A PL Brasil apresenta abaixo o guia da Premier League do Chelsea 2019/2020.
Uma equipe que passará por etapas de adaptação e rejuvenescimento. Com o terceiro técnico diferente em três temporadas, sem seu grande camisa 10 e com jovens chegando para uma grande oportunidade em Stamford Bridge, o Chelsea chega para a Premier League 2019/20 sem a pressão por títulos, porém ainda assim necessitará de tempo.
Sim, a obrigação por títulos sempre existe em times grandes. Porém as três taças levantadas nas últimas três temporadas (PL 2016/17, Copa da Inglaterra 2017/18 e Europa League 2018/19) mesmo em situações de desgaste na relação “elenco-diretoria-treinador” faz com que seja compreensível olhar para a atual situação com mais tranquilidade, principalmente pelo fato de Frank Lampard agora ser o comandante.
Antes de falar dele, relembremos como foi a temporada com Maurizio Sarri: 3º lugar na tabela e 72 pontos ganhos; 21 vitórias, nove empates e oito derrotas; 63 gols marcados e 39 gols sofridos; 63% de aproveitamento. Após um início promissor com uma série de doze jogos sem derrota (oito vitórias e quatro empates) havia uma esperança de brigar pelo título, porém terminar no G4 ficou de bom tamanho.
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Isso porque a dupla Liverpool e Manchester City fez uma briga surreal pelo título até a última rodada.
Com isso, aproveitando a irregularidade de Arsenal e Manchester United e o foco do Tottenham na Champions, os Blues contaram com um Eden Hazard em grande forma para voltar à principal competição europeia.
Sarri foi para a Juventus, Hazard rumou para o Real Madrid e a saída do belga faz com que a atual temporada seja olhada muito mais para o protagonismo de um conjunto do que propriamente para um único jogador.
É verdade que David Luiz, N’Golo Kanté, Willian e Pedro Rodríguez são jogadores experientes, mas a saída do grande craque do time e a chegada de um ídolo para ser o novo técnico pode significar uma coesão maior no grupo para superar a perda do grande destaque individual.
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Na pré-temporada, Frank Lampard tem utilizado dois esquemas táticos: o 4-3-3 e o 4-2-3-1. Contra o Barcelona, por exemplo, na vitória por 2 a 1, a equipe iniciou com o trio Jorginho, Mateo Kovačić e Mason Mount no meio-campo e com Pedro, Christian Pulisic e Tammy Abraham formando o ataque.
Mount, Abraham, Kurt Zouma, Fikayo Tomori e Reece James podem ser as boas novas que os torcedores não estavam esperando mediante o pessimismo presente após a punição imposta pela FIFA por aliciamento de jovens jogadores.
Mount é um meio-campista de grande potencial, com uma técnica refinada e boa visão de jogo, pode surpreender principalmente pela evolução que teve com o próprio Lampard na campanha de “quase acesso” à Premier League no Derby County. Abraham marcou 25 gols em 37 partidas no Aston Villa na última Championship e foi um dos destaques da campanha de retorno a elite.
Zouma esteve em bom nível no Everton e retorna mais maduro, além de Tomori que teve uma boa temporada também no Derby County e de Reece James, no Wigan. Isso sem contar Ruben Loftus-Cheek e Callum Hudson Odoi que, lesionados, não participaram da pré-temporada, mas podem e devem ser importantes para o trabalho de Lampard.
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Por falar em pré-temporada, um jogador que vem se destacando é o meia inglês Ross Barkley, “herdeiro” da histórica camisa 8. Mostrando uma boa leitura de jogo e principalmente uma confiança maior, Barkley pode muito bem iniciar a temporada como titular devido a sua capacidade de passe e de domínio.
É bem verdade que a pré-temporada sempre deve ser relativizada por uma série de fatores, porém ver Barkley bem tecnicamente e fisicamente, com a expectativa de poder viver a sua melhor fase desde os tempos de Everton, faz com que ele seja um bom reforço para a próxima temporada. Trabalhando a sua concentração para não ser tão propício ao erro, pode ser um jogador importantíssimo na ideia de jogo de Lampard.
Com uma junção de juventude e experiência, sob a batuta de um jovem treinador que foi um dos jogadores mais vencedores e artilheiros da história do clube – e precisando de paciência para que o projeto seja, enfim, a longo prazo em um time que mudou muito nas últimas temporadas.
Informações gerais
- Estádio: Stamford Bridge;
- Cidade: Londres;
- Posição na última Premier League: 3º lugar;
- Títulos do Campeonato Inglês: seis;
- Rivais: Tottenham, Fulham, Arsenal;
- Apelido: Blues.
Vai e Vem
VAI: Eden Hazard (Real Madrid, £88.5m), David Luiz (Arsenal, £8m), Tomas Kalas (Bristol City, £8.1m), Ola Aina (Torino, £8.8m), Robert Green (aposentadoria), Gary Cahill (dispensado), Eduardo (dispensado), Álvaro Morata (Atlético de Madri, empréstimo), Ethan Ampadu (Red Bull Leipzig, empréstimo).
VEM: Mateo Kovačić (Real Madrid, £40.2m).
Jogador destaque
Com a saída de Hazard, N’Golo Kanté é o jogador com que o torcedor irá se identificar com mais facilidade. Com a sua grande capacidade defensiva e com demonstrações de evolução na fase ofensiva, o meio-campista francês recebeu sondagens de outras equipes, mas disse que não gostaria de deixar Stamford Bridge devido ao amor que tem pelo clube.
Além da identificação com um ídolo em potencial, não podemos ignorar os números da última temporada: quatro gols e quatro assistências, resultado da aposta de Sarri de posicioná-lo como segundo homem de meio-campo. Porém, com Lampard, o camisa 7 de 28 anos deve ser novamente primeiro volante.
Fique de olho
Oito gols, quatro assistências, 1.9 em média de assistências para finalização por jogo e uma grande evolução tática sob o comando de Frank Lampard. Mason Mount é um diamante em lapidação para a torcida do Chelsea e teve um grande destaque na campanha do Derby County na última Championship.
Com uma grande capacidade organizacional e com um potencial até mesmo em cobranças de falta, não surpreenderia se o garoto brigasse seriamente pela vaga de titular. Seja no cenário de armador no 4-3-3 ou de meia-ofensivo central no 4-2-3-1, tendo Barkley e Loftus-Cheek como concorrentes diretos a vaga.
Para muitos, Mount é um talento que tem sido apontado como uma nova versão de Lampard. Trabalhar com o histórico camisa 8 dos Blues pode significar uma evolução técnica, tática, profissional e psicológica para ser mais decisivo a cada temporada.
Time-base
4-2-3-1: Kepa; Azpilicueta, Rüdiger, Christensen, Palmieri; Kanté, Jorginho; Pedro, Barkley, Willian; Abraham. Técnico: Frank Lampard.
Palpites
- Felipe Henriques (PL Brasil): briga por vaga na Champions;
- Paulo Andrade (ESPN): briga por vaga na Champions;
- Natalie Gedra (ESPN): briga por vaga na Champions;
- Chelsea Brasil: briga por vaga na Champions.