar a sua credibilidade no mercado para atrair o tipo de jogador certo: o tipo de atleta que vai embalar o Everton em 2020/2021 em busca de suas pretensões.

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Paul Ellis/AFP via Getty

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James Rodríguez e Allan lideram o novo movimento de jogadores dispostos a dar uma nova mentalidade ao time azul de Liverpool. Nomes com a qualidade e a experiência necessária para ajudar o clube a subir de patamar e brigar de fato por competições europeias.

Com menos apelo mas igualmente qualificado, Abdoulaye Doucouré é outra contratação com o potencial para dar uma nova cara no meio-campo do time. Doucouré disputou quatro temporadas seguidas de Premier League pelo Watford e em todas elas foi um dos melhores jogadores do clube recém-rebaixado.

É difícil não se entusiasmar com esse trio de contratados, muito por conta dos atributos que ambos podem compartilhar, gerando um excelente complemento em campo.

Allan e Doucoré provavelmente irão atuar contribuindo em ambas as áreas. Os dois tem a qualidade para oferecer muito vigor físico na fase defensiva e ainda assim chegar com qualidade lá na frente.

Já o colombiano ex-Real Madrid deve ter a liberdade necessária para criar muitas chances de gol e ser o suporte perfeito para os atacantes, função que Gylfi Sigurdsson nunca conseguiu cumprir de forma regular. Com uma boa condição física, James se destaca como um dos melhores passadores do mundo.

O novo trio dos Toffees se junta a Jordan Pickford, Lucas Digne e Richarlison para dar esperança ao torcedor. O Everton promete ser um time perigoso e, ao menos no papel, lidera a corrida como principal esquadrão capaz de incomodar os grandes.

Informações gerais

  • Estádio: Goodison Park;
  • Cidade: Liverpool;
  • Posição na última Premier League: 12º lugar;
  • Títulos do Campeonato Inglês: nove;
  • Rival: Liverpool;
  • Apelido: Toffees.

Vai e Vem

VEM:

Niels Nkounkou (Olympique de Marselha, £240k); Abdoulaye Doucouré (Watford, £20m), James Rodriguez (Real Madrid, £12m), Allan (Napoli, £21.7m), Abdoulaye Doucoure (Everton, £20m)

VAI:

Oumar Niasse (dispensado); Cuco Martina (dispensado); Luke Garbutt (dispensado); Morgan Schneiderlin (Nice, £2m); Fraser Hornby (Reims, £1.8m); Morgan Feeney (Sunderland, free-agent); Alexander Denny (dispensado); Matthew Foulds (dispensado); Leighton Baines (aposentadoria); Maarten Stekelenburg (Ajax, free-agent); Nathangelo Markelo (Twente, empréstimo); Kieran Dowell (Norwich City, não revelado)

Jogador destaque – Richarlison

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Arte: Daniela Oliveira

Richarlison está com a bola toda. O brasileiro de 23 anos vem de sua melhor temporada na carreira: foram 13 gols e três assistências em 36 jogos disputados. Além de sua participação efetiva em gols, o jogador foi o líder de chances criadas (13) e o vice em totais de finalizações por jogo (1,8).

Jogando como segundo atacante no esquema 4-4-2, o Pombo ganhou liberdade para cair pelos lados e ser mais agudo dentro da área. Sob a nova filosofia de Carlo Ancelotti, ficou claro que essa atualmente é a sua melhor função dentro de campo.

Richarlison fez uma excelente parceria com Dominic Calvert-Lewin e a promessa é de que a dupla siga evoluindo na nova temporada. Cheio de confiança, não vão faltar motivos para vermos o brasileiro mais uma vez entre os artilheiros da Premier League.

Fique de olho – Allan

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Em pouco tempo à frente do Everton, Carlo Ancelotti logo descobriu o setor com mais problemas no time: o meio-campo. Por vezes se vê um time oscilante nesta área do campo, o que provoca desequilíbrio entre as fases do jogo.

Allan chega justamente para dar esse equilíbrio ao elenco. Após cinco temporadas atuando no Napoli, o brasileiro decidiu se juntar novamente ao treinador italiano e se provar na Premier League. O jogador de 29 anos é considerado por muitos um dos melhores meio-campistas da Europa.

Ele acrescenta a combatividade que foi perdida com a saída de Idrissa Gueye para o PSG, além de ainda ter os seus atributos ofensivos para contribuir na construção das jogadas. Allan é um excelente roubador de bolas e, com seu fôlego invejável, com certeza dará outra dinâmica ao time azul de Liverpool.

Mesmo tendo atuado em apenas 23 jogos na Serie A 2019/2020 (o menor número de jogos desde que chegou ao Napoli), Allan ainda assim registrou números interessantes. Ele foi o líder do time em média de desarmes por jogo (2.2), superando o titular incontestável Kalidou Koulibaly (2.0).

A promessa de ver novamente um meio-campo vibrante no Goodison Park de fato passará pelos pés do jogador da Seleção.

Time-base

4-3-1-2: Pickford; Coleman, Holgate, Keane, Digne; Gomes, Allan, Doucouré; James; Richarlison, Calvert-Lewin. Técnico: Carlo Ancelotti.

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Arte/André Correia

Palpites

Matheus Santana
Matheus Santana

Defensor assíduo do futebol inglês